Quem tem ansiedade se incomoda com barulho?

Perguntado por: uperes . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Síndromes Ansiosas. A pessoa que sofre do transtorno de ansiedade generalizada (TAG) pode desenvolver uma hiperacusia, na qual todo e qualquer barulho irrita essa pessoa.

Misofonia, a síndrome da audição supersensível que leva pessoas ao desespero ao ouvirem simples ruídos cotidianos. Margot Noel tem uma síndrome chamada misofonia, que literalmente significa "ódio ao som".

A ansiedade afeta as pessoas de maneiras distintas, podendo causar inquietação e dificuldade para dormir. Em alguns indivíduos, provoca também um barulhinho irritante nos ouvidos, uma espécie de zumbido constante. A gravidade varia, podendo ser algo que nos desconcentra ou perturba, afetando a qualidade de vida.

Ao ouvir alguns tipos de barulho, o corpo libera uma descarga de neurotransmissores que resultam em alguns sintomas, entre eles as reações emocionais, como raiva, ansiedade e irritação, ou até reações físicas, como taquicardia e agressividade.

Quanto mais alto forem os ruídos no ambiente, mais o nosso cérebro ficará em alerta, como se estivéssemos expostos a um perigo. Isso leva a um aumento na secreção do cortisol, o hormônio do estresse, que funciona como uma estratégia de defesa do nosso organismo.

Pessoas que sofrem de Fonofobia têm medo de barulho, e esse fenômeno é reconhecido como um distúrbio de ansiedade que está relacionado ao som alto e não um transtorno auditivo.

A Hiperacusia é uma tolerância colapsada aos sons que acomete pessoas com audição normal, ou seja, não necessariamente com perda auditiva, mas sim uma sensibilidade anormal a sons de baixa ou moderada intensidade — de 5 a 17 decibéis.

A associação entre distúrbio de processamento auditivo (DPA) e TDAH é relativamente comum. Muitos pacientes com uma destas condições também apresenta a outra.

De vez em quando é normal sentir irritação. Este estado de humor é uma resposta natural do organismo a uma situação que gera desconforto ou indignação. Ele serve para nos ajudar a mudar a realidade e recuperar o bem-estar emocional.

O diagnóstico e avaliação da hiperacusia, zumbido e misofonia dependem de uma avaliação médica e audiológica. Alguns destes testes são realizados na FONOTOM, entre eles audiometria de alta frequência, pesquisa de limiar de desconforto, inibição residual, emissões otoacústicas e acufenometria.

Quem sofre de distúrbio de ansiedade cria uma série de suposições que nem sempre são racionais. É como se a mente produzisse fake news sobre o futuro – e acreditasse nelas. O corpo reage ao perigo iminente com sinais bem desconfortáveis.

A expressão “é mais fácil falar do que fazer” se encaixa muito bem nesse caso. Quando uma pessoa está em crise ansiosa, essa fala é uma das mais prejudiciais, senão a pior. A vítima da ansiedade gostaria de estar calma, e, por isso, não é de grande ajuda indicar o que ela deveria estar fazendo.

Em um momento de ansiedade aguda, a pessoa que está ajudando deve ouvir mais do que falar. Evite avaliações e julgamentos, frases otimistas de autoajuda, como “tudo vai passar”, ou muito duras, por exemplo “você precisa enfrentar isso”.

Uma respiração mais profunda e demorada ajuda a relaxar o corpo e diminuir os batimentos cardíacos, fazendo com que o cérebro entenda que é o momento de desacelerar, ajudando a adormecer mais rápido. Faça com que o quarto seja um local livre de ruídos.

O tratamento da misofonia pode ser feito por meio do acompanhamento de um especialista. Ele pode indicar sessões de terapia como forma de aliviar a irritação provocada pelos barulhos. Além disso, uso de protetores auriculares pode resolver.

Pessoas que se irritam facilmente têm o que os psicólogos chamam de baixa tolerância à frustração, o que significa que elas sentem que não merecem se frustrar ou se aborrecer. Esses indivíduos ficam enfurecidos se a situação parece de alguma forma injusta: por exemplo, quando são corrigidas por um pequeno erro.

Alguém que sofre de hiperacusia grave tem dificuldade de tolerar até mesmo sons do cotidiano, que muitas vezes são recebidos de maneira dolorosa pelo canal auditivo. Antigamente, essa era uma condição que acometia, em boa parte dos casos, os mais velhos que tiveram uma vida de exposição constante ao barulho.

O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos.