Como é feito o ritual Kuarup?

Perguntado por: ialmeida . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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O Kuarup ocorre sempre um ano após a morte dos parentes indígenas. Os troncos de madeira representam cada homenageado. Eles são colocados no centro do pátio da aldeia, ornamentados, como ponto principal de todo o ritual. Em torno deles, a família faz uma homenagem aos mortos.

O Kuarup é um ritual de homenagem aos mortos ilustres, é a despedida dos mortos e encerramento do período de luto. Uma celebração muito importante que acontece uma vez por ano no Parque Indígena do Alto Xingu e dura três dias.

Elas são celebradas por meio do oferecimento de comida e bebida, e, às vezes, de cantos e objetos. Um exemplo de objeto presente nos rituais indígenas é o chocalho, utilizado para cura e purificação. Hoje em dia, artefatos ritualísticos também são vendidos como artesanato.

Apresentações do espetáculo “Kuarup ou a Questão do Índio”, que estreou em 1977, há exatos 40 anos, acontecem no Theatro Municipal de São Paulo nos dias 9 e 10 de outubro, às 20h, com entrada gratuita.

O Kuarup é um ritual fúnebre sagrado que mantém viva a cultura e a tradição de diversas etnias do Parque do Xingu (MT). O evento ocorre sempre um ano após a morte dos parentes indígenas.

O Kuarup, ritual de despedida dos mortos, é a principal celebração dos povos indígenas do Alto Xingu, no Mato Grosso. É uma festa colorida e rica que dura dois dias e acontece normalmente no mês de agosto, reunindo em uma aldeia centenas de convidados de diferentes povos daquela região.

Sagihengu

Neste ritual, Sagihengu é o lugar onde começa a cerimônia do kwarup e onde as comunidades indígenas afirmar ter ocorrido o Primeiro Kwarup em homenagem a uma mulher: a Mãe. O lugar também tem remédio para ficar forte e bonito, e para sonhar com vida longa.

A dança tem três elementos básicos: movimento corporal, espaço e tempo.

A pintura corporal indígena tem grande importância e seu significado é muito amplo, podendo ir da simples expressão de beleza e erotismo à indicação de preparação para a guerra ou, até mesmo, como uma das formas de aplacar a ira dos demônios.

Como luta ritual, o huka-huka é praticado durante o Quarup (ritual de homenagem aos mortos ilustres) e possui simbolismo competitivo, onde a força e virilidade dos jovens é testada. A arte marcial está inserida num amplo contexto de competições realizadas em virtude do Quarup.

Kuarup - o ritual fúnebre que expressa a riqueza cultural do Xingu — Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Os rituais são as sínteses dos valores em evidência numa determinada cultura, e que vão sendo transferidos de geração a geração.

Etnia Fulni-ô reconhece o cocar como forma de conexão
Para os indígenas da etnia Fulni-ô, do estado de Pernambuco, o cocar é a conexão do guerreiro com o grande espírito e deve ser utilizado somente pelos homens. Por ser considerado um cocar pessoal, pode ser dado como presente apenas para alguém querido.

Tipicamente o ritual inicia com a chegada de grupos de índios de outras aldeias, que ocorre em meio a muitas danças. Depois alguns índios vão ao mato e cortam um tronco de kuarup, constroem uma cabana de palha em frente à Casa dos Homens, e sob ela fincam o tronco no chão.

Romance mais importante de Antonio Callado, publicado pela primeira vez em 1967, Quarup conta a história de Nando, um padre jovem e ingênuo que sonha reconstruir no Xingu uma civilização comunista semelhante à que existiu nas Missões jesuíticas do sul do Brasil.

Quando um índio dessa tribo falece, ele é enterrado imediatamente, deitado, com seu machado, arco, flechas e curu. Ele é colocado em uma cova superficial, forrada e coberta com madeira e terra na parte superior, até formar uma espécie de pirâmide cônica, entre 2 e 4 metros de altura e com 6 a 8 diâmetros de base.

Os indígenas sul-americanos, segundo a antropóloga Branislava Susnik (1983, p. 54), não manifestavam medo da morte, mas um profundo medo dos mortos, das almas dos mortos que colocavam em perigo as almas dos parentes vivos.

As danças rituais agradecem, reverenciam os deuses, pedem proteção nas caçadas, lutas, colheita, saúde, paz, energias espirituais, lamento, alegria, nascimento, morte, etc.

Festas, cerimônias e rituais demonstram a riqueza dos usos e costumes indígenas e revelam modos particulares de viver e conceber o mundo, além de reforçar práticas tradicionais que contribuem para manter os laços familiares, comunitários e culturais nas aldeias.

sinagoga

São a sinagoga e o cemitério, feitos sagrados pela reunião de judeus ou seu sepultamento. Símbolos também podem ser objetos sacralizados por consequência de seu emprego pelas pessoas. A Mezuzá, que é uma pequena caixa colocada no batente da porta na entrada da casa, exemplifica essa relação com a sacralidade.

Famílias de movimentos: os diferentes movimentos são organizados em famílias da dança: transferências, locomoções, saltos, voltas, quedas e elevações.