Por que as plantas de Chernobyl não morreram com a radiação?

Perguntado por: acosta . Última atualização: 16 de janeiro de 2023
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No caso das plantas presentes na zona de exclusão de Chernobyl, elas criaram formas de proteger o próprio DNA da radiação. Elas alteram o próprio funcionamento químico para se tornarem mais resistentes e consertarem o dano causado.

A construção de um sarcófago cobrindo o reator nuclear. Formado por 400 mil metros quadrados de concreto e 7 mil toneladas de aço, com a função de conter a radiação do reator.

O que explica isso? Um dos motivos é a diferença de radioatividade emitida em cada um dos casos. Quando o reator de Chernobyl explodiu, estima-se que foram liberadas sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.

A zona de exclusão de Chernobyl tem mais de 2600 km² e será inabitável por pelo menos 3000 anos.

Atualmente, há diversas técnicas de descontaminação que removem isótopos da superfície ou do interior do organismo, o que reduz a incorporação e os efeitos em alguns casos, mas não há como remover o processo físico da radiação e nem o seu dano.

Você sabia que a radioatividade está presente em grande parte das suas refeições? Banana, castanha do pará, cenoura, batata inglesa, carne, feijão e cerveja são alguns exemplos de alimentos que carregam, de forma natural, elementos radioativos.

Nem sempre houve vida em Chernobyl
Para evitar a contaminação radioativa, inúmeros animais foram sacrificados, entre bichos domésticos e selvagens. Os que escaparam dos caçadores, morreram de câncer. Parte da área da floresta que ficou avermelhada na época se recuperou, embora não seja seguro ir até lá.

Além dos cães, existem animais silvestres vivendo na Zona de Exclusão de Chernobyl.

Por que Chernobyl interessa à Rússia? A localização da usina é estratégica por ficar um pouco abaixo da fronteira com a Belarus —aliada da Rússia na guerra— e a apenas 120 km de Kiev, capital da Ucrânia.

01 – Usina de Fukushima, Japão
O terremoto provocou o derretimento de três reatores, e a radiação proveniente do vazamento pode ser detectada a 320 km do local.

Os escorpiões são conhecidos por suportar um nível muito alto de radiação UV, e muitos cientistas sustentam a hipótese de que eles podem sobreviver a ataques nucleares melhor do que a maioria das criaturas.

Haverá muitas pessoas correndo para hospitais e para fora da área, o que será um problema: haverá confusão, e retirar pessoas no meio de uma guerra é extremamente difícil — disse Stoetzel à al-Jazeera.

O sarcófago da usina nuclear de Chernobil é uma enorme cobertura de concreto em torno da unidade do reator nuclear 4 da Usina Nuclear de Chernobil. Ele é projetado para deter a liberação de radiação para a atmosfera após o acidente nuclear de Chernobil ocorrido em 26 de abril de 1986 envolvendo a área mais perigosa.

A explosão e o fogo jogaram no ar partículas de combustível nuclear e outros mais perigosos produtos de fissão, além de isótopos radioativos como césio-137, iodo-131, estrôncio-90 e outros radionuclídeos. Os moradores das áreas circundantes observaram a nuvem radioativa na noite da explosão.

Os cientistas disseram anteriormente que, devido à enorme quantidade de contaminação na área de Chernobyl, a zona de exclusão não será habitável por muitos e muitos anos. Especialistas disseram que levará pelo menos 3 mil anos para que a área se torne segura, enquanto outros acreditam que isso é muito otimista.

Por que iodo em caso de radiação nuclear? No caso de um acidente nuclear, o iodo radioativo é uma das primeiras substâncias que escapam. Ele pode ser absorvido pelo ar, alimentos e até mesmo pela pele, e é armazenado naturalmente na tireoide. O iodo radioativo é cancerígeno e ataca as células do tecido desta glândula.