Estou cego e vejo arranco os olhos e vejo Carlos Drummond de Andrade?

Perguntado por: nhipolito4 . Última atualização: 28 de janeiro de 2023
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Estou cego e vejo/Arranco os olhos e vejo. (Carlos Drummond de Andrade) Eu fujo ou não sei não, mas é tão duro este infinito espaço ultra fechado. (Carlos Drummond de Andrade)

Paradoxo é uma figura de pensamento responsável por contrastar uma ideia. Trata-se figura de linguagem com conceitos amplos que abarcam diferentes áreas do conhecimento. Paradoxo, também conhecido como oximoro, é uma figura de pensamento responsável por contrastar uma ideia.

Paradoxo ou oximoro é uma figura de linguagem caracterizada pela expressão de uma ideia contrastante e contraditória. Contudo, se o enunciado apresenta apenas contraste, ele se configura em uma antítese, portanto, para ocorrer o paradoxo, obrigatoriamente, é preciso haver uma contradição.

As principais Figuras de Linguagem são Metáfora, Símile, Analogia, Metonímia, Perífrase, Sinestesia, Hipérbole, Elipse (ou Zeugma), Silepse, Hipérbato (ou Inversão), Polissíndeto, Antítese, Paradoxo, Gradação (ou Clímax) e Personificação (ou Prosopopeia).

Metonímia é uma figura de linguagem ou de palavra que consiste na substituição de uma palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação. Desse modo, é possível apontar a metonímia nas seguintes frases: O fazendeiro precisava de muitos braços para o trabalho daquela semana.

Estou cego e vejo/Arranco os olhos e vejo. (Carlos Drummond de Andrade) Eu fujo ou não sei não, mas é tão duro este infinito espaço ultra fechado.

Um dos mais famosos paradoxos, sem desfecho até hoje, é chamado do paradoxo do avô: uma pessoa volta no tempo e mata, no passado, aquele que seria o seu avô no futuro. Ora, se o avô foi morto ainda criança, então a pessoa que cometeu o crime não poderia ter nascido.

O nome deste paradoxo vem de uma das suas primeiras descrições: uma pessoa viaja para o passado e mata o seu avô antes de ele conhecer a sua esposa, que é a avó dessa pessoa. Dessa maneira, a existência do pai ou mãe dessa pessoa, e consequentemente dela própria, torna-se impossível.

O paradoxo de bootstrap conecta de uma forma insana o passado e o futuro, tornando-se de uma certa forma até contraditório. É quase como um loop de acontecimentos que só foram possíveis porque algo do futuro interveio; o acontecimento acaba se tornando o causador dele mesmo.

Como identificar uma antítese? É possível observar a antítese pela presença de palavras, expressões ou mesmo orações com sentidos contrários. Veja um exemplo: O namoro de Paulo e Carla era baseado em amor e ódio.

O oximoro pode ser considerado uma espécie de antítese. A antítese é a contraposição de ideias que reforça a dualidade na expressão, como o amor/ódio, o nascer/morrer. Enquanto que o oximoro é a figura de linguagem que usa palavras isoladas de sentidos opostos para formar uma nova interpretação.

O pleonasmo, quando não usado intencionalmente como figura de estilo, passa a ser um vício de linguagem. Para contrapor os dois, normalmente a figura de linguagem é designada pleonasmo literário, enquanto a redundância desnecessária é denominada pleonasmo vicioso.

Por ser um recurso estilístico que remete ao exagero, a hipérbole costuma ser utilizada para dar uma intensidade muito maior ou menor àquilo que se quer dizer, dando ênfase ao efeito do discurso. Veja no exemplo: Eu estou congelando de frio!

O paradoxo, ou oximoro, também é uma figura que usa sentidos opostos para passar uma mensagem de modo mais intenso. No entanto, enquanto a antítese consiste no mero uso de termos opostos no enunciado, o paradoxo constrói uma relação entre esses termos de modo a criar uma mensagem aparentemente contraditória.

A sinestesia ocorre quando se constrói uma expressão que mistura duas sensações diferentes entre aquelas percebidas pelos órgãos sensoriais. Tinha olhos bem pretos, quentes e doces. Na frase, temos a mistura da visão (“bem pretos”) com o tato (“quentes”) e o paladar (“doces”) para descrever os olhos de alguém.

Quando alteramos o campo semântico e os sentidos das palavras e expressões, criamos as Figuras de Pensamento, uma das quatro classificações das Figuras de Linguagem. As figuras de pensamento são: Ironia, Antítese, Paradoxo, Eufemismo, Hipérbole, Prosopopeia ou Personificação, Apóstrofe e Gradação.

A diferença entre a metonímia e metáfora é que a metonímia utiliza um termo por outro pela relação de proximidade entre eles, enquanto a metáfora faz uma comparação entre dois termos.

A substituição de uma palavra por outra se realiza principalmente destes modos: O autor pela obra: ler Machado de Assis. A causa pelo efeito, ou vice-versa: viver do trabalho. O inventor pelo invento: comprar um Ford.

Sinédoque e metonímia
Alguns defendem que na sinédoque ocorre uma relação quantitativa entre os termos da frase, ocorrendo redução ou ampliação, e na metonímia ocorre uma relação qualitativa, havendo contiguidade entre os termos da frase.

Como não têm memória visual, os cegos de nascença não sonham com imagens – e sim com os outros sentidos: ouvem coisas, têm sensações táteis e sentem cheiros. Também sonham que estão fazendo algum movimento e, assim como as pessoas que enxergam, é comum sonharem que estão voando ou caindo de grandes alturas.

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