Qual o risco de doar um rim?

Perguntado por: eneves . Última atualização: 17 de janeiro de 2023
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Doar um rim não está associado à maior risco de mortalidade por todas as causas, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 ou desfechos psicossociais adversos em doadores. A pressão arterial diastólica pode se elevar a longo prazo, assim como a taxa de eliminação de albumina (proteína) na urina.

Por ser maior e mais pesado, o rim único está mais propenso a sofrer traumas. As refeições podem ser feitas como de costume, porém, é preciso cuidar com a quantidade de sal usada no preparo dos alimentos. O recomendado é que sejam ingeridos de seis a oito copos de água por dia para auxiliar no funcionamento do órgão.

Transplante de rim é perigoso? Quais são os riscos? O Dr. Alan Castro explica que, para o doador vivo, os riscos são mínimos, pois ele passa por uma avaliação rigorosa e, após o procedimento, poderá viver com apenas um rim, desde que mantenha hábitos de vida saudáveis, não ganhe peso e não fume.

Pessoas que doam um dos rins vivem tanto quanto quem permanece com os dois. Um estudo histórico realizado nos Estados Unidos com mais de 80 mil doadores comprovou definitivamente o baixo risco da cirurgia que, no ano passado, salvou 1.727 vidas no Brasil. Esse foi o número de transplantes de rim com doadores vivos.

Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, poderá ocorrer dores. Mas, com a medicação adequada isso é rapidamente contornado. No dia seguinte a operação, o doador pode começar a caminhar e em torno de uma semana serão retirados os pontos. Segundo o médico, a alta geralmente ocorre três dias após a cirurgia.

O abandono da medicação pode ter sérias consequências, como a perda do rim transplantado e outras complicações. Por outro lado, diferentemente do receptor, o doador não precisa tomar medicações contínuas. “Recomendamos apenas remédios para o alívio da dor e desconforto após a cirurgia”, diz a médica.

Se o paciente tem um doador, é necessário realizar o exame de compatibilidade, pois os dois precisam ter compatibilidade sanguínea (o fator RH positivo ou negativo não importa). Assim, o paciente que tem sangue tipo O só pode receber rim de doadores O. Os que possuem sangue do tipo A podem receber de O ou A.

Por vezes, os rins transplantados funcionam por mais de 30 anos. As pessoas com transplantes renais bem-sucedidos geralmente podem levar uma vida normal e ativa.

Nos pacientes com histórico de cálculo renal de ácido. úrico de repetição devem evitar a cerveja devido a. um aumento de chance de novos cálculos de ácido.

Aposentadoria. Um dos direitos do paciente com doença renal crônica é, quando assegurado pelo INSS, ter acesso ao benefício do seguro doença ou aposentaria por invalidez, desde que por meio de laudo médico comprove a sua incapacidade laboral.

Uma em cada 1000 pessoas nasce só com um rim; a esta situação chama-se “agenesia renal unilateral”. Pode também existir um rim com malformação e incapaz de funcionar, fazendo com que só exista um rim funcionante.

Após a cirurgia, o doador passará pela recuperação pós-operatória como em qualquer outra cirurgia, precisando manter uma dieta conforme orientação do seu nefrologista, a administração dos medicamentos e guardar repouso pelo tempo recomendado, a fim de evitar complicações comuns, como sangramentos, inflamações ou ...

Alguns pacientes permanecem com os rins transplantados funcionando por vários anos (mais de 10 anos), mas em alguns casos o tempo de duração de funcionamento do órgão não é tão longa.

Existe limite de idade para ser doador ou receptor? O que determina o uso de partes do corpo para transplante é o seu estado de saúde. Em geral, aceita-se os seguintes limites, em anos: rim (75), fígado (70), coração e pulmão (55), pâncreas (50), válvulas cardíacas (65), córneas (sem limite), pele e ossos (65).