Tinha abrido a porta ou tinha aberto a porta?

Perguntado por: narruda . Última atualização: 17 de janeiro de 2023
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O professor Pasquale explica que o verbo 'abrir' é irregular, com um só particípio. A forma correta é 'aberto'.

abrigado Que se pôde abrigar; que se encontra em abrigo; que está protegido; que não contém ou ocasiona perigos.

O verbo "fazer", por exemplo, tem um só particípio. Não se diz "Eu tinha fazido a comida", e sim "eu tinha feito a comida".

'Aberto' ou 'abrido'?
O professor Pasquale explica que o verbo 'abrir' é irregular, com um só particípio. A forma correta é 'aberto'.

A grafia correta é aberto. A palavra abrido não existe e não pode ser usada como particípio do verbo “abrir”.
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Aberto

  1. Ele tinha aberto a porta para mim.
  2. O evento foi aberto pelo diretor da empresa.
  3. A essa hora, ele já deve ter aberto o estúdio.

O correto é 'eu tinha falo' ou 'eu tinha falado'?” (Natália Marques) O verbo “falar” não tem particípio irregular, Natália. Deve-se dizer “eu tinha falado”.

A forma correta é escrito. A palavra escrevido não existe e não deve ser usada como particípio do verbo “escrever”.

De acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, não há diferença entre havia ou tinha. Ambos os termos estão corretos e podem ser utilizados, pois possuem o mesmo significado.

TINHA IMPRESSOOUTINHA IMPRIMIDO”? Quando usamos o verbo TER ou HAVER, o verbo IMPRIMIR fica em sua forma mais longa, como em “Eu já havia imprimido”. Nos outros casos, ele fica em sua forma mais curta, como em “Os documentos estão impressos”, “Os livros foram impressos com sucesso” etc.

Pagado é utilizado nos tempos compostos com os verbos auxiliares ter e haver: – Ele já tinha pagado a conta. Pago é usado com os verbos auxiliares ser e estar: – O valor é pago mensalmente.

Na tradição da língua, o particípio passado de pegar é pegado, não ocorrendo jamais a forma pego. Por analogia com verbos que têm duas formas de particípio passado, uma regular e outra irregular (como pagar: pagado e pago), criou-se a forma irregular pego.

As locuções ter que e ter de estão corretas e são sinônimas. Indicam o ato de ter obrigação ou necessidade de fazer alguma coisa. Diversos dicionários atestam que essas duas expressões são equivalentes.

É inaceitável, portanto, o uso da forma “trago” como particípio: "Perguntou à aluna se ela tinha trago o trabalho." Diga sempre TINHA TRAZIDO, HAVIA TRAZIDO, FOI TRAZIDO.

Atualmente, as duas formas são consideradas certas e ambas são usadas para exprimir obrigação ou dever. Porém "ter de" muitas vezes é usado em situações formais, como em termos jurídicos, e "ter que" é próprio da linguagem coloquial. Antigamente, havia usos ainda mais diferentes para esses termos.

O verbo trazer, assim como o verbo chegar não é abundante, ou seja, não apresenta mais de uma forma de particípio, como os verbos: salvar (salvado/salvo), aceitar (aceitado, aceito); entregar (entregado/entregue), dentre outros. Logo, não diga “Eu tinha trago”, diga “ Eu tinha trazido”!

Mesmo assim, caso se use salvar com auxiliar ser ou estar, recomenda-se a forma de particípio passado salvo. Se ter ou haver forem os auxiliares em tempos compostos, emprega-se salvado ou salvo.

Tinha e tinham são formas conjugadas do verbo ter no pretérito imperfeito do indicativo: Tinha indica a 3. ª pessoa do singular: Ele tinha saudades de ti.

“Chego” ou “chegado”? A resposta é “chegado”. Afinal, não existe particípio irregular para o verbo “chegar”. Portanto, usar o vocábulo “chego” em locuções verbais formadas pelos verbos “ter” ou “haver”, como em “tinha chego”, só se justifica em linguagem coloquial.

Dica de ouro. Na dúvida, troque esse verbo por outro no infinitivo. Se ele se flexionar, utilize está. Se não se flexionar, utilize estar.

Segundo a dra. Conceição Saraiva, o verbo abrir tem apenas um particípio passado — aberto.