Qual a diferença entre a diálise e hemodiálise?

Perguntado por: ialbuquerque . Última atualização: 5 de janeiro de 2023
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Uma curiosidade: enquanto na hemodiálise o filtro está na máquina, na diálise peritoneal ele é o peritônio, uma membrana que reveste os órgãos abdominais.

A diálise é um processo de filtração do sangue utilizado para eliminar o excesso de líquidos e as substâncias tóxicas provenientes do metabolismo das células e da ingestão de alguns alimentos acumuladas no organismo do paciente portador de insuficiência renal avançada, aguda ou crônica.

Quem faz hemodiálise precisa do tratamento para retirar o excesso de água do organismo. Entre uma sessão e outra, ela poderá se acumular no corpo causando diversos problemas. Por isso é importante controlar a quantidade de líquidos ingeridos.

Elias David Neto – Em geral, a diálise é indicada quando a função renal está bastante reduzida, ou seja, em torno de 10% da função inicial, o que é insuficiente para manter a pessoa viva. Com 50%, 60% ou 70% da função preservada, ela conseguirá levar vida absolutamente normal.

As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais, no mínimo 3 vezes por semana e cada uma tem duração de aproximadamente 3-4 horas.

O tempo varia de acordo com o estado clínico do paciente e, em geral, é de quatro horas, três ou quatro vezes por semana. Dependendo da situação clínica do paciente esse tempo varia de 3 a 5 horas por sessão e pode ser feita 2, 3, 4 vezes por semana ou até mesmo diariamente.

As pessoas que precisam realizar a hemodiálise são aquelas diagnosticadas com a insuficiência renal. Considera uma doença silenciosa, a insuficiência não apresenta sintomas no início das complicações, mas apenas quando os rins já estão apresentando um grau elevado de perda de função.

Fontes alimentares com potássio, fósforo, magnésio e cálcio, por exemplo, podem ser importantes para a alimentação de quem faz hemodiálise. Como sugestão de alimentos, pode-se citar os cereais, legumes e verduras para contribuir com a ingestão desses nutrientes.

Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise (realizada numa clínica especializada cerca de três vezes por semana) e a diálise peritoneal (feita diariamente na casa do paciente, normalmente no período noturno).

Riscos e complicações da hemodiálise

  • Dor de cabeça;
  • Cãibras;
  • Queda da pressão arterial;
  • Reações alérgicas;
  • Vômitos;
  • Calafrios;
  • Desequilíbrio dos eletrólitos do sangue;
  • Convulsões;

Pelos meus 30 anos de experiência médica, afirmo que o paciente vive muito bem nos primeiros 5 anos de diálise. A sobrevida média, segundo a literatura, é de 10 anos, mas sabemos que isso depende de muitos fatores, como serviço, atendimento, horas de diálise, etc.

Prefira as frutas pobres em potássio, como: abacaxi, ameixa, banana maçã, laranja lima, maçã, mamão, manga, melancia, morango, pêra e pêssego.

Para evitar complicações, as pessoas com alguma insuficiência renal devem evitar alimentos ricos em potássio, como as frutas cítricas. “Laranja, limão, abacaxi, tangerina e até a rúcula têm alto teor de potássio", diz o nefrologista Michel Assbú.

Depende da fase da insuficiência renal em que a pessoa se encontra e dos exames laboratoriais. Por exemplo, o paciente em tratamento conservador ou em diálise peritoneal que estejam com o potássio normal podem tomar suco de laranja, já o paciente em diálise deve evitar, porque tem muito potássio.

Uma parceria entre a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante - ABCDT e a Sociedade Brasileira de Nefrologia, está realizando a Campanha de Valorização – “Vidas Importam: a diálise não pode parar.”

Quais os riscos de não fazer a hemodiálise? Os pacientes que não realizam a hemodiálise e que comprovadamente necessitam dela correm sério risco de sofrer complicações agudas, como infartos, derrames e morte súbita.

Os sinais e sintomas mais conhecidos são: hipertensão arterial, urina com sangue, urina com espuma (presença de proteínas na urina), edemas, eliminação de urina muito clara (como água), anemia (palidez, cansaço, dor no peito e sonolência).

As causas mais comuns da doença renal crônica são a Diabetes mellitus e a pressão arterial alta (hipertensão). Pois, esses dois quadros clínicos lesionam de forma direta os pequenos vasos sanguíneos dos rins.

Na dieta para hemodiálise, um tratamento indicado para filtrar o sangue, eliminando o excesso de toxinas, minerais e líquidos do corpo, é fundamental equilibrar a ingestão de proteínas, como ovo, peixe e frango, para repor esse nutriente que é perdido durante a diálise, evitando a perda de massa muscular e peso.

– Volume de urina em 24 horas + 500 ml. Ou seja, o paciente pode consumir a mesma quantidade de líquidos que urina, mais 500 ml, equivalentes as perdas naturais ao longo do dia. Consideramos líquidos: água, chá, refrigerantes, bebidas alcoólicas, sucos, sorvetes, sopa, café, leite, iogurtes etc…

5 – Quem faz hemodiálise precisa realizá-la para sempre ou o rim volta a funcionar? De modo geral, pacientes que sofrem de insuficiência renal crônica grave precisam realizar o procedimento de forma contínua.