Quem criticou a semana de 22?

Perguntado por: omorais . Última atualização: 31 de maio de 2023
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Em sua crítica publicada no jornal Folha de S. Paulo em 1917, Monteiro Lobato afirmou ser uma arte parecida com os "desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios".

Como menciona Cardoso (2022), o próprio Mário de Andrade, que foi uma importante figura da Semana, criticou esse movimento em 1942 na conferência “O movimento modernista” , dizendo que os artistas da Semana não captaram de fato o que acontecia no Brasil e fez pouco para mudá-lo na sua estrutura.

Leia o texto de Monteiro Lobato contra Anita Malfatti em 1917.

Dentre os principais participantes, estiveram presentes: Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura; Victor Brecheret, na escultura; Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado e Graça Aranha, na literatura; e Villa-Lobos, na música.

A Semana de Arte Moderna não foi bem aceita pela crítica, pois a população não estava pronta para novas formas de representação, especialmente, a elite e a classe política conservadora. Além disso, no período existia grande apoio ao parnasianismo, que era uma escola literária que defendia as ideias clássicas.

Monteiro Lobato era avesso a inovações artísticas, radicava-se nas lições acadêmicas e tradicionalistas. Possuia o gênio da caçoada, e muitos dos seus contos não passavam de vingança pessoal. Mas o fato é que o seu artigo produziu resultados desastrosos à artista atacada.

Os autores desse movimento questionavam o fazer artístico e a criação de uma arte realmente brasileira, indo contra a colocação de regras, como faziam os parnasianos, que focaram mais na forma de construção dos textos, e não no conteúdo crítico ou nas relações com a sociedade.

Esses artistas defendiam as ideias da Semana de Arte Moderna. Além disso, essa reunião de intelectuais e artistas modernos visava, sobretudo, a mudança do panorama artístico-cultural do país.

Em 1917, em crítica a uma exposição de Anita Malfatti, ele chegou a publicar que as obras modernistas eram frutos de “cérebros transtornados por psicoses”. Grandes editores de jornais, que ditavam a opinião na época, também escreviam artigos ridicularizando as formas das obras.

A semana causou um grande impacto entre os artistas mais conservadores da época pois trazia uma dura crítica às regras importadas e à falta de liberdade de expressão dos artistas brasileiros. Através da arte moderna muitos puderam trazer o Brasil para suas artes e o nativismo que faltava em muitas obras anteriores.

O autor foi um dos participantes da Semana de Arte Moderna de 1922. Ele fez parte da primeira geração do Modernismo brasileiro. A ironia e a metalinguagem são as principais características de seus textos. O rei da vela é uma de suas peças teatrais mais conhecidas.

A crítica de Monteiro Lobato revela uma visão conservadora com relação às artes visuais. O que pode soar estranho, já que, como escritor, desenvolveu importantes contribuições para literatura considerada modernista.

Anita Malfatti x Monteiro Lobato
Um dos principais nomes do evento, Anita Malfatti, foi duramente criticada por Monteiro Lobato. Em 1917, ele publicou um artigo no jornal O Estado de S. Paulo criticando a exposição de Anita, que tinha acabado de voltar da Europa e estava repleta de obras modernistas.

O grave problema apontado por Monteiro Lobato, ao criar o personagem Jeca Tatu, é: a) a idealização constante do índio e do caboclo.

"Insatisfeitos, romperam com os padrões da época e saíram em busca de novas formas de expressão". A leitura de Os sapos foi o ponto alto da segunda das três noites da Semana de Arte Moderna, realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922. Revoltado, o público reagiu com vaias, gritos e assobios.