O que se entende por xamanismo?

Perguntado por: areis5 . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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O termo Xamanismo, criado por antropólogos, é uma conjuntura que compõe todas as práticas ancestrais que mantêm relação com o sagrado, divindades, espíritos, e estados alterados de consciência.

Resposta: O xamanismo é um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, mágicas, religiosas, e filosóficas, envolvendo cura, transe, transmutação e contato entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos.

O xamã ou pajé está, a rigor, acostumado com tais trânsitos. Ele já é outra pessoa, pode ter uma família com os humanos-outros, vive sempre entre duas referências, transita entre as gentes dos animais, os espíritos, as almas dos mortos.

O xamanismo é uma crença espiritual/religiosa que busca a força interior e o reencontro dessa com os ensinamentos da natureza. Para os adeptos do xamanismo, a cura para todos os males está dentro de cada ser e por isso ninguém pode curar ninguém e sim a pessoa cura a si mesma.

O bastão é o principal símbolo de poder daqueles xamãs. Na sua extremidade superior, são quase sempre entalhadas imagens de animais ou de seres míticos, ora individuais, ora sobrepostos: ave sobre felino, ave sobre serpente etc. (Figuras 11 e 12).

Vários elementos xamânicos em comum foram detectados e notou-se um forte discurso espírita de afastamento do contexto cultural xamânico indígena, julgando tais crenças como primitivas, sendo que este não corresponderia ao ideal evolucionista da doutrina espírita.

Segundo a crença, o xamã é o líder inspirado pelos espíritos para conduzir as cerimônias do xamanismo. É o sacerdote que, durante os rituais xamânicos, entra em estado de transe, conseguindo penetrar em reinos sobrenaturais e encontrar soluções para os problemas de uma pessoa ou grupo.

O xamanismo é uma prática que passa de pai para filho. Só o homem pode se tornar pajé, se ele tiver mais de um filho, só um terá o chamado. Já nasce com o dom, diferente dos outros, o que é percebido pelo pajé porque a criança tem medo, evita certas comidas, possui um olhar diferente, tem sonhos e fala quando dorme.

O xamanismo pode ser traduzido como práticas indígenas de reconexão do homem com a natureza por meio de seus quatro elementos: fogo, terra, água e ar.

Divide-se em duas escolas: o xamanismo tradicional, que segue as tradições nativas de cada localidade, e o neoxamanismo, que adapta a essência com práticas terapêuticas e de linhas diversas numa realidade urbana; cobrindo práticas de cura de ancestrais primitivos e de indígenas ao redor do mundo.

Para descobrir seu Animal de Poder, é necessário o auxílio de um mestre xamã, porque ele facilita e confirma o encontro da pessoa com esse toten e a guia em toda a jornada de descobrimento.

Assim como o Reiki tradicional, o Reiki Xamânico também é uma terapia baseada na canalização da energia universal através da imposição de mãos. A diferença é que o ritual xamânico é baseado em vivências indígenas e tribais, provenientes de tradições milenares.

A cura xamânica é uma prática de cura psicoespiritual sem toque. Nesse tratamento ninguém cura ninguém, mas existe um Mestre Xamã que usa o chakra da terceira visão nos vários tipos de rituais.

Alguns animais espirituais de acordo com o xamanismo

  • Cavalo. De acordo com o xamanismo, o cavalo irá ensiná-lo a andar em uma nova direção, pois novas jornadas e aventuras podem estar a caminho. ...
  • Águia. ...
  • Leão. ...
  • Coelho. ...
  • Raposa. ...
  • Serpente.

O templo xamânico lembra uma oca gigante feita em madeira e telhas coloridas. O chão é de areia, tem galhos no centro sugerindo uma fogueira e há incontáveis objetos pendendo do teto — arco e flecha, cordões com conchas, um bambolê decorado com penas e imagens de indígenas de diferentes partes do mundo misturadas.

44 ou 'vitória entre os dedos'
Um parceiro e um rival de batalhas viraram grandes amigos de Xamã. Major RD e MC Guerra também tatuaram nas mãos um “44”, que sela a parceria do trio. “Esse quatro-quatro representa a vitória entre os dedos, sempre V, V e V. Verso, verdade e vida, vitória sempre, sempre vitória”, explica.

No contexto indígena brasileiro, o pajé corresponde à imagem do xamã. Proveniente do tupi, esta palavra substituiu no nosso idioma a expressão 'xamã'. Mas as práticas são as mesmas, com algumas variações culturais.

Xamãs são homens e mulheres de grande talento, que dominam um complexo vocabulário e um tesouro de sabedoria a respeito de ervas, rituais, procedimentos de cura e o mundo dos espíritos de suas culturas.