Quem vendia os escravos para o Brasil?

Perguntado por: ralves . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
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O tráfico de escravos para o Brasil não era exclusivo de comerciantes brancos europeus e brasileiros, mas era uma actividade em que os pumbeiros, que eram mestiços, negros livres e também ex-escravos, não só se dedicavam ao tráfico de escravos como controlavam o comércio costeiro – no caso de Angola, também parte do ...

Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.

Os portugueses compravam os escravos em suas feitorias instaladas no litoral da África. Os escravos eram obtidos como prisioneiros de guerra vendidos por determinados reinos ou eram prisioneiros emboscados pelos traficantes.

Francisco Félix de Sousa (Salvador, 4 de outubro de 1754 — Uidá, Benim, 4/8 de maio de 1849) foi o maior traficante de escravos brasileiro e Chachá da atual cidade de Uidá no Benim.

Zé Alfaiate, o maior traficante de escravos do Brasil.

O transporte de escravos da África para o Brasil era feito em condições precárias, amontoados nos porões de navios. Durante o trajeto, muitos homens e mulheres morriam e os corpos eram lançados ao mar. Aqueles que sobreviviam a viagem eram vendidos no Brasil pelos comerciantes portugueses como se fossem mercadorias.

Os escravos africanos foram trazidos ao Brasil nos tumbeiros (navios negreiros). Quando chegavam ao território brasileiro, eram levados para o mercado de escravos, onde eram negociados com os senhores proprietários de engenhos.

INTRODUÇÃO DO ESCRAVO NEGRO NA COLÔNIA
Na Bahia, por exemplo, entre 1572 e 1575, um escravo de origem Tupi custava cerca de 7 mil réis enquanto um escravo africano custava 20 mil réis para o comprador e, mesmo com esta disparidade de valores, o tráfico negreiro ainda era mais lucrativo.

As regiões que mais forneceram escravos pra o tráfico atlântico foram: o Cabo da Guiné, chamado pelos portugueses de Costa dos Escravos, e os Reinos do Congo e de Angola (nesse reino os portugueses conseguiram fundar fortes no interior, chamados de presídios).

Brasil

O Brasil foi o último país das Américas a abolir com a escravidão.

Os navios negreiros que transportavam africanos até o Brasil eram chamados de tumbeiros, porque grande parte dos negros, amontoados nos porões, morria durante a viagem. O banzo (melancolia), causado pela saudade da sua terra e de sua gente, era outra causa que os levava à morte.

A maior parte dos proprietários de escravos, 83,9%, era do sexo masculino. Além de constituírem maioria, os homens proprietários também concentravam a maior parte da massa cativa. Os homens possuíam 2.151 (91,1%) cativos e as mulheres 198 (8,4%).

Calcula-se que, entre 1550 e 1855, entraram nos portos brasileiros cerca de 4 milhões de africanos, em sua maioria jovens do sexo masculino. Os navios negreiros que transportavam africanos até o Brasil eram chamados de tumbeiros, porque grande parte dos negros, amontoados nos porões, morria durante a viagem.

No século XVIII, o comércio do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo era suprido por escravos que vinham da costa leste africana (oceano Índico), particularmente Moçambique. No comércio baiano, a partir de meados do século XVII, e até o fim do tráfico, os escravos eram oriundos da região do Golfo de Benin.

Uma história incrível que revela aspectos do tráfico negreiro pouco mencionados nos livros de História. Francisco Félix de Souza, o Chachá, chegou a ser considerado, no seu tempo, o homem mais rico e influente da África Ocidental.