Como o povo Guarani vive hoje?

Perguntado por: amachado . Última atualização: 18 de janeiro de 2023
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Atualmente, os Guarani vivem espremidos em pequenos pedaços de terra cercados por fazendas de gado e por vastos campos de soja e cana-de-açúcar. Alguns não têm terra alguma e vivem acampados na beira de estradas.

Eles vivem em barracos de lona e de plástico, pois na região há pouca taquara e bambu, que são utilizados para a confecção de artesanato. “Por isso é que precisamos de casas de madeira, como a dos brancos. Com essas casas, ficaremos resguardados dos temporais de vento e de chuva.

Entre as dificuldades enfrentadas pelas comunidades Guarani, destacam-se as seguintes: eles ocupam apenas pequenas porções de terras, insuficientes até mesmo para a subsistência alimentar, sem água potável, sem saneamento básico e afetados por rios e lagos contaminados e poluídos.

"Quanto à questão da saúde, o governo brasileiro trata os indígenas como subcidadãos. A saúde indígena está na mão de ONGs, quer dizer, é uma ONG que contrata médicos, enfermeiros e assistentes. Na educação, as escolas estão precárias e os professores indígenas recebem muito mal.

Suas casas são chamadas de oguassu, maioca ou maloca (casa grande), cujo tamanho é de cerca de 150 metros de comprimento por 12 metros de largura. Cada maloca é dividida internamente em espaços menores, de mais ou menos 36 metros quadrados, onde reside uma família. Esse pequeno espaço recebe o nome de oca.

Os povos Guarani são agricultores. No mito de criação, Tupã fez o milho e a mandioca e, desde então, “onde tem Guarani, tem plantação de batata, milho, mandioca. Até hoje.

Na história do povo Guarani, a exploração da erva-mate, a criação de gado, o cultivo de soja e da cana-de-açúcar aparecem como os principais elementos que colocam sua cultura e modo de vida em conflito com os interesses econômicos adotados pelo país.

Segundo a publicação, os alimentos básicos da culinária guarani são milho, mandioca, amendoim, palmito, batata-doce, feijão, mel, peixe e carne de caça, consumidos frescos, cozidos ou assados na brasa, sem muito tempero.

Analisa-se a economia guarani como um campo não-emancipado do campo social, estando a produção voltada principalmente ao abastecimento alimentar do núcleo doméstico, fundada sobre tecnologia simples, sem complexa divisão do trabalho e com relativa liberdade na utilização dos recursos.

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Certo é que a religião de todos os grupos da tribo que hoje vivem no Brasil, no Paraguai e na Argentina não cristã, mas a Guarani. De tudo o que de possível cristã se possa descobrir no conjunto de suas crenças, ritos e cerimônias conservaram-se apenas aspectos tangíveis e formais. O conteúdo é pagão( 16.

A agricultura é a principal atividade econômica guarani, mas apreciam a caça e a pesca, praticando-as sempre que possível.

Vivendo em aldeias somam 503.000 indígenas. Há, contudo, estimativas de que existam 315 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. A população indígena no País vem aumentando de forma contínua, a uma taxa de crescimento de 3,5% ao ano.

De modo geral, os índios do Brasil vivem em habitações coletivas, compartilhando ocas ou malocas, feitas geralmente de madeira e palha. Esses locais, de grandes dimensões, não possuem divisões e geralmente abrigam várias famílias.

Entendemos como comunidade indígena um conjunto de pessoas que: mantêm relações de parentesco ou vizinhança entre si; são descendentes dos povos que habitavam o continente antes da chegada dos europeus; apresentam modos de vida que são transformações das antigas formas de viver das populações originárias das Américas.

A demanda das demarcações de terras pelo governo destinadas aos indígenas vem agravando a luta e turbulências entre os índios e fazendeiros. Como o capitalismo demanda urgência para a implantação do agronegócio, esse fato faz com que muitos agricultores invadam terras indígenas, desmatem e restritem seus lares.