O que os indígenas pensam sobre a vida após a morte?

Perguntado por: emuniz . Última atualização: 15 de janeiro de 2023
4.8 / 5 13 votos

Reservam grande tempo aos preparativos da cova e do corpo morto, ao destino dos pertences e ao enterramento. Todas, sem exceção, guardam luto e acreditam na vida após a morte, quando a alma tem um lugar a seguir para encontrar aqueles que já morreram. A prática de enterramento está presente em todas as etnias do país.

Acreditavam também na vida após a morte, quando o espírito do morto iniciava uma viagem para o Guajupiá, um paraíso onde se encontraria com seus ancestrais e viveria eternamente.

Os povos indígenas se veem ligados à natureza e como parte do mesmo sistema que o ambiente em que vivem. Eles adaptaram seus estilos de vida para se adequar e respeitar seus ambientes.

Há comunidades indígenas que enterravam seus mortos dentro das casas, pelo fato desta sociedade não ter uma separação vincada entre o doméstico e o funerário. Porém, algumas pessoas com um determinado status podiam ser enterradas no centro da aldeia em um cemitério mais próximo ao que temos hoje.

As religiões animistas (aquelas que colocam como seres sobrenaturais e divinos elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as florestas) compunham o imaginário religiosos dos povos indígenas.

O genocídio dos povos indígenas no Brasil existe desde os tempos da colonização portuguesa, com a implementação do cultivo da cana-de-açúcar na costa brasileira. Esse processo consistiu no extermínio das populações indígenas, tanto pelos conflitos violentos, quanto pelas doenças trazidas pelos europeus.

Na população indígena os óbitos por doenças infecciosas e parasitárias permanecem entre as causas mais importantes, ao passo que as doenças crônicas degenerativas ainda apresentam menor importância.

Doenças respiratórias apresentam números significativos na lista de causas de óbitos infantis entre povos originários. A pneumonia não especificada é a principal delas, acumulando o maior número de mortes no período analisado: 66 em 2018; 88 em 2019; 63 em 2020; e 31 em 2021.

Modo de vida dos índios
Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do extrativismo e da agricultura. Nem esta última, porém, servia para ligá-los permanentemente a um único território. Fixavam-se nos vales de rios navegáveis, onde existissem terras férteis. Permaneciam num lugar por cerca de quatro anos.

Sem poder enfrentar os portugueses na guerra e não querendo conviver pacificamente com eles, muitos indígenas resolveram fugir para o interior do território, na tentativa de manter seu modo de vida, longe dos invasores. Apesar disso, muitos desses índios acabaram aprisionados e transformados em escravos.

Com a chegada da primeira leva de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões, com as doenças e o extermínio. Atualmente, no Brasil, são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro.

Respeito e equilíbrio, a relação entre os índios e a natureza é pautada por dois elementos básicos para o dia a dia de qualquer ser humano. O relacionamento que também envolve o afeto faz com que os índios vivam uma relação mais próxima e sagrada, como se a terra fosse a grande mãe.

O nome Tupã (o Deus do Trovão dos indígenas) é uma homenagem aos primitivos habitantes do local. O desenvolvimento do município teve a participação dos imigrantes letões, japoneses, portugueses, italianos e espanhóis.

Apesar de não serem "naturalmente ecologistas", os índios têm consciência da sua dependência – não apenas física, mas sobretudo cosmológica – em relação ao meio ambiente.

Os índios idosos são considerados parte produtiva da comunidade, mantendo suas tarefas e participação nas atividades em prol da tribo. Não são, portanto, tratados como incapazes pelo grupo onde estão inseridos e seguem mantendo os idosos inserindo nas rotinas de serviços, considerando suas possibilidades de saúde.

5) Por que os indígenas tinham o costume de matar o segundo filho? Os indígenas tinham o costume de matar seus filhos por entenderem que mais de um filho atrapalharia o deslocamento em caso de fuga.

O genocídio dos povos indígenas no Brasil começou com a colonização portuguesa das Américas, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao que é hoje o Brasil, em 1500.

A maioria da aldeia é crente”, resumiu o líder indígena. Antes adeptos da cultura em que o Deus era a natureza, os índios da aldeia Kumenê passaram a acreditar em Jesus Cristo.