Quando surge o brincar simbólico?

Perguntado por: dpacheco3 . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Segundo Piaget, a partir dos 2 anos de idade, a criança ultrapassa a barreira da simples perceção, em que necessita do contacto direto com o real, para aceder a um nível de representação pela interiorização da imitação, favorecida pela função simbólica. Tem acesso a representar o mundo na sua cabeça.

Para Piaget, a função simbólica é assim a capacidade de evocar objetos ou situações através de várias ações.

Ações como recriar a história de um livro ou montar um roteiro próprio, brincar de casinha ou de detetive, sempre colocando os alunos como personagens ativos dessa atividade, representam o que chamamos de jogos simbólicos.

O jogo simbólico aparece na sexta fase da inteligência sensório-motora, alcança seu apogeu no período pré-operatório e declina no período das operações concretas. No jogo simbólico a criança transforma um objeto num outro ou atribui à sua boneca ações semelhantes às suas.

Jogo simbólico, também chamado de faz-de-conta, caracteriza-se por recriar a realidade usando sistemas simbólicos, ele estimula a imaginação e fantasia da criança, favorecendo a interpretação e ressignificação do mundo real.

O brincar simbólico se relaciona com estrutura de pensamento

  1. invista em dar função ao brincar. Que tal brincar de dar comidinha para o dinossauro, escovar seu dente, pentear o cabelo ou cuidar de um dodói.
  2. Use o corpo. ...
  3. Crie personagens. ...
  4. Organize cenários para a brincadeira. ...
  5. Represente músicas.

Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial na vida da criança, pois prevalece a assimilação. No jogo, a criança se apropria daquilo que percebe da realidade. O jogo não é determinante nas modificações das estruturas, mas pode transformar a realidade.

As atividades simbólicas favoreceram a ampliação da língua de sinais e acessos iniciais à escrita, abrindo espaço para a consolidação de signos e para o desenvolvimento de linguagem.

Piaget (1978) aponta três sucessivos sistemas de jogo: de exercício, simbólico e o de regras.

O pensamento simbólico é um processo de representação mental na qual o indivíduo analisa um determinado modelo concreto e a partir dele formula estratégias para a solução de um problema.

O desenvolvimento da linguagem surge de funções simbólicas (representar algo por meio de signos ou símbolos que servem apenas para essa representação), o que, por sua vez, facilita o desenvolvimento do pensamento simbólico (a capacidade de reproduzir o ambiente mentalmente de acordo com a própria experiência).

Os jogos simbólicos permitem a assimilação do mundo exterior ao “eu” da criança. Isto ocorre da seguinte forma: ao se tratar, por exemplo, da observação de uma briga entre seus pais, quando for jogar, a criança pode resolver esta briga através das suas representações.

O brinquedo simbólico é, portanto, elaborado a partir de uma "lógica" distinta da empregada no pensamento racional. Isto porque o brinquedo simbólico é construído em parte através de uma forma não lingüística de pensamento: o pensamento simbólico ou o pensamento-fantasia.

Jogo simbólico, também chamado de faz-de-conta, caracteriza-se por recriar a realidade usando sistemas simbólicos, ele estimula a imaginação e a fantasia da criança, favorecendo a interpretação e ressignificação do mundo real.

A função simbólica é a capacidade de representar algo, ou seja, tem relação com a crianção de imagens mentais sobre algo. A brincadeira simbólica vai além de uma atividade lúdica, ela pode revelar muito dos interesses individuais da criança, suas necessidades e o nível de desenvolvimento cognitivo já alcançado.

Brincar é aprender; na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se, assim, uma proposta educacional para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino-aprendizagem. Conforme Vygotsky (1998, p.

Nos relatos sobre a brincadeira infantil Vygotsky (1991) afirma que esta é uma situação imaginária criada pela criança e onde ela pode, no mundo da fantasia, satisfazer desejos até então impossíveis para a sua realidade. Portanto, o brincar “é imaginação em ação” (FRIEDMANN, 1996).

Segundo Vygotsky (1984), o brincar corresponde à atividade que, entre zero e seis anos, melhor permite o desenvolvimento da inteligência e da personalidade da criança, isto é, as funções psíquicas superiores, como a atenção ativa, a memória ativa, a linguagem, o pensamento e as idéias e sentimentos morais.

Esquema simbólico é definido como a repro- dução de um esquema sensório-motor fora do seu contexto e na ausência do seu objetivo habi- tual para representar uma determinada ação ou objeto.