Quanto o governo Bolsonaro vendeu a Petrobras?

Perguntado por: abaptista8 . Última atualização: 1 de maio de 2023
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A venda do patrimônio da Petrobrás alcançou a marca de R$ 281 bilhões nos últimos oito anos, com a negociação de 70 ativos. Desse número, 54 ativos foram vendidos nos quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, somando R$ 175 bilhões, o equivalente a 62,28% do valor total.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deixou de receber R$ 20,4 bilhões em dividendos da Petrobras desde que vendeu suas ações da petroleira no início de 2020, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Como resultado, em linha com os interesses do mercado privado, a gestão da Petrobras colocou à venda oito das suas 13 refinarias. Três foram privatizadas – a refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia; a Refinaria do Amazonas (Reman) e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.

O período de queda coincide com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições, em 30 de outubro de 2022. No dia seguinte ao pleito, 31 de outubro, só a Petrobras perdeu R$ 34 bilhões.

No primeiro balanço da Petrobras (PETR4) sob o governo Lula, lucro líquido chega a R$ 38,156 bilhões — acima do esperado pelo mercado - Seu Dinheiro.

A Petrobras concluiu a venda de 49% da subsidiária Gaspetro à japonesa Mitsui, tendo recebido R$ 1,93 bilhão em pagamento pelo negócio na segunda-feira (28), segundo comunicado.

Na lista estão as empresas: Correios, Eletrobras, Telebras, Casa da Moeda, EBC, Lotex, Codesp, Emgea, ABGF, Serpro, Dataprev, CBTU, Trensurb, Ceagesp, Ceasaminas, Codesa, Ceitec.

O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) executou as maiores privatizações da história do Brasil. Durante este período, cerca de 78,6 bilhões de reais foram aos cofres públicos provenientes de privatizações. A venda de empresas estatais foi uma resposta do governo para impedir o agravamento da dívida pública.

São Paulo – A privatização da Petrobras está em curso. Desde 2015, a estatal já vendeu R$ 243,7 bilhões em ativos, por meio de 68 transações. A maioria das vendas foi realizada durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em 2000, o Governo Federal reduziu a sua participação na Petrobras para 55% do capital votante da empresa; A alienação das ações em 2000 rendeu aos cofres públicos da União um montante de R$ 7,269 bilhões (MUGNATTO, 2000);

As refinarias à venda neste momento são a Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.

Em acordo firmado em 2019 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a petroleira se comprometeu a vender a refinaria. A construção das refinarias Premium 1 e 2, no Maranhão e no Ceará, foi cancelada pela Petrobras, que em 2015 reconheceu que os projetos tinham gerado perdas de R$ 2,7 bilhões.

O governo Bolsonaro privatizou a Rlam em março do ano passado para o grupo Mubadala Capital, fundos dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,65 bilhão. De acordo com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a refinaria foi vendida por um preço 55% abaixo do valor de mercado.

A entrega foi feita numa agência de penhor da Caixa Econômica Federal de Brasília. O estojo com as joias (caneta, relógio, anel, abotoaduras e um rosário) foi oferecido a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita em 2021.

O maior rombo ali apontado não foi apurado pela Lava-Jato, mas o causado pelas fraudes nos fundos de pensão investigadas na Operação Greenfield, que alcançam R$ 53,8 bilhões.

Bolsa caiu 9% e perdeu R$ 546 bilhões em valor de mercado desde eleição de Lula. As empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira, perderam R$ 546,2 bilhões em valor de mercado desde o fim das eleições, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi confirmado como o novo presidente eleito, em 30 de outubro.