O que é urobilinogênio positivo na urina?

Perguntado por: emello . Última atualização: 19 de maio de 2023
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O excesso persistente de urobilinogênio na urina (com bilirrubina negativa) é encontrado na icterícia das anemias hemolíticas. Valores aumentados: anemias hemolíticas, hepatites, cirroses, doenças hepáticas parenquimatosas. Valores diminuídos: icterícia obstrutiva extra-hepática, doenças hepáticas com colestase severa.

A urina normal não contém bilirrubina. Entretanto, níveis elevados de bilirrubina conjugada, que é solúvel em água, são eliminados na urina e identificados na urinálise de rotina. A associação de icterícia e colúria (bilirrubina na urina) sugere doença hepática ou obstrução biliar.

A bilirrubina eleva-se no sangue na presença de lesões no fígado, obstrução biliar (canais da bile) ou quando a velocidade de destruição dos glóbulos vermelhos está aumentada. O aumento da bilirrubina no sangue pode indicar problemas no fígado, canais da bile, vesícula biliar, baço, rins e doenças do sangue.

Taxa alta de urobilinogênio: o aumento da concentração é encontrado nas hepatopatias, que são condições que afetam o fígado e impedem seu bom funcionamento.

Como interpretar o resultado?

  1. pH: deve ficar entre 5,5 e 7,0. pH acima de 7,0 pode ser indicativo de bactérias que alcalinizam a urina, ou ainda de cálculos renais ou insuficiência renal. ...
  2. Densidade: um resultado considerado normal deve ficar entre 1,005 e 1,030.

O urobilinogênio é produzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pelas bactérias intestinais. Aproximadamente a metade é reabsorvida pelo intestino, caindo no sangue, circula e volta para o fígado sendo mandado de volta para o intestino através do ducto biliar.

O pH da urina, em suas condições normais, mostra numerações levemente ácidas que vão de 5,5 a 7,5, usadas como parâmetro para verificar possíveis anormalidades no sistema urinário e, porventura, problemas nas regiões musculares.

A bilirrubina é uma substância produzida pelo fígado, como resultado da filtragem de glóbulos vermelhos que é realizada pelo órgão. Normalmente, ela é eliminada pelo corpo nas fezes e na urina.

Em geral, indica-se tratamento quando a bilirrubina ultrapassa o valor de 18 mg/dL a partir do 3º dia ou quando ela encontra-se acima de 12 mg/dl já nas primeiras 24 horas.

Sinais de alerta
Taxa de elevação da bilirrubina total > 0,2 mg/dL/h (> 3,4 micromol/L/h) ou > 5 mg/dL/dia (> 86 micromol/L/dia) Concentração da bilirrubina conjugada > 1 mg/dL (> 17 micromol/L) se hiperbilirrubinemia < 5 mg/dL (< 86 mcmol/L) ou > 20% da hiperbilirrubinemia (sugestivo de colestase neonatal)

A bilirrubina é então removida do corpo através das fezes e uma pequena porção na urina. A dosagem de bilirrubina no sangue serve, portanto, para avaliar o funcionamento do fígado. Se há um excesso dessa substância no sangue, é sinal de que ela não está sendo corretamente filtrada a descartada pelo fígado.

“A bilirrubina não se deposita só na pele e nos olhos, podendo aparecer no cérebro e causar neurotoxicidade. Então, pode ser danosa e causar até retardo mental no bebê, com alterações irreversíveis”, destaca Bezerra.

Quais são os valores de referência?

  1. Bilirrubina total: entre 0,2 mg/dL e 1,20 mg/dL;
  2. Bilirrubina direta: até 1,0 mg/dL;
  3. Bilirrubina indireta: até 0,5 mg/dL.

Composto incolor formado nos intestinos através da redução da bilirrubina. Parte é excretada nas fezes, onde é oxidada em urobilina. Outra parte é reabsorvida e reexcretada na bile como bilirrubina. Às vezes, é reexcretada na urina, onde pode ser oxidada mais tarde em urobilina.

Alterações na cor
A cor saudável da urina é o amarelo claro. Quando esse tom está mais escuro pode ser indicativo de desidratação. Por outro lado, se a cor é mais esbranquiçada, a causa pode estar relacionada a uma grave infecção urinária ou uma fístula linfática.

A urina muito densa também pode ser considerada outro sinal de alerta para isso. Os exames laboratoriais da urina são fundamentais para o diagnóstico desse mal. Eles analisam aspectos físicos e químicos, isso envolve a acidez e a presença de cristais ou infecções.

Mais um teste que pode sinalizar o mau funcionamento dos rins – e também da via urinária - é o exame conhecido como urina I. É realizado por qualquer laboratório de análises clínicas, bastando que se faça a coleta da amostra de urina dentro de um prazo determinado - em geral, pela manhã, com a urina produzida à noite.

Lá o urobilinogênio é convertido a urobilina, substância presente na urina, parcialmente responsável por sua cor amarelada (o principal pigmento da urina é o urocromo). Isto constitui o "ciclo enterohepático do urobilinogênio normal".