Que línguas nativas no Brasil foram extintas?

Perguntado por: ifarias . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Há povos que já perderam a língua materna, passando a ser falantes apenas do português, como os Guato, Umutina, Chiquitano e os povos indígenas do Nordeste - Potiguara, Kiriri, Pankararu. Outros apenas tem um número irrosório de falantes como os Yawalapiti (3 falantes), Ofaye (cerca de 5 individuos).

Além do latim, dentre as línguas mortas mais estudadas estão o sânscrito, o anglo-saxão, o grego arcaico e o antigo egípcio.

O guajajara é usado como primeira língua em muitas aldeias, mas nem todos os índios Guajajara falam o idioma. A língua guajajara pertence à família tupi-guarani e é subdividida em quatro dialetos. Das 190 línguas citadas pela Unesco, 12 já são consideradas extintas, ou seja, não têm mais nenhum falante vivo.

Língua Portuguesa

O Brasil é o único país da América que tem a Língua Portuguesa – herança dos nossos colonizadores lusitanos – como idioma oficial. Isso significa que, por aqui, o Português é usado para estabelecer todas as relações entre os cidadãos e o Estado. Mas, a língua vai muito além disso: ela é também a identidade de um povo!

O ponto de partida da língua-geral foi o tupi, língua falada pelos tupinambás, povos indígenas que habitavam o litoral do Brasil. O desenvolvimento dessa língua possibilitou um maior entendimento da organização social dos índios e, por conseguinte, facilitou a ação de conversão operada pelos jesuítas.

Atualmente, os índios brasileiros falam entre 150 e 200 línguas e devem ser extintas, até 2030, de 45 a 60 idiomas. “Um número expressivo de povos, inclusive na Amazônia, tem cinco ou seis falantes apenas.

Segundo dados do último Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, o Brasil registrou à época a existência de 274 línguas indígenas no país, onde vivem 817.963 mil indígenas de 305 diferentes etnias.

Nos anos 70, o antropólogo Darcy Ribeiro estimou que mais de 80 etnias desapareceram apenas na primeira metade do século 20, resultado do avanço da fronteira agrícola para o interior de São Paulo, Paraná e a região Centro-Oeste, a corrida da borracha na Amazônia e a migração da população para o interior.

Crise do aramaico
A expansão islâmica (séculos VII e VIII) substituiu por quase toda parte o aramaico pelo árabe. Atualmente, o aramaico é falado apenas em poucos e pequenos vilarejos na Síria, Iraque e Líbano.

Devido ao empoderamento de cada dialeto como uma língua comum, o latim gradualmente se desvaneceu e deu origem às línguas românicas que conhecemos hoje: Português: quando a Península Ibérica foi invadida pelo Império Romano. Ela seria a mistura do latim vulgar e do galego (dialeto do antigo Portugal).

Português

Nossa língua oficial, e única, é o Português. Outro fato interessante é que apesar das pessoas surdas conversarem em Libras, elas escrevem conforme a gramática do Português. Apesar de não ser a segunda língua oficial do país, Libras foi, sim, reconhecida como uma língua independente com estrutura própria.

Língua morta (ou extinta) é aquela que só artificialmente é usada, mas que deixou de o ser nos países originários. É o caso do latim, por ex., ou do grego clássico e do sânscrito.

No século XVI, no território que viria a ser o Brasil, estima-se que havia por volta de 1500 povos, que falavam cerca de 1200 línguas diferentes. Segundo o Censo IBGE de 2010, atualmente há cerca de 305 povos indígenas, que somam 896.917 pessoas.

Árabe

1. Árabe. Para aprender árabe, você precisa estudar um novo alfabeto e se acostumar a ler da direita para a esquerda. Muitos dos sons dessa língua são difíceis para dominar completamente, e a gramática está repleta de verbos irregulares.

De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).

O segundo lugar fica com Espanhol, seguido por Francês, Italiano e Português. Para este último, a possível justificativa apontada é a de que há mais imigrantes morando por aqui e mais turistas visitando o país, algo que não aconteceu em 2020.

O objetivo de Pombal era enfraquecer a Igreja Católica e os jesuítas, que utilizavam a língua indígena para se aproximar e catequizar os nativos brasileiros. Com a proibição, o tupi desapareceu como idioma funcional (sobrevivendo apenas como a variação nheengatu na Amazônia).