Qual o salário da maioria dos brasileiros?

Perguntado por: atavares . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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R$ 2.424

Maioria dos trabalhadores brasileiros recebe até dois salários mínimos, o equivalente, hoje, a R$ 2.424. É o que revela levantamento realizado por consultoria especializada, com base em dados da Pnad Contínua, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

30,798 milhões de trabalhadores, o que representa 31,56%, recebem entre R$ 1.212 e R$ 2.424, isto é, entre um e dois salários mínimos; 32,009 milhões de pessoas, o que representa 32,81%, recebem mais de R$ 2.424, ou seja, mais do que dois salários mínimos.

Afinal, segundo os critérios oficiais, estão na classe média todas as famílias com renda superior a 292 reais por integrante e fazem parte da classe alta aquelas que acumulam mais de 1019 reais por mês, por pessoa.

Mesmo não representando sinônimo de riqueza, um salário de R$ 5 mil ainda é bem acima do que grande parte dos brasileiros recebem. Em 2020, a média salarial era de R$ 2.543 no país, conforme apuração realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Menos de 1% da população brasileira é rica. Isto significa que 1,5 milhão de pessoas ganha mais de R$ 8 mil (precisamente R$ 8.518,04).

A renda mensal média de quem está entre os 5% mais ricos no Brasil é de R$ 10.313,00, conforme os dados da Pnad Contínua – Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE. O corte para estar no 1%, ou seja, com renda média superior à de 99% da população brasileira adulta, é de R$ 28.659,00.

Quem ganha R$ 30 mil no Brasil não está entre os 7% mais ricos, mas entre o 1% mais rico. E muitos desses brasileiros não se sentem ricos, mas de “classe média”, apenas pagando as contas do mês, com sobras que não consideram folgadas.

Os últimos dois anos foram de queda (2020 e 2021) e deve voltar a crescer em 2022, segundo projeção da consultoria, para R$ 3.613, mas ainda ficará bem abaixo dos R$ 3.939 de 2019 (considerando preços de novembro de 2021).

Estratificação dos domicílios em 2022:
Classe A: 2,8% (renda mensal domiciliar superior a R$ 22 mil) Classe B: 13,2% (renda mensal domiciliar entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil) Classe C: 33,3% (renda mensal domiciliar entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil) Classes D/E: 50,7% (renda mensal domiciliar até R$ 2,9 mil)

Aliás, um estudo recente da OCDE e Credit Suisse mostrou que somente 27% da população brasileira tem patrimônio entre R$50 mil e R$500 mil. Quando pensamos em valores maiores, a porcentagem reduz bastante: somente 3% da população possui um patrimônio acima de R$500 mil.

As famílias com rendimentos totais acima de 4 e até 10 salários mínimos estão enquadrados na classe C, também chamada popularmente de classe média, nem tão rica nem pobre. Dessa maneira, os rendimentos ficam entre R$ 4.180 e R$ 10.450.

Apenas 5% da população brasileira está recebendo acima de R$ 7 mil por mês, de acordo com a fintech, citando o estudo.

Um estudo feito pela Bloomberg em 2020, mostrou que para ser considerado rico no Brasil, era necessário ter uma renda anual de US$ 176 mil. Na conversão direta da época, o valor corresponde a algo como R$ 758 mil – ou R$ 63 mil por mês.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a remuneração mínima necessária para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) seria de R$ 5.969,17 (dado de novembro 2021).

Classe A. Essa classe representa a parcela mais rica do país. O valor somado que compreende os pertencentes a essa classe são acima de 20 salários mínimos, ou seja, mais de R$ 20.900.