Por que o genocídio de Ruanda ocorrido em 1994?

Perguntado por: vbarreto . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Motivada pela disputa étnica entre hutus e tutsis, a Guerra Civil em Ruanda aconteceu entre 1990 e 1994 e ficou marcada pelo genocídio de 800 mil tutsis.

No dia 6 de abril de 1994, a derrubada do avião do general Juvenal Habyarimana, que presidia o país desde 1973, inflamou as tensões étnicas na região e desencadeou o genocídio de Ruanda.

Uma corte ruandesa considerou Paul Rusesabagina, antigo gerente de hotel que inspirou o filme sobre o genocídio de 1994, culpado de crimes terroristas. O ruandês foi condenado a uma sentença de 25 anos de prisão.

As consequências desse conflito foram catastróficas. Em 90 dias, quase 80% da população tutsi foi morta ou saiu do país. Casais inter-étnicos eram obrigados a assassinarem os cônjuges, até freiras e padres eram obrigados a matar tutsis.

7 de abril de 1994 – 15 de julho de 1994

O tutsi era considerado um inseto, uma barata (inyensi) e ao serem transformados em algo menos que humano foi mais fácil serem exterminados, sem nenhum remorso.

"- Qual é a verdadeira diferença entre os hutus e tutsis? - Segundo os belgas, os tutsis são mais altos e mais elegantes, foram os belgas que criaram essa divisão. - Como? - Escolhiam as pessoas com narizes mais finos e peles mais claras. Costumavam medir a largura do nariz das pessoas.

Um juiz francês culpou o atual presidente de Ruanda, Paul Kagame, que na época era líder de um grupo rebelde tutsi, e alguns de seus parceiros pelo ataque ao avião.

Este conflito se intensificou a partir de abril de 1994, quando os presidentes de Ruanda e Burundi, de etnia hutu, foram mortos em um atentado que derrubou o avião onde viajavam juntos. Foi o estopim pata o genocídio com mais de 1 milhão de mortos e mais de 2 milhões de refugiados.

Em resultado das pressões internas e externas, o governo do Ruanda foi obrigado a pôr fim à regra de partido único. Foi criado um governo de transição que, em 1993, reconheceu o direito dos refugiados regressarem e assinou um acordo de paz com a FPR.

O filme traz de forma implícita e explícita algumas questões, como a diversidade cultural, política, econômica existente no continente africano, a humanidade na resistência de Paul e outros hutus que não viam sentido em matar pessoas, os vestígios da colonização europeia e as consequências desse processo para os povos ...

As mortes de ruandeses da etnia tutsi pela maioria hutu começaram antes de 1994, quando ocorreu o genocídio que deixou 800 mil mortos em 100 dias no país. Desde 1990, agências humanitárias e a ONU vinham documentando matanças isoladas e a deterioração da situação no país.

O diplomata que presidiu o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) em abril de 1994 se desculpou pela recusa do conselho em reconhecer que naquele momento ocorria um genocídio em Ruanda. Na ocasião, o conselho não fez nada para impedir o conflito que matou mais de meio milhão de pessoas.

A ONU foi tímida, desorganizada e mal instruída antes e durante o genocídio que ocorreu em Ruanda (centro-sul da África) em 1994, ignorando e falhando em intervir nos massacres. Essas conclusões estão num relatório de uma comissão independente, encomendado pela organização.

Ruanda hoje tem baixo nível de corrupção em comparação com os países vizinhos, embora as organizações de direitos humanos relatam supressão de grupos de oposição, a intimidação e as restrições à liberdade de expressão. O país tem sido governado por uma hierarquia administrativa desde os tempos pré-coloniais.

Com uma taxa média de crescimento de mais de 7% por ano desde 2000, Ruanda é agora um dos principais países africanos em crescimento econômico. Segundo dados oficiais, seus investimentos em agricultura, energia, infraestrutura, mineração e turismo tiraram mais de 1 milhão de pessoas da pobreza.

Quanto ao chamado genocídio de Ruanda é correto afirmar que: a) a ONU atuou decidida e energicamente, mas não conseguiu evitar o genocídio; b) a Bélgica era acusada no relatório por disseminar o ódio racial ao exacerbar as divisões étnicas entre hutus e tutsis; c) EUA e Bélgica vetaram no Conselho de Segurança da ONU ...

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, admitiu ontem que poderia ter feito mais para evitar o genocídio de quase um milhão de pessoas em Ruanda, em 1994, quando estava à frente das forças de manutenção da paz da ONU.

Resposta verificada por especialistas. O sinal de aviso sobre o início do massacre em Ruanda era "cortem as arvores altas" porque as pessoas da etnia tutsi foram correlacionado às árvores; ou seja, cortar a árvore alta significa matar uma pessoa dessa etnia.