O que aconteceu com os estudantes na ditadura militar?

Perguntado por: rteixeira9 . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Os estudantes organizados tiveram um papel político de luta fundamental contra a ditadura militar. Foram às ruas protestar, participar de passeatas, integraram movimentos de luta armada, distribuíram panfletos, lutaram, enfim, contra o sistema repressivo vigente naquele momento.

Os estudantes protestavam por causas específicas como a ampliação de vagas nas universidades públicas, por melhores condições de ensino, contra a privatização e também em defesa das liberdades democráticas e por justiça social.

Ensino público e pátria: a doutrinação nos currículos escolares. Os militares não descuidaram do ensino técnico, incentivando-o no então chamado segundo grau para obter a mão-de-obra qualificada de que necessitavam as empresas. O governo também apoiou iniciativas privadas no sentido de formar mão-de-obra.

A tortura foi especialmente incrementada em fins dos anos 1960, como estratégia de combate à guerrilha, forma de luta contra a ditadura civil-militar.

O ensino da Ditadura Civil-Militar é de suma importância por representar muito mais do que um tema escolar, mas por ser essencial para uma educação voltada para o respeito aos direitos humanos, à diferença e à construção da democracia.

As regras de comportamento eram, portanto, duplamente rígidas. Todos os dias, na hora da entrada, as turmas eram formadas em filas duplas no pátio, onde se cantava o hino nacional e o hino da bandeira. Depois, as turmas subiam, em formação, para suas respectivas salas. Não havia estímulo ao pensamento crítico.

Por todo país, professores eram considerados possíveis opositores da ordem nacional, já que em muitos casos, no próprio exercício educativo, prevê-se que os estudantes se tornem autônomos e cidadãos ativos em suas sociedades.

Durante a ditadura militar também foram introduzidas mudanças curriculares com a inclusão da matéria Educação Moral e Cívica para os alunos do 1º e 2º grau. Também foi alterado o objetivo da disciplina Organização Social e Política do Brasil (OSPB).

A área de maior peso era, portanto, os Estudos Sociais, que incluía noções de História, Geografia, Economia, Sociologia e Antropologia.

A ditadura ficou marcada pelas prisões arbitrárias, cassações, expurgos, tortura, execuções, desaparecimento de cadáveres e até mesmo por atentados com bombas.

Mas foi a partir do golpe de 1964 que as empresas da educação alcançam notável expansão, na medida em que o Estado criou mecanismos expressivos de ordem legal, como a Constituição, que abriram espaço à iniciativa privada, à educação como um negócio rentável.

Percebe-se a que a educação física nesse momento era uma ferramenta para formar atletas fortes e saudáveis e representar o país em competições. A partir dessa promessa os governantes decretaram que o esporte deveria ser ensinado na escola e que ali estava a base para um país repleto de atletas campeões.

Antes de 1961, o sistema de ensino brasileiro se compunha de três níveis: primário, médio e superior. O ensino primário era alfabetizador e dividia-se em “fundamental”, para crianças de 7 a 12 anos e “supletivo”, para jovens e adultos.

A censura dos meios de comunicação se intensificou e muitos prisioneiros políticos foram torturados. Afinal, os movimentos de oposição ao regime eram reprimidos por diversas frentes do governo militar. Além disso, o período também ficou conhecido como o “milagre econômico”.