Por que os zigurates eram importantes para os mesopotâmicos?

Perguntado por: msantana . Última atualização: 1 de junho de 2023
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Na Mesopotâmia acreditava-se que eram a morada dos deuses. Através dos zigurates as divindades colocariam-se perto da humanidade, razão pela qual cada cidade adorava seu próprio deus ou deusa.

Esses últimos eram construídos em formato de pirâmide e muito utilizados para rituais religiosos, observação astronômica e estocagem de grãos. Também podemos destacar as muralhas que eram erguidas pelos mesopotâmicos para que pudessem se defender de invasões.

Era na Mesopotâmia, e particularmente em Sumer, que se encontravam os mais antigos templos. Em Eridu e Uruk eles remontam às épocas de Obeid e de Uruk, ou seja, aos V e IV milénios a.C. As mais antigas zigurates conhecidas devem-se ao primei- ro rei da III dinastia de Ur11, denominado Ur-Nammu (2112-2095 a.C.).

Sua função religiosa era muito importante, pois os antigos mesopotâmicos acreditavam que os zigurates serviam de morada para os deuses. Através destas construções, acreditavam que os deuses estariam mais perto da sociedade. Logo, somente os sacerdotes poderiam acessar as partes internas do zigurate.

O Zigurate é uma construção arquitetónica de carácter religioso que combina um templo com uma torre, edificado na Mesopotâmia Antiga entre o 4.º milénio a.

A religião na Mesopotâmia
Os povos mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, cultuavam diversos deuses ao mesmo tempo, muitos relacionados à natureza. Por exemplo, Anu era considerado o deus do céu; Ishtar era a deusa da fertilidade e do amor; Enlil era do deu do ar; Shamash a divindade do sol e da justiça.

A única divindade adorada por todos os povos da civilização mesopotâmica era a deusa Ishtar, que ajudava os homens nos dilemas do amor e na conquista de guerras.

[ Arquitectura ] Construção de grandes dimensões, com diversos andares de formato piramidal, característica da Mesopotâmia, geralmente com funções religiosas.

Se, para os babilônicos, a cidade era o lugar onde moravam os deuses, os zigurates eram a residência deles. Os deuses babilônicos, por sinal, foram criados à imagem e semelhança dos homens. "Eles tinham a mesma aparência, qualidades e defeitos, eram movidos a paixão e ódio como os humanos", diz Kátia Pozzer.

Os instrumentos utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de percussão e cítara - que é um instrumento de cordas derivado da lira.

Na arte mesopotâmica, o trabalho através da ourivesaria tinha uma grande importância, sendo considerado como uma das produções mais importantes feitas naquela época. Dentre os objetos produzidos, estavam presentes as estatuetas de cobre, colares, braceletes, além de utensílios produzidos com ouro e prata.

O zigurate era construído, principalmente, para a adoração do deus da cidade (cada cidade suméria tinha um deus mais importante). Os historiadores acreditam que a Torre de Babel, se tiver existido de fato, tenha sido um modelo de zigurate.

Entre os inúmeros povos que habitaram a região, destacam-se os sumérios, os amoritas, os assírios e os caldeus. Outros povos que tiveram relevância na história mesopotâmica foram os acádios e os elamitas.

Os mesopotâmicos ergueram os zigurates, grandes construções em formas de pirâmide, onde realizavam cultos às suas divindades. na parte mais alta dos zigurates, cujo acesso era por longas rampas e escadarias, ficavam localizado os templos.

Na Mesopotâmia, tiveram dois deuses estatais principais: Assur foi o deus do Sol e guardião da cidade Assur, adorado em Nínive; Marduque era o deus adorado pelos babilônicos e citado no Enuma Elis como "Deus Supremo", a fim de enfrentar a monstro Tiamate.

Os povos mesopotâmicos destacaram-se na ciência, arquitetura e literatura. Observando o céu, os sacerdotes desenvolveram os princípios da astronomia e da astrologia. Os zigurates, templos que abrigavam celeiros e oficinas, eram também verdadeiras torres de observação dos céus.

Tinham como principal característica a ausência de movimento, constituindo assim, esculturas rijas e estáticas. Ainda que algumas esculturas foram produzidas em pedra, a maioria delas eram feitas em argila, as quais retratavam seres humanos, mitológicos, animais e deuses de maneira frontal, seja em pé ou sentados.

Os templos nunca foram vistos como locais de reuniões públicas comuns, mas como ambientes santos e consagrados para as cerimônias mais solenes de determinado sistema de adoração.

Agricultura era principal atividade mesopotâmica, destacando-se o cultivo de: cevada, trigo e tâmara. A agricultura estava ligada a pecuária, cuja criação mais importante era a bovina que fornecia carne (artigo de luxo), leite e couro, alem de ser usado para puxar carroças e para o arado.

A deusa Ki representou a terra. A palavra suméria para "universo" é an-ki, refletindo suas duas divindades de classificação mais elevada. Seu elenco de deuses logo cresceu para representar todos os aspectos da vida suméria, do deus da água à deusa da lua.

A Mesopotâmia é a região conhecida como o berço das civilizações. Situada no Oriente Médio, ocupa o território que hoje conhecemos por Iraque e algumas porções da Síria e Turquia. Foi nessa região que surgiram as primeiras grande civilizações.