Porque o ritual do toré é considerado um símbolo maior entre os índios do Nordeste brasileiro?

Perguntado por: atavares . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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O Toré é uma dança ritual realizada por diversos povos indígenas, inclusive os tradicionais da bacia hidrográfica do rio São Francisco. É considerado o símbolo maior de resistência e união entre esses povos e uma das principais tradições dos índios do Nordeste brasileiro e de Minas Gerais.

É um ritual sagrado para os Potiguara, e é dançado em momentos especiais para eles, sendo esta expressão um símbolo da luta e resistência dos índios durante todos esses anos.

O toré é uma tradição indígena de difícil demonstração substantiva por conta da variação semântica e das diversas formas de suas realizações práticas entre as sociedades indígenas e fora delas (1). Trata-se, a princípio, de uma dança ritual que consagra o grupo étnico.

Por que os povos indígenas valorizavam e respeitavam muito a natureza? Culturalmente, a natureza representa para os indígenas muito mais do que um meio de subsistência. Representa o suporte da vida social e está diretamente ligada aos sistemas de crenças e conhecimentos, além de uma relação histórica.

A dança indígena tem o objetivo de realizar rituais que podem ser por várias razões, como: fazer homenagem às pessoas mortas, agradecer pela colheita, pesca, além de outros motivos.

As primeiras referências ao termo toré são encontradas no final do século XIX, na obra Vocabulário pernambucano, de Pereira da Costa, como sendo uma dança cantada dos mestiços indígenas de Cimbres, Pernambuco, atual território dos índios Xucuru.

O Torém é um ritual sagrado e ancestral considerado um símbolo de resistência. Muitos de seus cantos estão na língua nativa e foram baseados na vivência do povo Tremembé, na sua relação com a natureza, inspirando-se em animais, plantas e no período da colheita do caju azedo, base da bebida sagrada Mocororó.

De acordo com a evolução humana, esse formato de rosto surgiu há mais de 100 mil anos como forma de proteção do corpo. As regiões onde essas sociedades habitavam eram mais frias e lidavam com a grande luminosidade provocada pelo reflexo do Sol na neve – a chamada radiação ultravioleta.

O ritual é considerado o símbolo maior de resistência dos povos indígenas do Nordeste. É realizado, geralmente, de 15 em 15 dias, tanto com o objetivo religioso quanto festivo, de comemoração. À primeira vista, pode ser percebido como uma dança, que varia de ritmos e linhas (toadas) em cada povo.

A mangueira é constantemente identificada com a figura da “mãe natureza”, que protege, dá paz e conforto. Ela está no centro das atenções, pois, segundo contam os narradores indígenas, “naquele pé de mangueira, exatamente lá, morreu muito índio enforcado e matado de fome”.

A divulgação da cultura indígena pode sensibilizar a população para a importância de viver de forma sustentável e, assim, utilizar práticas conservacionistas e transmitir para as futuras gerações o conhecimento adquirido por esses povos. A valorização da cultura indígena é um dever de todos os países do mundo.

O Toré para os Potiguara se expressa como maior marca da etnia, um ato que contribui para legitimar e resgatar sua história e etnicidade. Não existe Toré sem a Jurema. O nome “Jurema” vem do tupi guarani, onde “Ju” significa espinho e “Rema”, cheiro ruim.

O maracá – chocalho indígena geralmente feito com uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do toré é considerado o símbolo maior de resistência e união entre os índios do Nordeste brasileiro..

Penas na cabeça, saias, pinturas corporais e colares estão entre os adornos que os próprios índios confeccionam e utilizam no dia-a-dia. O visual do índio sempre tem um sentido dentro do contexto da cultura indígena. Existem algumas vestimentas e enfeites próprios para cerimônias religiosas e rituais.

As influências indígenas na cultura brasileira estão enraizadas em todos os indivíduos e vão desde objetos e ações simples – como deitar em redes e preparar pratos como tapioca e pirão de peixe – até usos medicinais com plantas nativas, crenças no folclore – saci pererê, curupira – e influências na língua portuguesa – ...

OS POVOS INDÍGENAS TÊM UM GRANDE RESPEITO PELA TERRA. ELES A CONSIDERAM UMA GRANDE MÃE, QUE OS ALIMENTA E DÁ VIDA PORQUE É DELA QUE TIRAM TODAS AS COISAS QUE PRECISAM PARA SOBREVIVER.

Esta palavra foi definida pelos colonizadores portugueses, que acreditavam terem chegado às Índias, e durante todos esses anos, o termo foi socialmente ligado a pessoas primitivas. Portanto, Não é Legal se referir a povos indígenas como índios.

Entre os rituais e danças mais conhecidos dos índios brasileiros estão o toré e o kuarup. A dança do toré apresenta variações de ritmos e toadas dependendo de cada povo.

As danças rituais agradecem, reverenciam os deuses, pedem proteção nas caçadas, lutas, colheita, saúde, paz, energias espirituais, lamento, alegria, nascimento, morte, etc.

Tradições e rituais indígenas

  • Wysoccan. Um dos rituais indígenas mais chocantes é o de passagem dos homens para a vida adulta. ...
  • Comer seu próprio órgão genital. Este é um dos rituais indígenas dos aborígenes australianos. ...
  • A menarca e o demônio. ...
  • Iniciação da caça. ...
  • Para afastar espíritos do mar. ...
  • Saltos mortais.

Alguns relatos produzidos pela Companhia de Jesus (Jesuítas) que veio ao país no século XVI, que indicavam que os povos indígenas já faziam apresentações de dança. Nesse sentido, pode-se dizer que a dança indígena foi a pioneira no Brasil.