Qual é o exame que detecta pré-eclâmpsia?

Perguntado por: lesteves9 . Última atualização: 21 de janeiro de 2023
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Um exame de sangue, coberto pelos convênios médicos, pode ser realizado a partir da 20º semana de gestação para auxiliar os médicos a avaliarem a razão de dois biomarcadores importantes para identificar o risco de desenvolver a doença: o fator de crescimento placentário (PlGF) e a tirosina quinase-1 (sFlt-1).

Exames laboratoriais

  • Estudo de Trombofilias.
  • Pesquisa de proteínas na urina II.
  • Hemograma e plaquetas.
  • Função renal (Creatinina e Ureia)
  • Função Hepática (ALT, AST, LDH)

A Fundação de Medicina Fetal (FMF) possui um algoritmo para rastreamento da pré-eclâmpsia de acordo com o cálculo: No primeiro trimestre (entre 11 e 14 semanas), os marcadores incluídos são a história materna, pressão arterial média (PAM), IP médio das artérias uterinas (UTPI) e PLGF sérico.

Pré-eclâmpsia é o ressurgimento ou agravamento da hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação. Eclâmpsia é a ocorrência de convulsões generalizadas e inexplicadas em mulheres com pré-eclâmpsia. O diagnóstico é clínico e pela mensuração de proteínas urinárias.

Não existe um tratamento eficaz para a pré-eclâmpsia. Tratamos a pressão alta com anti-hipertensivos. A única forma de curar a doença é realizando o parto. Por isso em casos mais graves o médico poderá antecipar o seu parto.

Urina Tipo I: quando solicitado esse exame, muitos profissionais ficam atentos à presença de infecção urinária. Porém, é importante atentar para os casos de Pré-Eclâmpsia. Por essa razão é importante o profissional solicitante interpretar a presença de proteinúria. Proteinúria é um achado anormal, é um sinal de alarme.

Pré-eclâmpsia leve
Na pré-eclâmpsia leve os sinais e sintomas geralmente incluem: Pressão arterial entre 140 x 90 e 160 x 110 mmHg; Presença de proteínas na urina; Inchaço e rápido ganho de peso.

Fatores clínicos e de estilo de vida que predizem pré-eclâmpsia no início da gravidez incluem pressão arterial média em 15 semanas de gestação, peso ao nascer materno, história familiar de doença cardíaca coronária ou pré-eclâmpsia, e sangramento vaginal durante mais de cinco dias na gestação atual.

A presença de exame dopplervelocimétrico indicando incisura das artérias uterinas entre a 24a e a 26a semana de gestação, vem se afirmando como screening positivo para DHEG e RCIU.

A pré-eclâmpsia é um novo diagnóstico de hipertensão arterial ou da piora de hipertensão arterial preexistente, que é acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana de gestação. Eclâmpsia são convulsões que ocorrem em mulheres com pré-eclâmpsia e que não apresentam outra causa.

A aspirina e cálcio devem ser feitos para as mulheres que têm risco, seja pelo histórico familiar, seja pela história obstétrica, ou se a mulher é hipertensa crônica, também deve receber a profilaxia. Isso diminui o risco dela desenvolver pré-eclâmpsia associada à hipertensão arterial crônica.

A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação. Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

"Nos casos identificados como pré-eclâmpsia leve em gestações com 37 semanas ou mais o indicado é interromper a gestação, porque mantê-la não melhora o quadro da mãe, traz mais complicações, e pode evoluir para pré-eclâmpsia grave e eclampsia, caracterizada por convulsões", alertou.

Em relação aos exames realizados durante o pré-natal, destacam-se os exames de sangue, urina e as ultrassonografias. Alguns deles são gerais para todas as gestantes, como o hemograma, tipagem sanguínea, fator RH, glicemia, sorologias, urina simples e urocultura.

O diagnóstico, normalmente, é feito a partir da 20ª semana de gravidez ou nos primeiros dias após o parto e baseia-se no desenvolvimento de hipertensão arterial superior a 140 x 90 mmHg e proteinúria maior que 300 mg num intervalo de 24 horas. Não se sabe ao certo por que ela ocorre.

A pré-eclâmpsia é a manifestação mais branda da toxemia gravídica. Seus sintomas principais incluem inchaço e/ou aumento de peso, hipertensão e proteínas na urina (proteinúria).