Por que para Heidegger somos seres para a morte?

Perguntado por: lsampaio . Última atualização: 1 de maio de 2023
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A morte é para o ser-aí a possibilidade de não-poder-mais-ser-aí. Como nessa possibilidade o ser-aí ameaça a si próprio, ele é completamente remetido ao próprio poder-ser mais próprio. Esta possibilidade absolutamente própria e incondicionada é, ao mesmo tempo, a extrema.

Heidegger (2012), criando uma terminologia própria, busca compreender o sentido do ser. Ele denomina o modo de ser do homem como Dasein, que significa ser-aí.

Diante das ciências e da técnica, Heidegger defende a necessidade de resgatar pensamento do ser como uma tarefa primordial da existência humana e que nos possibilita fazer as perguntas em torno do sentido que os entes, o Ser em geral e nós mesmos possuímos.

Esse discurso típico fala da morte como de um 'caso' que tem lugar continuamente. Ele faz passar a morte como algo que é sempre já 'acontecido', ocultando seu caráter de possibilidade e, portanto, as características de incondicionabilidade e insuperabilidade.

A filosofia de Heidegger baseia-se na ideia de que o homem é um ser que busca aquilo que não é. Seu projeto de vida pode ser eliminado pelas pressões da vida e pelo cotidiano, o que leva o homem a isolar-se de si mesmo.

É um processo saudável de adaptação a uma nova realidade através do qual encontramos formas de lidar com o que aconteceu. Isso não significa esquecer a pessoa que morreu: nunca a esqueceremos. No entanto, à medida que o tempo passa podemos começar a aceitar o que aconteceu e a encontrar de novo sentido na nossa vida.

A relação entre morte e vida sempre foi e será muito estreita. Mesmo com dogmas distintos, todas as religiões pregam coisas boas como o amor ao próximo e a paz. E viver dessa forma garante uma “boa partida” para cada um, independente da crença.

É como diz Antoine de Saint-Exupéry no livro Terra dos Homens: 'O que dá sentido à morte também dá sentido à vida'.”

Ele sempre busca algo além de suas circunstâncias, algo além de si mesmo. Ele busca no devir sua realização. O que todo ser humano busca é a felicidade aqui na terra. A vida autêntica surge, portanto, quando somos capazes de dar sentido a nossa vida, preenchendo o nada que nós próprios somos.

Em filosofia, ser é considerado não só como um verbo (existir) mas também como substantivo ("tudo o que é"). Os termos ser e existência podem ter significados diferentes, embora, na linguagem corrente, possam ser sinônimos ("ser" como "o fato de ser" = existência).

Encontrar o sentido da existência em uma pessoa, em linha gerais significa: Um indivíduo reconhece o outro como um indivíduo livre e responsável e ambas capacitam-se mutualmente na realização de suas potencialidades.

Heidegger questionou as possibilidades de comunicação. Seu pensamento ilustra o momento contemporâneo, marcado pela convergência discursiva entre povos distintos, que tem culturas distintas, e que falam línguas distintas, com fés e crenças distintas, ainda que esforço muito grande se tenha para a unificação de valores.

Heidegger fez uma distinção entre os termos "ser" e "ente". Para ele, o "ser" se refere ao fundamento da existência e dos modos de existir; e o "ente" corresponde à existência concreta, ou, a realidade humana, enquanto presença no mundo.

A partir do que foi abordado neste artigo, vimos que Heidegger faz um retorno aos gregos de onde a filosofia se ocupou sobremaneira com a sua questão fundamental: o Ser. Esse retorno torna-se justificável, pois acusa a filosofia de ter, ao longo da história, se esquecido do Ser.

Em seu sentido filosófico, a morte sempre é entendida ou discutida como finitude ou cessação da existência humana. A consciência da finitude da vida incorpora, como consequência, a reflexão sobre a existência.

Até os 3 anos: a morte é entendida como a ausência ou a falta de alguém, algo que pode ser reversível. Dos 3 aos 7 anos: a morte ainda é vista como a ausência de alguém, mas que não volta mais; A partir dos 7 anos: a morte começa a ter o seu significado de finitude, algo que aconteceu, é inevitável e irreversível.

A morte não é um mal, ela é um processo da natureza
Nascer, crescer, envelhecer e morrer faz parte do fluxo de todos os seres que já passaram sobre a Terra. Entender que a morte é natural tira deste evento o seu peso trágico e devolve para ela a beleza da constatação mais antiga do mundo: somos finitos.

Como aceitar a morte?

  1. Trabalhe para aceitar a morte antes que ela ocorra.
  2. Pratique o desapego. Mantenha uma visão otimista.
  3. Crie formas de aceitar a morte.
  4. Aceite o seu sofrimento.
  5. Tenha uma rede de apoio.
  6. Encontre uma forma de dizer adeus.
  7. Pratique o desapego e tenha boas lembranças.

A origem do medo da morte está associada ao desconhecido e à falta de controle que temos sobre ela. Afinal, é a única certeza que temos nessa vida. O excesso de medo de morrer também está ligado à imagem da vida que levamos.

A "ausência de emoções/sentimentos" durante o luto pode ser comum e não reflete nada negativo sobre você como pessoa ou o seu amor pela pessoa que morreu. Reconhecer essa "ausência" é o primeiro passo para ajudá-lo. Luto é um processo. Ele é único e pessoal.

Essa é a expressão idiomática que eles usam quando dizer que algo acontece muito raramente, lá de vez em quando, quase nunca, muito pouquíssimamente (dito assim mesmo para dar ênfase!), raríssimamente, de raro em raro, lá uma vez ou outra e similares.