Quem aprovou o PPI da Petrobras?

Perguntado por: aalmada . Última atualização: 22 de maio de 2023
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Criticada pelo atual governo nos anos em que esteve fora do poder, a política de paridade de importação (PPI) da Petrobras chegou ao fim. Nesta terça-feira (16), a diretoria da estatal aprovou a nova estratégia comercial para definição de preços de gasolina e diesel, tomando lugar que vigorava desde 2016.

2016

O Preço de Paridade de Importação (PPI) foi implementado pela estatal em 2016, durante a gestão de Michel Temer frente à Presidência da República. Com isso, o valor que os trabalhadores brasileiros pagam nos combustíveis passou a ser referenciado pelo dólar e pelo mercado internacional.

Em resumo, o PPI visava maximizar a rentabilidade da empresa na venda de combustíveis no país e possibilitar um mercado mais competitivo. A paridade internacional era um compromisso da estatal com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Mais autonomia do Governo Federal
Na prática, o Governo Federal e a Petrobras passam a ter mais autonomia para definir preços menores e mais acessíveis ao público interno.

Se a companhia deixa de praticar o PPI nos seus preços de venda de combustíveis, dentro de uma lógica econômica, em tese passa a ser mais vantajoso para a empresa deixar de destinar o óleo bruto para suas refinarias e vender o seu petróleo bruto para o exterior. Isso cria sinais econômicos distorcidos para o mercado.

O objetivo do governo com a medida era deixar os preços da gasolina e diesel mais baratos.

Entre elas, o fim do PPI, com a adoção de mecanismo de reajuste de preços que leve em conta os custos em reais da produção de petróleo – o que o presidente Lula chama de 'abrasileirar' os preços dos combustíveis -, suspensão das privatizações de ativos da Petrobrás, e investimentos no parque de refino, a fim de ampliar ...

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) o fim do PPI (Preço de Paridade de Importação), política adotada em 2016 que mantinha os preços dos combustíveis atrelados ao mercado internacional. Desde sua criação, a gasolina e o diesel dispararam, subindo mais que a inflação, enquanto a estatal registrou lucro recorde.

Boa parte do preço da gasolina é formada por impostos. Somados, o ICMS, o PIS/Pasep e Cofins somam 33,6% do valor final, sendo 24,1% para o primeiro e 9,5% para os demais. O que fica para a Petrobras (a realização ) são 38,8% do preço final.

Desde 2016, a Petrobras passou a seguir a política de preço de paridade internacional (Preço de Paridade por Importação, ou PPI), que consiste em ajustar o preço dos combustíveis vendidos em suas refinarias de acordo com as mudanças de preços de importação do petróleo.

Por meio do preço de paridade de importação (PPI), política adotada pela Petrobras, os preços internacionais do barril de petróleo e o valor do dólar balizarão os reajustes de combustíveis na refinaria. Estima-se que quase 60% de todo o petróleo do mundo é cotado em termos de petróleo Brent.

Como era a política de preços antes do PPI? Até o início dos anos 2000, havia monopólio da Petrobras na exploração e venda de petróleo no Brasil. Isso mudou com a Lei 9.478 (Lei do Petróleo), aprovada durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

As decisões sobre os preços continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, pelo diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados e pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

O que pode ser considerada como a principal mudança é a flexibilidade para a companhia reajustar os preços, para cima ou para baixo. Os critérios para reajustes passam a considerar preços regionais. Na prática, a nova política é o PPI com novo nome, mais custos internos.

O fim da política de paridade de importação (PPI) pela Petrobras com o objetivo de reduzir os preços da gasolina e do diesel ao consumidor final pode não só afetar os resultados financeiros da estatal como não chegar por completo nos postos de combustíveis, dizem especialistas do setor.

O mercado financeiro reagiu bem ao comunicado de ontem da Petrobras. A companhia anunciou que vai adotar uma nova política de preços, que terá como base o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a estatal.

A Petrobras anunciou nesta terça que não vai mais reajustar os preços do petróleo tendo como base apenas as variações do mercado internacional. Com isso, o governo poderá agir para segurar o preço da gasolina e do diesel na bomba – uma decisão que afeta o caixa da Petrobras e do próprio governo.

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