Quando a taxa de juros é considerada abusiva?

Perguntado por: igarcia2 . Última atualização: 15 de janeiro de 2023
4.9 / 5 17 votos

Os Tribunais Superiores usam como parâmetro de abusividade a verificação das médias das taxas de mercado em diversas operações de crédito (empréstimo pessoal, empréstimo consignado INSS, cheque especial, cartão de crédito etc.). Como regra, juros superiores ao patamar de 50% da média do mercado é considerado abusivo.

E qual é o limite permitido para os juros? Já os juros moratórios devem ser estipulados em até 1% ao mês, ou 12% ao ano, conforme especificado no Código Tributário Nacional: “§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês.”

A fórmula de cálculo é: J = C*i*t. Sendo que o J são os juros e o C é o capital. O i é a taxa de juros e t é o tempo.

Para que a revisão de financiamento aconteça, o contratante precisa recorrer à Justiça Comum ou ao Procon. O Procon é um órgão de fácil acesso à população e o lugar correto para procurar os direitos do contratante através do Código de Defesa do Consumidor no Brasil.

A taxa média do empréstimo pessoal em 2022 foi de 6,96% a.m., indicando alta de 0,70 ponto percentual em relação à taxa média de 2021, que era de 6,26% a.m.

Dê uma entrada maior. Pode-se dizer que dar uma entrada maior é a principal forma de conseguir a redução das parcelas do financiamento, pois a quantia restante para pagar será menor. Inclusive, os juros que incidirão sobre esse valor também tendem a ser menores.

O código de Defesa do consumidor no seu artigo 52, § 1° proibi expressamente que as multas ocasionadas pelo não pagamento na data pactuada sejam estipuladas acima de 2% do valor da prestação, e determina que as cláusulas, seja no boleto, carnê ou contrato de consumo, que estabeleçam multa por atraso, em percentual ...

Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.

' O vigente Código Civil, em seu artigo 406, estabelece os juros legais, outrora determinados em seis por cento ao ano, pelo código revogado (arts. 1.062 e 1.06).

Imagine que você pegou R$ 2.000,00 emprestados a uma taxa de juros de 3% ao mês. O crescimento exponencial da dívida será da seguinte forma: 1º mês: R$ 2.000,00 a 3% = R$ 2.060,00 (R$60,00 de juros) 2º mês: R$ 2.060,00 a 3% = R$ 2.121,80 (61,80 de juros)

Nos juros simples, basta dividir a taxa anual pelo número de meses. Por exemplo, uma taxa de 12% ao ano, equivale a 1% ao mês (12/12).

Como exemplo, vamos usar o mesmo valor acima (R$ 1000,00 à 5%). 1º mês – R$ 1.000,00 a um juros de 5%, fica R$ 1050,00.

Saiba que é possível processar um banco pela cobrança abusiva de juros. Porém, deve-se comprovar as irregularidades, isto é, que o banco está cobrando juros elevados. Para comprovar é fundamental ter em mãos o contrato para então procurar um advogado a fim de que ele faça uma análise contratual.

O Banco Central utiliza as operações de mercado aberto para manter a taxa Selic próxima da meta, injetando ou retirando liquidez no sistema bancário. Os dados históricos mostram que o diferencial da Selic para a meta tem se mantido sistematicamente negativo, em níveis compatíveis com os objetivos de política monetária.