Quais os riscos de ter filhos com primos?

Perguntado por: acaetano . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Os problemas mais comuns em ocorrer nos filhos entre primos com os mesmos códigos genéticos são: Fibrose Cística, a mucopolissacaridoes, a anemia falciforme, albinismo e doenças metabólicas.

O relacionamento entre primos ou outros graus de familiares é denominado consanguinidade. Em qualquer grau de parentesco as pessoas compartilham informação genética em comum, por isso existe um risco maior que um casal consanguíneo coincida em variantes genéticas.

O casamento consanguíneo é o casamento que acontece entre parentes próximos, como tios e sobrinhos ou entre primos, por exemplo, o que pode representar risco para uma futura gestação devido a maior probabilidade de herança de genes recessivos responsáveis por doenças raras.

Do ponto de vista religioso, as religiões judaico-cristãs não proíbem casamentos entre primos.

DNA Compartilhado
Você compartilha cerca de 50% do seu DNA com seus pais e filhos, 25% com seus avós e netos e 12,5% com seus primos, tios, tias, tias, sobrinhos e sobrinhas. Uma correspondência de 3% ou mais pode ser útil para sua pesquisa genealógica – às vezes até menos.

Como a vedação do casamento vai até o terceiro grau, primos podem casar entre si, de acordo com a legislação. Estes são os impedimentos matrimoniais decorrentes de parentesco.

Segundo ela, "o casamento entre primos não é uma situação nova e nem é uma situação rara. No Brasil, estima-se que 2% a 3% dos casais tenha algum tipo de parentesco. Geralmente entre primos de 1º e 2º grau. É importante que a gente possa expressar isso porque não há nenhuma proibição e nada que seja errado.

Quanto maior a família, mais chance de o amor surgir dentro de casa mesmo, numa brincadeira de crianças ou num almoço de domingo. O namoro entre primos é mais comum do que muita gente imagina.

A paixão por primos tem mais raiz infantil ainda, porque foi uma experiência real que a pessoa se lembra. Quando essa sexualidade infantil sobre primos sobrevive, aí há amor entre primos que estão se entendendo. Não é algo só proibido pela sociedade, mas algo proibido pela genética.

Isto é, legalmente, a união entre colaterais até terceiro grau é proibido por lei (primos são colaterais em quarto grau). A Igreja Católica não veta, mas dispara o alarme quando isso ocorre. Pouca gente sabe, mas, para ser concretizado na igreja, o casal consangüíneo precisa de autorização do bispo da diocese.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que permite fazer exame de DNA em parentes consanguíneos para comprovar suspeita de paternidade quando o suposto pai biológico estiver morto ou sem paradeiro conhecido.

O filho primogênito de Isaque e Rebeca, Esaú, casou-se com sua prima Maalate, filha do irmão de seu pai, Ismael.

A partir daí, todos os outros primos são chamados de primos de 2º, 3º, 4º grau, etc. Por exemplo, o filho do primo é chamado de primo-sobrinho e o primo do pai é chamado de primo-tio, sendo os dois filhos de dois primos diferentes primos de terceiro grau entre si, e assim por diante.

No caso dos colaterais, é impedido casamento entre parentes até terceiro grau, porém o Decreto Lei 3.200/41 permite o casamento de colaterais, legítimos ou ilegítimos do terceiro grau, como tio e sobrinha e tia e sobrinho.

O casamento entre primos é permitido por lei na maior parte da Europa, América, Austrália e em partes da África e da Ásia.

Em 2002, com o advento do atual Código Civil, o casamento avuncular foi novamente proibido, o art. 1.521, inciso IV do Código Civil foi explícito ao dispor que “os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau (tios e sobrinhos), não podem casar entre si”.