Quem ganhou o Festival Internacional da Canção?

Perguntado por: ldamasio . Última atualização: 19 de maio de 2023
4.6 / 5 11 votos

A grande final foi no domingo, dia 22. A canção Margarida, do baiano Gutemberg Guarabira, que havia sido apresentada na primeira eliminatória, interpretada pelo próprio autor e pelo grupo Manifesto, venceu o festival.

O Resultado foi o seguinte:

  • 1º Lugar: "Saveiros" (Dori Caymmi e Nelson Motta), com Nana Caymmi.
  • 2º Lugar: "O Cavaleiro" (Tuca e Geraldo Vandré), com Tuca.
  • 3º Lugar: "Dia das rosas" (Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo), com Maysa.

A Música do Dia
Naquele ano, ganhou Kyrie, de Paulinho Soares e Marcelo Silva, cantado pelo Trio Ternura. A Música do Dia é Desacato, de Antonio Carlos e Jocaffi.

A canção Kyrie, de Paulinho Soares e Marcelo Silva, apresentada pelo Trio Ternura, foi a grande vencedora do festival. Em segundo lugar, empataram Desacato, de Antônio Carlos e Jocafi, que cantaram acompanhados pelo grupo Brasil Ritmo, e Dia de Verão, de Eumir Deodato, defendida por O Grupo.

Ponteio

A canção vencedora do festival foi "Ponteio", de Edu Lobo e Capinam, interpretado pelo primeiro e por Marília Medalha.

"Desfolhada", com poema de Ary dos Santos e música de Nuno Nazareth Fernandes venceu incondicionalmente este festival com 94 pontos, deixando o tema "Tenho amor para amar" pelo Duo Ouro Negro a 45 pontos de distância, embora na 2ª posição.

No contexto da história da Música Popular Brasileira, em um período de censura e de repressão gerado pelo regime militar instaurado no Brasil a partir de 1964, o Festival Internacional da Canção (FIC) foi um concurso musical realizado entre os anos de 1966 e 1972, no Ginásio do Maracanãzinho, na cidade do Rio de ...

Resposta verificada por especialistas
4 - Sabiá foi vaiada por conta de que a plateia desejava que o prêmio fosse entregue para a canção de Geraldo Vandré.

abril de 1965

Em abril de 1965 foi realizado o primeiro Festival de Música Popular Brasileira, transmitido pela TV Excelsior, em São Paulo. No ano seguinte, o evento se popularizou e invadiu as casas brasileiras através dos aparelhos de televisão.

Pode-se dizer que o nascimento da MPB passou pelos festivais de música, promovidos por emissoras de TV, como a Record e a Globo, de 1965 a 1972. Em vez de chegar ao público pelo rádio, a música entrava na casa das pessoas pela televisão e só depois pelo disco. Os festivais acabaram se transformando em palco político.

Genericamente conhecida como “nueva canción”, a canção engajada denunciava as mazelas sociais, mobilizava as paixões políticas, elogiava os heróis individuais e coletivos que lutaram (no passado longínquo) e ainda continuavam lutando nos idos dos anos 1960 e 1970 por uma nova realidade na América Latina.

A ideia dos festivais competitivos foi inspirada no Festival di San Remo que era realizado na Itália, unindo-se às características do concurso de músicas carnavalescas do Rio de Janeiro que teve seu auge nos anos 30.

O Segundo Festival Nacional da Música Popular Brasileira estreia na TV Record com um empate na primeira colocação, A Banda de Chico Buarque, interpretada por Nara Leão dividiu o prêmio com Disparada de Geraldo Vandré e Théo de Barros, interpretado por Jair Rodrigues, Trio Maraiá e Trio Novo.

O que se cantava
Ao falar-se em música brasileira da década de 60 deve-se pensar em quatro gêneros: Jovem Guarda, Bossa Nova, Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram divididos em dois grupos: os “alienados” - Jovem Guarda e Bossa Nova e os “engajados” - MPB e Tropicália.

Ligado a ideias de esquerda e considerado um dos inauguradores da música de protesto no Brasil, Sérgio Ricardo vinha sofrendo com a censura da ditadura militar num período em que o regime estava intensificando a perseguição aos artistas.

A final foi no dia 03 de dezembro, na qual competiram 21 canções, saindo vencedora “Canção do Pescador”, composição de Newton Mendonça (que fez parceria com Tom Jobim em “Desafinado” e “Samba de Uma Nota Só”) com interpretação de Roberto do Amaral.

Sérgio Ricardo

Cantor Sérgio Ricardo ergue o violão antes de atirar contra a plateia no Festival da Record de 1967. O cantor Sérgio Ricardo, que morreu nesta quinta-feira (23) aos 88 anos, no Rio, ficou famoso por quebrar o violão e atirar contra a platéia que o vaiava durante o Festival da Record de 1967.

Tetê Espindola

Vídeo Show | Tetê Espindola foi campeã do Festival dos Festivais de 1985 | Globoplay.

Vê-se que os Festivais da Canção realizados ao longo das décadas de 1960 e 1970 foram sem dúvida, um marco na história da música popular brasileira. Nessa época, novos talentos foram revelados, movimentos musicais se revigoraram e provocaram um redimensionamento da música popular brasileira.

Os festivais de MPB aparecem como uma complementação do que era arte e do que aquelas músicas queriam falar. Assim, milhares de jovens se reuniam em um só lugar para cantar, gritar e, de uma forma ou outra, protestar contra tudo que os contrariavam dentro da ditadura militar.