Quando o câncer não precisa de cirurgia?

Perguntado por: arodrigues . Última atualização: 3 de maio de 2023
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A incidência de cardiopatias, alterações respiratórias, trombofilia, bem como outros quadros, pode impossibilitar o paciente oncológico de ser operado.

O ato cirúrgico pode ter finalidade curativa, sobretudo quando há detecção precoce do tumor e é possível sua retirada total; ou finalidade paliativa, quando o objetivo é de reduzir a quantidade de células tumorais ou de controlar sintomas que comprometam a qualidade da sobrevivência do paciente.

Quando indicada antes do procedimento cirúrgico, é conhecida como quimioterapia neoadjuvante. A quimioterapia neoadjuvante tem sido usada há décadas em tumores mais avançados, com o intuito de facilitar o procedimento cirurgico, pois a quimioterapia tem a capacidade de reduzir o tamanho dos tumores.

De acordo com França, o câncer de pâncreas é um tumor que cresce rapidamente e de forma silenciosa, dificultando sua detecção e as chances de cura. Sem tratamento, ele tende a se espalhar por outras partes do corpo, causando a chamada metástase.

Tumores benignos crescem devagar e de forma limitada; já os tumores malignos, em geral, crescem rápido e tendem a ser invasivos.

Câncer de pâncreas, de vesícula biliar, de esôfago, de fígado, de pulmão e de cérebro são os mais letais — ou seja, poucas pessoas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico do tumor maligno. Quanto mais precoce o câncer for descoberto, mais eficiente será o tratamento e mais chances o paciente tem de sobreviver.

Estágio IV
Esse é o estágio mais grave e com mínimas chances de cura. No estágio IV, o câncer já se espalhou para outros órgãos, afetou os linfonodos e atingiu profundamente os tecidos adjacentes. É conhecido como o grau avançado ou metastático da doença.

As causas mais comuns de morte por câncer são os cânceres de: pulmão (1,76 milhão de mortes) colorretal (862 mil mortes) estômago (783 mil mortes)

“Mas caso exista alguma chance, é preciso fazer a quimioterapia, mesmo com os impactos na qualidade de vida. Se não for feita, o câncer vai crescer e aí sim a pessoa perderá mais qualidade de vida, com dor, fadiga, enfraquecimento”, explica o oncologista Felipe Ades, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Quimioterapia antes da cirurgia para câncer retal reduz o risco de a doença voltar. Pacientes que sofrem de câncer do reto (a parte final do intestino grosso que fica logo acima do ânus) geralmente fazem radioterapia para diminuir o tamanho do tumor, antes de serem operados.

Todo paciente que procurar o SUS e for diagnosticado com qualquer tipo de câncer tem o direito a começar a ser tratado em no máximo 60 dias. Será considerado como início efetivo do tratamento a realização de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. O paciente também terá acesso a medicamentos para a dor.

A quimioterapia é indicada para tumores a partir de 1 cm. Antes da cirurgia, ela serve para reduzir o tamanho do tumor. Depois da cirurgia, pode ajudar a matar as células cancerígenas que sobraram. Além da queda de cabelo, outros efeitos colaterais conhecidos ~são baixa imunidade, fraqueza, dores, náuseas e vômito.

Quando a quimioterapia não é indicada? Há pacientes que, logo de início, têm um estado geral de saúde ruim. Para eles, a quimioterapia, por ser um tratamento que atinge todo o corpo e mesmo células não cancerígenas, pode não ser a melhor indicação. “Tudo isso precisa ser discutido, e pesados os riscos e benefícios.

A quimioterapia utiliza medicamentos que matam as células tumorais com sua toxicidade. Em princípio, o tratamento mata todas as células que se dividem rápido e, como os tumores podem se dividir rapidamente, os quimioterápicos acabam matando as células tumorais.