Quem denunciou o Holocausto Brasileiro?

Perguntado por: egois3 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O Iluminuras entrevista a jornalista Daniela Arbex, autora do best-seller "Holocausto Brasileiro", em que denunciou o genocídio de 60 mil pessoas no maior hospital psiquiátrico do Brasil.

Tudo começou a ser descoberto em 1961, quando uma reportagem da não mais ativa Revista Cruzeiro denunciou o hospício, até então ninguém sabia das atrocidades que aconteciam, porém foi feito para mudar a situação.

Segundo o livro Holocausto Brasileiro, lançado em 2013 pela jornalista Daniela Arbex, o descaso que acompanhava a política de internação compulsória para pacientes com transtornos mentais em manicômios resultou na morte de cerca de 60 mil pessoas, expostas ao frio, à fome e à tortura.

O psiquiatra italiano Franco Basaglia, que teve a chance de visitá-lo em 1979, chegou a comparar o local a um campo de concentração nazista e exigiu seu fechamento imediato. O fechamento do Colônia só ocorreria anos mais tarde, durante a década de 1980.

Em geral, além de doentes mentais, o Manicômio de Barbacena tinha como alvo indivíduos que desviavam dos padrões desejados pela sociedade elitista brasileira, como prisioneiros políticos, homossexuais, indigentes, prostitutas, pobres e minorias étnicas, sendo que praticamente 70% dos pacientes não apresentavam ...

A maior autoridade nazista, o maior culpado pelo Holocausto, Adolf Hitler, não estava presente nos julgamentos de Guerra, pois havia covardemente se suicidado, assim como vários de seus companheiros. Muitos outros criminosos nunca foram julgados.

Você já ouviu falar sobre o holocausto brasileiro? Ele aconteceu aqui em Minas Gerais, precisamente na cidade de Barbacena, entre os anos de 1930 e 1980.

Cerca de 60.000 internos morreram de fome, frio ou diarreia durante nove décadas até o fechamento nos anos noventa. Viviam mal, nus, forçados a trabalhar como suposta terapia em pátios na intempérie ou em celas.

O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.

Conhecido como Colônia, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, localizado em Minas Gerais, funcionou de 1903 a 1996. Por conta do descaso do Estado, dos médicos e da sociedade, deixou o saldo de mais de 60 mil mortos e inúmeras vidas marcadas para sempre.

Colônia de Barbacena

No Brasil, um dos mais emblemáticos é o caso do Hospital Colônia de Barbacena (MG), que ficou conhecido como o “holocausto brasileiro”.

Hoje, o local abriga o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e conta com 171 pacientes em regime de internação de longa permanência. Mesmo com o fim do manicômio, eles continuaram internados porque não tinham vínculo familiar nem para onde ir.

Pelo menos em Barbacena. Na cidade do Holocausto brasileiro, mais de 60 mil pessoas perderam a vida no Hospital Colônia, sendo 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina até o início dos anos 1980, um comércio que incluía ainda a negociação de peças anatômicas, como fígado e coração, além de esqueletos.

Sessenta mil pessoas foram jogadas em Barbacena e 75% das pessoas não tinham nenhum tipo de transtorno mental'. O hospital Colônia de Barbacena foi fechado no fim dos anos 80.

Na tragédia brasileira de Barbacena, os pacientes internados à força foram submetidos ao frio, à fome e a doenças. Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas.

Descrição: Em 1903 é criado o primeiro hospital psiquiátrico de Minas como Assistência aos Alienados do Estado de Minas Gerais, onde antes funcionava um Sanatório particular para tratamento de tuberculose, o qual havia falido e estava desativado Instalado então, nas dependências do antigo Sanatório de Barbacena, o “ ...

No início eram mantidos em delegacias ou nas ruas para garantir o bem-estar da sociedade. Porém, quando a ferrovia ficou pronta, em 1930, eles passaram a ser realocados em um dos vagões do trem que rumava para o hospital de Barbacena, mais conhecido como "Campo de concentração brasileiro". Era este o "trem de doido".

Entre os anos de 1930 e 1980, foram contabilizadas 60 mil mortes no hospício. As pessoas que eram enviadas para o hospital, a maioria à força, nem precisavam ser diagnosticadas com algum transtorno mental.

Dos 75 mil que lá viviam antes da guerra, cerca de 10 mil sobreviveram, a maior parte escondida ou aderindo à resistência.

Primeiro hospital psiquiátrico público de Minas Gerais, atuava na assistência aos "alienados”, em área anteriormente ocupada por sanatório particular destinado ao tratamento de casos de tuberculose. Em 1911, a instituição se tornou "hospital colônia", tendo o trabalho como principal forma de terapia.

Os líderes nazistas se apoiaram em muitas instituições e organizações alemãs para ajudá-los a levar a cabo o Holocausto. Membros de organizações nazistas iniciaram e realizaram muitas ações antissemitas antes e durante a Segunda Guerra Mundial.