O que acontece se não tratar a intolerância à lactose?

Perguntado por: aparis . Última atualização: 28 de abril de 2023
4.1 / 5 19 votos

De forma geral, essa desobediência pode afetar pele, intestino e até trato respiratório — comenta o Dr André. De acordo com a nutricionista Leticia Ramirez, os primeiros sintomas aparecem de 30 minutos a 2 horas após o consumo da lactose, quando a digestão se inicia.

Alguns exemplos são: diarreias, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, doença celíaca, ou alergia à proteína do leite, por exemplo.

Não é incomum, ao longo da vida, o paciente perceber uma certa piora nos sintomas apresentados após consumir produtos lácteos. Às vezes, os sintomas surgem somente após a segunda ou terceira xícara de café com leite, ou em um dia em que o consumo de laticínios foge da rotina.

Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarréia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia.

Geralmente, os desconfortos duram entre 30 minutos e 2 horas, ou o tempo necessário para que o organismo elimine a lactose. Em casos mais graves, o paciente pode precisar de ajuda médica para superar a crise.

Pessoa que desenvolveu intolerância à lactose pode levar vida absolutamente normal desde que siga a dieta adequada e evite o consumo de leite e derivados além da quantidade tolerada pelo organismo.

A intolerância possui três classificações: primária, secundária e congênita. A intolerância ontogenética à lactose ou hipolactasia primária adulta é a forma mais comum. Já a deficiência secundária consiste em um quadro fisiopatológico que tem como consequência a má absorção de lactose.

A intolerância é dividida em três graus: Leve, moderada e intensa, e varia de pessoa para pessoa, de acordo também com o tipo de intolerância.

Em alguns casos, a pessoa pode apresentar vômito ou diarreia. Os sintomas de intolerância à lactose variam conforme o grau da doença. Para algumas pessoas, ela surge como um pequeno desconforto. Para outras, náuseas e dores abdominais e são sintomas recorrentes.

Existem diferenças entre a Síndrome do Intestino Irritável (SII) e a Intolerância a Lactose. É uma confusão muito comum entre os pacientes, por os sintomas serem semelhantes.

A lactose fica em nosso organismo enquanto está sendo digerida. Quando há fabricação normal da enzima lactase, isso leva algumas horas, a lactose é quebrada em açúcares menores no intestino delgado e estes açúcares são absorvidos, desaparecendo do intestino.

É possível, na maior parte dos casos, optar pelas versões sem lactose dos mesmos alimentos, ou ainda ingerir tabletes da enzima lactase antes de consumir alimentos com lactose. Ambos estão cada vez mais acessíveis.

A intolerância à lactose geralmente causa dor de estômago e dores de gases ou cólicas estomacais. As dores do gás podem parecer agudas às vezes, embora geralmente não pareçam queimar. As dores de gases podem doer muito, mas não duram muito.

Muitos brasileiros sofrem com de intolerância à lactose, com estimativa de 70% da população, onde 30% apresenta algum tipo de sintoma, como náuseas, inchaço, diarreia e gases, que trazem desconfortos para um momento que deveria ser exclusivamente prazeroso.

Do ponto de vista nutricional, Romano recomenda o leite sem lactose como a primeira alternativa a considerar, porque o perfil nutricional é o mesmo do leite normal, com a adição da enzima lactase.

Quem tem intolerância à lactose pode comer ovo? Sim. Apesar de serem enquadrados em um mesmo grupo de alimentos por terem origem animal, eles são compostos por substâncias diferentes. O ovo não possui lactose como os laticínios, ingrediente nocivo aos intolerantes, portanto, está liberado na dieta sem lactose.

Se esqueceu da intolerância e abusou dos derivados do leite? Para tranquilizar o estômago, aposte num bom e velho chá medicinal. Camomila, erva-doce e hortelã são opções perfeitas para acalmar a barriga, ainda mais se produzidos com folhas naturais.

Ela explica que um dos gases que pode ser produzido por essa fermentação da lactose mal digerida é o metano: "E quando ele cai na corrente sanguínea, pode provocar dores musculares, irritabilidade e dor de cabeça".

Para diagnosticar a condição, pode ser realizado o teste clássico de curva glicêmica, em que o paciente precisa de um jejum de oito horas e sem realização de atividade física prévia. Após a coleta do sangue, o paciente ingere lactose, não excedendo a quantidade de 50 gramas, dissolvida em água.

"Para digerir a lactose, é preciso ter a enzima lactase. Apesar de não haver estudos que comprovem esse mecanismo, parece que ela é produzida em menores quantidades quando fica em desuso. Quando o consumo do leite e seus derivados é retomado, há um tempo de adaptação da lactose.