Que interesse tinham os mecenas em financiar o trabalho de um artista?

Perguntado por: amoraes . Última atualização: 30 de maio de 2023
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Além de incentivar a produção cultural, o mecenato tem também um objetivo de dar projeção política aos que destinam recursos financeiros para as produções culturais.

O ato de financiar os artistas chama-se mecenato. Eles faziam isso para ganhar status. Conseguiam uma grande influencia por parte da nobreza que tinha uma boa visão sobre da arte, teorias e invenções.

- Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam.

Mercado de obras de arte. 2. Arte – Mecenato.

Os Mecenas eram os reis, príncipes, condes, duques, bispos, nobres e burgueses poderosos, dotados de poderes econômicos, os quais financiavam e incentivavam as artes no período da Renascença.

Os mecenas, através das suas doações e contributos, de que obtêm os benefícios fiscais consagrados na lei, tornam-se parceiros estratégicos na promoção da investigação científica, qualidade de ensino, eventos culturais e prémios – bons projetos e boas práticas, de que a Instituição beneficia, beneficiando também toda a ...

Os mecenas, ricos (reis, príncipes, condes, duques, bispos, nobres e burgueses) que financiavam as artes, foram essenciais para o desenvolvimento da arte renascentista desse período. Saiba mais sobre o Mecenato.

No Renascimento, movimento de inspiração humanista, a burguesia passou a patrocinar os trabalhos dos artistas e intelectuais com o objetivo de difundir os ideais renascentistas através das artes, literatura e educação e assim, se favorecer do choque entre o Renascimento e a Igreja Católica, que condenava a usura, lucro ...

O objetivo do artista é o objeto, que pode ser uma obra que poderá perdurar pelos milênios, como uma escultura, algo que precisa de um meio ou suporte, como um poema ou uma sinfonia, ou que dure uma performance, como um happening.

Os vanguardistas romperam com o jeito de se fazer arte na Europa, lutavam por liberdade de expressão e fizeram isso por meio da transformação da forma como a arte podia ser feita e como suas obras eram entendidas.

Pelo estudo de documentos de processo de criação se torna possível descobrir a intimidade imaginativa do artista ao se identificar exercícios ou esforços de sua mente para produzir um “objeto” de arte.

A fim de se afirmarem socialmente, estes comerciantes patrocinavam artistas e escritores, que inauguraram uma nova forma de fazer arte. A Igreja e nobreza também foram mecenas de artistas como Michelangelo, Domenico Ghirlandaio, Pietro della Francesa, entre muitos outros.

A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio, onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveu a ascensão de uma notória classe artística italiana.

Assim, os burgueses se interessaram pela temática do movimento, de modo que muitos deles financiaram artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. O universalismo pode ser percebido no campo da educação renascentista legitimada pelos avanços em várias áreas do conhecimento.

Se durante a era medieval vigorou um mecenato papal, onde era basicamente a igreja que financiava os artistas, no renascimento o mecenato passou a ser praticado pelos burgueses, que faziam encomendas para as suas propriedades ou para instituições religiosas que apadrinhavam.