Qual o exame mais eficaz para detectar câncer de mama?

Perguntado por: agomes2 . Última atualização: 25 de abril de 2023
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Para o diagnóstico de câncer de mama geralmente a mamografia é complementada por biópsias, ultrassom das mamas e algumas vezes a ressonância magnética. Apertar a mama durante o exame é fundamental, pois somente assim terá boa qualidade e permitirá enxergar as lesões bem no início.

Somente a mamografia consegue identificar aquelas lesões e nódulos que o ultrassom não detecta. Porém, o ultrassom é sim uma alternativa inicial em alguns casos específicos. De qualquer forma, em casos de lesão ou nódulo suspeito, somente a mamografia poderá cravar o diagnóstico.

Ultrassonografia. A ultrassonografia usa ondas sonoras de alta frequência em vez de radiação para produzir imagens da mama. É um procedimento indolor que normalmente não causa efeitos colaterais.

O exame é capaz de mostrar alterações suspeitas antes mesmo de o tumor ser palpável. Entretanto, a confirmação do câncer de mama só é feita pelo exame histopatológico, que é uma análise no laboratório de uma pequena parte retirada da lesão por meio de biópsia.

O exame de sangue também pode ser útil para o diagnóstico do câncer de mama. Quando há algum processo cancerígeno no corpo, proteínas específicas apresentam concentração aumentada no sangue, como o CA125, CEA, AFP e o CA 15.3. Para o exame de sangue, a área da retirada do sangue é higienizada com algodão e álcool.

A mamografia é um exame de raio-x, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico, e possui papel fundamental na luta contra o câncer de mama por ser capaz de detectar nódulos em estágio inicial, quando são ainda pequenos e apresentam pouquíssimas chances de disseminação.

Biópsia. A biópsia é um procedimento que é usado para diagnosticar o câncer em qualquer parte do corpo.

Cinco sinais de alerta
São eles: retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço.

Mas a mamografia não é 100% segura, já que pode não mostrar um nódulo pequeno durante o exame, devido à densidade do tecido mamário que deixa o nódulo em estágio inicial misturado a ele.

Uma diferença importante entre ultrassonografia de mama e mamografia é que a primeira não é indicada para o rastreamento do câncer de mama em pacientes assintomáticas. Outro ponto de diferenciação é que a mamografia é contraindicada para grávidas e lactantes, devido à radiação.

O resultado da mamografia
Um dos resultados do exame mamográfico – e talvez o mais importante – é a indicação da categoria BI-RADS (um sistema de padronização de laudos) que o nódulo se encontra, sendo 0 para inconclusivo e 6 para certeza de risco de malignidade causadas por câncer de mama.

Após os 35 anos o exame de escolha para avaliação inicial é a mamografia com posterior ultrassom se houver alguma alteração que precise de complementação em sua avaliação. O Colégio Americano de Radiologia e a Associação Médica Americana têm indicado realização de mamografia de rastreamento anual a partir dos 35 anos.

Quando o resultado da mamografia é BI-RADS® 0, o exame foi inconclusivo. Isso pode acontecer por problemas técnicos, como mau posicionamento das mamas e axilas no aparelho, além da movimentação da paciente durante o teste. A categoria 0 também é usada quando há dúvidas sobre a existência de alguma alteração.

Mesmo assim, a mamografia, bem como outros exames, pode apresentar falhas eventuais, indicando resultados que não correspondem ao estado real de saúde do paciente.

Na maioria dos casos, a confirmação do diagnóstico é feito através da combinação de vários exames, como observação do paciente, exame de sangue, ressonância magnética e biopsia, por exemplo.

Ao contrário do que muita gente pensa, não existe um exame de sangue para detectar câncer no corpo inteiro. Ou seja, não há um teste único, capaz de revelar tumores malignos presentes em qualquer parte do organismo.

A confirmação ou não de um câncer é feita por meio de biópsia, que pode ser realizada no consultório do ginecologista por aspiração da amostra, ou histeroscopia, que é feita com anestesia local. A amostra é analisada em laboratório para verificar se há células cancerosas.