Que humanidade somos hoje?

Perguntado por: alima . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Que humanidade somos hoje? Somos uma humanidade complexa e diversa. Ela tem aquelas qualidades que nós gostaríamos às vezes que fossem presentes ao nosso redor: a complexidade e a pluralidade. Mas essa humanidade, exatamente por ter uma condição plural, não constitui uma comunidade.

Krenak, com suas palavras, critica as ideias de civilização e Humanidade da perspectiva etnocêntrica, que foram a base para legitimar a conquista e a colonização dos povos indígenas da América Portuguesa, enxergando-os como tábula rasa, desprovidos de “Lei, Rei e Fé”.

O termo humanidade se refere a um todo da espécie humana, o conjunto formado por ''nós'' seres humanos, mas não é só isso, humanidade também se refere a atos humanos de compaixão e solidariedade, atos em que nós somos capazes de ajudar o próximo.

Qualidade do que é humano; natureza ou condição humana: A consciência deu início à humanidade. 2. Sensibilidade para com o humano, piedade na relação com os semelhantes; BENEVOLÊNCIA; BONDADE [ Antôn.: maldade, malevolência. ]

Em dezembro de 2021, a Universidade de Brasília concedeu a Ailton Krenak o título de Professor Doutor Honoris Causa. Tem vários livros publicados. Sua obra está traduzida para mais de treze países. Atualmente vive na Reserva Indígena Krenak, no município de Resplendor, no estado de Minas Gerais.

“Nos descolamos do corpo da Terra”, diz Krenak. Fizemos um divórcio, acreditando que poderíamos viver por nós mesmos. Com uma condição: extrair, dominar, explorar tudo o que vem de Gaia. Nos divorciamos desse organismo que nos abriga, mas estamos a todo instante a usurpá-lo.

Segundo o autor Ailton Krenak a única forma de adiar o fim do mundo é contando uma nova história e reafirmando a nossa singularidade, ancestralidade e nossas raízes. Assim, verifica-se que o caminho é reafirmar e reivindicar a nossa subjetividade reconhecendo que somos diferentes e festejando as diferenças.

A desestruturação da vida socioeconômica e cultural desse povo, degradação ambiental e abandono pelas agências de assistência estatal levaram a uma situação de constante conflito com a Vale e seus parceiros nos empreendimentos que impactam a vida do povo Krenak.

Essa reciprocidade das pessoas do povo Borum, que são os Krenak, com o rio que é Watu, com o território onde nós vivemos, com a montanha, ela não é uma analogia sobre seres vivos e humanos. É uma cosmogonia, é o jeito que esse povo pensa que é o mundo. Não é só o rio Doce, é assim que nós pensamos que é o mundo.

Entretanto, em 1916 foi inaugurada a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), operada atualmente pela Vale S. A. A construção dessa ferrovia impactou o território da etnia, pois a região passou a ser povoada através da ocupação desordenada, principalmente, com a chegada de fazendeiros, trabalhadores e indústrias.

3 FALTAM 118 DIAS PARA O FIM DO MUNDO !

Nossa cultura dificulta a concepção de uma vida que não tenha o trabalho como razão primordial da existência. Acreditando na realização pessoal por meio da produção e do consumo, esgotamos a possibilidade de preservação da espécie humana no planeta.

Publicou livros como “Ideias para adiar o fim do mundo” (2019), “A Vida Não é Útil” (2020) e “O amanhã não está à venda” (2020), e é autor de uma das cartas do livro “Cartas para o Bem Viver” (2021). Mais recentemente, Ailton Krenak retornou à sua aldeia no Vale do Rio Doce, junto ao seu povo.

Por humanidade, entende- se aqui a “natureza racional”5. Assim, o conceito de humanidade está relacionado não a uma natureza humana, no sentido comum, mas a uma natureza racional, uma vez que o que garante o valor de fim em si mesmo a esta não é o fato de ser humana, mas de ser racional.

O homem é livre? Deus existe? O que é um comportamento ético?

A hipótese científica mais aceita atualmente para a origem da humanidade é de que a espécie humana moderna (chamada de Homo sapiens) surgiu na África, há cerca de 200 mil anos, depois de um processo evolutivo de milhões de anos.

Antes, definiremos um conceito: Quando falarmos Humanidade, estamos nos referindo ao gênero Homo (do Latim, "pessoa"); ao passo que quando falarmos de Sapiens, referiremos especificamente ao Homo sapiens, o único membro vivo do gênero Homo.

Ela consiste, basicamente, em colocar-se no lugar do outro, entender as angústias do outro e tentar pensar no sofrimento do outro. Alteridade também é reconhecer que existem culturas diferentes e que elas merecem respeito em sua integridade.

As evidências mais contundentes de que o Homo sapiens surgiu na África são fragmentos de ossos encontrados em Herto e em Omo Kibish, na Etiópia. O primeiro é um crânio com idade estimada em 160 mil anos e o segundo, um crânio de 195 mil anos.