Qual a marcha de quem teve AVC?

Perguntado por: ddiniz . Última atualização: 26 de abril de 2023
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A marcha hemiparética, que é observada após o acidente vascular encefálico, apresenta velocidade menor, o membro inferior tem de fazer uma circundução para mover-se do solo, há espasticidade grande, e a musculatura encontra-se hipotrofiada.

Marcha Hemiplégica
Ao caminhar, o paciente mantém o braço de lado e arrasta a perna afetada em semicírculo (circundução) devido à fraqueza dos músculos distais (pé caído) e hipertonia extensora do membro inferior. Essa marcha é mais comumente visto em acidentes vasculares cerebrais.

A análise da marcha está indicada para todos os pacientes com alguma alteração na marcha, proveniente de cirurgias ou problemas na coluna. A avaliação da marcha é feita por meio da filmagem do paciente com a utilização de marcadores anatômicos, que são adesivos colados em pontos específicos do corpo.

Confira os principais tipos de Marcha Patológica:

  • Marcha Atáxica:
  • Marcha Escavante:
  • Marcha Parkinsoniana:
  • Marcha Anserina:
  • Marcha em Tesoura:

A marcha atáxica é o termo médico para descrever as alterações de caminhar caracterizadas por incoordenação dos membros inferiores.

A ataxia cerebelar progressiva é uma patologia causada pela lesão cerebelar. Esta lesão é uma das principais causas que afetam a coordenação e a realização da marcha. Os movimentos passam a ser incertos, inseguros e descoordenados, caracterizando a marcha atáxica [5].

A marcha antálgica é uma compensação no modo de. caminhar decorrente de uma dor.

O treino de marcha com suspensão parcial de peso é considerado uma estratégia segura e eficaz no tratamento fisioterápico para pacientes que sofreram AVC. Estudos indicam que mesmo após vários anos da doença, os pacientes que sofreram AVC podem se beneficiar de um programa de treinamento de marcha com suspensão.

Na marcha hemiparética, não há o balanço dos membros superiores como ocorre na marcha normal. Na maioria das vezes, o membro superior do lado parético encontra-se num padrão de flexão de cotovelo e adução.

Fases da Marcha:
- Fase 1: apoio inicial. - Fase 2: resposta a carga. - Fase 3: médio apoio. - Fase 4: apoio terminal.

Segundo Porto (2005), a marcha escarvante ocorre quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé no solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior.

Entende-se por MARCHA HUMANA o ato do indivíduo deambular. Este ato incorpora vários princípios, termos e conceitos que são utilizados para reconhecer o que é considerada a “marcha normal”. Marcha ou deambulação é um tipo de locomoção de padrão bípede gerado pelo sistema sensório-motor.

A marcha humana normal é caracterizada por um ciclo que se inicia com o contato do calcanhar com o solo (fase de apoio) e termina quando o pé deixa o solo (fase de oscilação). Em situações normais, a fase de apoio constitui aproximadamente 60% do ciclo e a fase de oscilação, 40%.

Já a cadência (CAD) consistia na relação entre o número total de passos executados pelo indivíduo e o tempo gasto (em segundos) para executar todo percurso (CAD = nº passos/tempo).

A marcha hemiparética, causada pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), é assimétrica e tem uma velocidade reduzida, resultando numa marcha menos funcional. Os pacientes desejam andar com uma maior velocidade e melhorar o seu padrão de marcha.

Além da mudança de peso, a gestante para manter um equilíbrio de seu corpo, muda o seu centro de gravidade, tendendo a jogar a coluna para trás e abrindo um pouco as pernas para andar, em uma postura característica denominada “andar de pato” ou “marcha anserina”.

A avaliação da marcha visa identificar padrões de movimentos que podem causar interferências como dor e sobrecarga nas regiões dos pés, joelho, quadril e coluna, durante as atividades do dia-a-dia e prática esportiva.