Qual é a atual situação dos povos indígenas que vivem no Brasil?

Perguntado por: amaldonado6 . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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Vivendo em aldeias somam 503.000 indígenas. Há, contudo, estimativas de que existam 315 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. A população indígena no País vem aumentando de forma contínua, a uma taxa de crescimento de 3,5% ao ano.

Os povos indígenas do Brasil enfrentam um substancial aumento da grilagem, do roubo de madeira, do garimpo, das invasões e até mesmo da implantação de loteamentos em seus territórios tradicionais, explicitando que a disputa crescente por estas áreas atinge um nível preocupante, já que coloca em risco a própria ...

Os principais problemas que as comunidades indígenas enfrentam hoje são a consequência daqueles que surgiram há anos. Nos dias atuais há problemas como a miséria, o alcoolismo, o suicídio, a violência interpessoal, que afetam consideravelmente essa população.

No Brasil, existem 345.000 índios nas aldeias. Alguns vivem isolados, outros em reservas, alguns vivem em cidades. Os que vivem na cidade tiveram que abandonar sua cultura para se adaptar à realidade urbana.

Suas festas, jogos e brincadeiras, suas formas de ensinar e aprender, tudo isso pode variar muito. Existem diferentes mitos, rituais, pinturas, objetos, músicas e cantos! Além disso, os povos indígenas constroem casas de diversos jeitos e moram em regiões com paisagens muito diferentes.

Onde vive a maioria dos índios? Cerca de 55% da população indígena vive na chamada Amazônia Legal. Essa região abrange os Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão.

Povos indígenas no Brasil
Dentre eles, há dois troncos principais: Macro-Jê: que incluem os grupos Boróro, Guató, Jê, Karajá, Krenák, Maxakali, Ofayé, Rikbaktsa e Yatê. Tupi: onde estão os Arikém, Awetí, Jurúna, Mawé, Mondé, Mundurukú, Puroborá, Ramaráma, Tuparí e Tupi-Guarani.

A população indígena no país sofreu um enorme decréscimo, entre o século XVI e o século XX, passando de milhões para a casa dos milhares. Extermínios, epidemias e também escravidão foram os principais motivos dessa redução.

O índio ainda é visto como aquele que vive na natureza, ao modelo de índio primitivo que vivia na época da chegada dos portugueses ao Brasil de forma isolada da sociedade, sendo-lhe atribuídos diversas características negativas tais como “cruel, bárbaro, canibal, animal selvagem, preguiçoso, traiçoeiro…” (GERSEM, 2006, ...

Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco.

Entendemos como comunidade indígena um conjunto de pessoas que: mantêm relações de parentesco ou vizinhança entre si; são descendentes dos povos que habitavam o continente antes da chegada dos europeus; apresentam modos de vida que são transformações das antigas formas de viver das populações originárias das Américas.

Os índios atuais absorveram diversas práticas que não pertencem à sua cultura. Muitas crianças indígenas frequentam escolas, mantidas nas aldeias pela Fundação Nacional do Índio, e aprendem o português. Mas isso não quer dizer que os indígenas tenham abandonado suas tradições, como os rituais religiosos e as danças.

Entre as categorias que mais chamam a atenção, está a de “invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio”, onde houve um crescimento de 109 para 256 casos, entre 2018 e 2019. As ocorrências atingiram 151 terras indígenas e 143 povos, em 23 estados.

Os índios do Brasil viveram séculos na invisibilidade. Apesar de terem atravessado caminhos de mortes e de cicatrizes não curadas, pouco se fala na história de vida real desses povos, que foram dizimados por doenças introduzidas pelos invasores portugueses e outros: dentre elas, gripe, varíola, sarampo.

Hoje, os mais de 230 povos indígenas somam por volta de 800 mil pessoas, segundo o Censo IBGE 2010. Destes, cerca de 300 mil estão vivendo em cidades, e outros 500 mil nas áreas rurais, correspondendo a 0,42% da população total do país.

Panorama atual das Terras Indígenas
Do número total de invasões, as principais motivações foram a exploração ilegal de madeira/desmatamento, atividades de garimpo e exploração mineral, atividades agropecuárias (soja, milho e gado), incêndios, pesca predatória e grilagem/loteamento ilegal.