Por que o sistema de capitanias hereditárias foi um fracasso?

Perguntado por: eilha . Última atualização: 17 de maio de 2023
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As capitanias também fracassaram pela inexperiência administrativa dos donatários. A falta de recursos também foi um grande impeditivo, assim como a falta de comunicação, seja interna, seja com a Coroa. Por fim, os conflitos com os indígenas também foram um fator relevante para o fracasso das capitanias.

A explicação mais comum é que o sistema de capitanias hereditárias fracassou pois não havia incentivos estatais suficientes por parte de Portugal, infraestrutura básica no Brasil ou mesmo interesse por parte dos colonos.

A extinção do sistema de capitanias ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência.

As capitanias hereditárias foram a primeira divisão administrativa e territorial implantada pelos portugueses durante a colonização da América Portuguesa. Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, na década de 1530, implantaram o sistema de capitanias hereditárias como mecanismo de colonização.

O Governo-Geral foi um modelo administrativo que os portugueses implantaram no Brasil em 1548 por ordem do rei D. João III. O novo modelo surgiu para substituir e complementar as Capitanias Hereditárias, um sistema que não trouxe o retorno esperado.

O Sistema de Capitanias Hereditárias. As capitanias hereditárias no litoral brasileiro, doadas por Dom João III entre 1534 e 1536, foram 14.

Resumo sobre as Capitanias Hereditárias
O sistema de capitanias hereditárias foi implantado a partir da expedição de Martim Afonso de Sousa, em 1530. Os portugueses tiveram receio de perderem suas terras conquistadas para outros europeus que já estavam negociando com os indígenas e buscavam se fixar ali.

Quem eram os responsáveis pelas capitanias? A administração das capitanias hereditárias foi entregue a terceiros, os chamados capitães-donatários. Os donatários, em geral, eram formados por membros da pequena nobreza, da burocracia portuguesa e comerciantes.

De todas as capitanias , as que mais deram certo , foi a de Pernambuco e S. Vicente . Graças ao sucesso obtido com a cana-de-açúcar que era produto de exportação do momento, já que praticamente não existia na Europa.

O governo-geral permaneceu até a vinda da família real para o Brasil, em 1808. Tomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil, chegou em 1549 e fundou a cidade de Salvador, a primeira da colônia.

Embora Portugal tenha dividido o país em dois polos, após a morte de Mem de Sá (em 1572), do qual a sede do norte era em Salvador e a sede do Sul, no Rio de Janeiro, o governo geral foi extinto em 1808, com a chegada da família real ao Brasil.

As capitanias hereditárias foram implantadas no Brasil a partir de 1534 por determinação do rei D. João III. Foram criadas com o objetivo de incentivar a ocupação do território, garantir a exploração econômica das terras e impedir as invasões francesas.

Fernando de Noronha

A primeira capitania hereditária que o Brasil teve foi Fernando de Noronha. As ilhas foram descobertas por Gonçalo Coelho em 1503. Em 1504, D. Manuel I estabeleceu a divisão da colônia brasileira em capitanias hereditárias e então, doou o arquipélago a Fernão de Noronha, navegante e comerciante de pau-brasil.

As sesmarias eram terrenos incultos e abandonados, entregues pela Monarquia portuguesa, desde o século XII, às pessoas que se comprometiam a colonizá-los dentro de um prazo previamente estabelecido.

Donatários das capitanias - História do Brasil - InfoEscola.

Uma primeira diferença é que o governo da capitania era hereditário, enquanto o governador-geral era nomeado pela Coroa. Além disso, a partir do modelo de Governo Geral, este órgão assumia maiores responsabilidades em relação à defesa da Colônia, como no caso da expulsão dos franceses no Rio de Janeiro.

A falta de interesse pelo Brasil fez com que o modelo descentralizado de administração fosse revisto. Somente duas capitanias tiveram êxito: São Vicente e Pernambuco.

Admitindo o fracasso do sistema de capitanias hereditárias, em 1548, D. João III instalou o Governo-geral na Bahia. Seu objetivo era tentar retomar o controle da colonização por meio de um governo centralizado.