Porque razão Kant pensa que o juízo estético é subjetivo?

Perguntado por: iinfante8 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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A Estética kantiana é pensada não mais como uma dimensão objetiva do mundo e sim como uma dimensão mental, subjetiva. Isto quer dizer que a reflexão sobre a estética está voltada para as condições de receptibilidade a prazer do sujeito, também chamada de estado mental ou de conhecimento em geral.

Também os juízos baseados no sentimento de beleza se distinguem dos juízos cognitivos, os quais são determinados pelas “sensações objetivas” como a percepção de que as folhas de uma árvore são verdes. Nos juízos cognitivos são associadas propriedades às substâncias. Por exemplo, o verde à folha da árvore.

O que é um juízo estético? É um acto mediante o qual formulamos uma proposição que atribui determinada qualidade estética (beleza, sublimidade, fealdade) a um objecto: “Este palácio é belo” ou «O Requiem de Mozart é uma obra-prima» e «O Padrinho de Francis Ford Coppolla é um filme magnífico».

"Universalidade estética" é o conceito-chave com base no qual a terceira Crítica, que já havia afrontado as estéticas racionalistas com a tese da não-conceptualidade do juízo de gosto, rechaça, no outro flanco, o ceticismo estético dos defensores de um gosto privado e incomunicável.

Na sua primeira explicação sobre o belo, Kant nos mostra que o que chamamos de belo se funda no gosto e é um juízo reflexivo estético. O gosto diz respeito ao sujeito e sua capacidade de julgar sobre o que lhe é dado, quando o que é dado produz o sentimento de prazer.

A grande transformação pela qual passa a estética por meio de Kant pode ser descrita, sobretudo, em função da alteração do foco. Não é mais a obra de arte o interesse de Kant. Sua questão é saber o que acontece com o homem quando ele se encontra diante de uma obra e diz que ela é uma obra bela.

Explicação: Às afirmações que fazemos acerca do que é belo ou feio, acerca do que gostamos ou não e acerca dos objectos de arte chamamos "juízos estéticos".

A capacidade da subjetividade do homem é explicitada na relação estética do homem – ser social por essência – com a realidade. Nesse sentido, a obra de arte é um objeto no qual o sujeito se expressa, se exterioriza e reconhece a si mesmo.

O juízo estético é um juízo subjetivo, que afeta cada individuo de forma diferente, ou seja, não podemos evitar que outras pessoas tenham juízos diferentes dos nossos referentes ao mesmo objeto, e também não temos razões objetivas para justificar uma pretensa universalidade do nosso juízo.

Assim sendo, não só o juízo analítico é a priori, o juízo sintético também pode sê-lo, e, inclusive para Kant, o juízo sintético a priori é o juízo mais importante, pois é com ele que opera as ciências, como a física e a matemática.

Segundo Kant, o belo resulta da concordância harmoniosa entre uma forma sensível imaginada para exprimir uma ideia, e um ideia concebida para ser expressa por uma forma. O belo será o que satisfaz o voo livre da imaginação, sem estar em desacordo com as leis da Verstand.

Às afirmações que fazemos acerca do que é belo ou feio, acerca do que gostamos ou não e acerca dos objectos de arte chamamos "juízos estéticos". Exemplos de juízos estéticos são "este pôr-do-sol é belo", ou "gosto da paisagem alentejana", ou ainda "aquela peça de dança tem ritmo e elegância".

Dentre os cinco momentos da reflexão podemos citar: O discernimento, o relaxamento, o agradecimento, o plano de leitura e por fim, o foco.

Estética é conhecida como a filosofia da arte, ou estudo do que é belo nas manifestações artísticas e naturais. A estética é uma ciência que remete para a beleza e também aborda o sentimento que alguma coisa bela desperta dentro de cada indivíduo.

Juízo de valor, por sua vez, trata da avaliação criada a partir dos nossos gostos e percepções individuais. Por isso, pode resultar numa avaliação pejorativa e ter por base fatores culturais, sentimentais e ideológicos.

Resposta verificada por especialistas
Primeiro que são apenas os juízos sintéticos que podem dizer algo sobre a coisa que não esteja contido em seu conceito e, segundo, que toda ciência prática (medicina, química, biologia, etc) tem um uso para os seres humanos quando desenvolvem juízos sintéticos.

Em Kant o dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. E uma ação por dever elimina todas as inclinações (todo o objeto da vontade), e, portanto, só resta à vontade obedecer à lei prática (baseada na máxima universal), pois trata-se de um princípio que está ligado à vontade.

E há duas formas de juízo: o juízo analítico e o juízo sintético. Na esteira da teoria de Leibniz, para Kant juízo analítico é aquele em que o conceito do predicado está contido no conceito do sujeito.