O que acontece se a Rússia explodir Chernobyl?

Perguntado por: eramos3 . Última atualização: 16 de janeiro de 2023
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Caso bombardeios intencionais e constantes afetem a estrutura de segurança, o risco envolvido é de vazamento de sustâncias radioativas para a atmosfera com impactos imprevisíveis para a Ucrânia, a Rússia e até mesmo toda a Europa.

A radiação residual da usina permanecerá perigosa por séculos. Mas especialistas dizem que a ameaça de ser liberada por incêndios florestais, lançando plumas de material radiotivo na atmosfera, é potencialmente tão grande quanto os riscos representados pela guerra atual entre Rússia e Ucrânia.

Depois de tomar a histórica usina nuclear desativada de Chernobyl no início da guerra, o exército russo apropriou-se hoje (4) da maior usina nuclear da Europa (Zaporizhzhya) e se encaminha para outra, a South Ukraine, na província de Mykolaiv, no sul da Ucrânia.

Especialistas dizem que o ataque criou uma situação muito arriscada. Se um reator - o dispositivo que gera energia em uma usina nuclear - e o prédio que o abriga forem danificados, isso poderia causar o superaquecimento do reator e um derretimento do núcleo. A radiação poderia então vazar para o ambiente circundante.

As armas nucleares são armas de destruição em massa; em contraste com a guerra convencional, a guerra nuclear pode produzir destruição em um tempo muito menor e pode ter um resultado radiológico de longa duração.

"A usina é importante porque ainda tem material nuclear que é fundamental para ser usado em qualquer ambição bélica. Da mesma maneira que Putin anexou a Crimeia em função da posição estratégica, tendo acesso rápido a material nuclear, você desarticula qualquer reação futura da Ucrânia", disse Leonardo.

Atualmente, o nível de radiação em Chernobyl está normalizado, o que permite até mesmo realizar um tour guiado em determinadas áreas da cidade. Apesar dos níveis terem aumentado no começo do ano devido a invasão Russa, que ocasionou uma movimentação na região, eles já se encontram novamente adequados para o local.

Bombas atômicas são dispositivos cujo poder de destruição deriva da fissão de núcleos de átomos como o urânio-235 ou o plutônio-239. A detonação desse tipo de explosivo causa uma grande destruição devido ao intenso calor, deslocamento de ar e radioatividade, além dos efeitos a longo prazo à saúde e ao meio ambiente.

Tropas de Vladimir Putin invadiram a região próxima da antiga usina, reacendendo temores de uma nova crise nuclear. Após cruzarem a fronteira de Belarus com a Ucrânia, o exército russo tomou a região onde fica o depósito de resíduos nucleares da usina.

As usinas nucleares no Brasil
Um deles é a proximidade com o Rio de Janeiro e São Paulo, que facilita a transmissão da energia elétrica produzida para os grandes centros que precisam dela. Outro fator que pesou na decisão é a proximidade com o mar, cuja água auxilia no sistema de resfriamento das usinas.

Além da construção de usinas tradicionais, especialistas russos estão desenvolvendo projetos únicos de centrais nucleares flutuantes de produção de energia elétrica, que não exigem manutenção minuciosa, são energeticamente autônomas e se destinam para a produção de energia em regiões afastadas do país, como o Ártico e ...

Os cientistas disseram anteriormente que, devido à enorme quantidade de contaminação na área de Chernobyl, a zona de exclusão não será habitável por muitos e muitos anos. Especialistas disseram que levará pelo menos 3 mil anos para que a área se torne segura, enquanto outros acreditam que isso é muito otimista.

Depois de 73 anos da bomba de Hiroshima, um estudo científico publicado na revista internacional Nature Food sustentou que Argentina e Austrália são os melhores países para sobreviver a uma guerra nuclear.

Sob ditaduras militares, Brasil e Argentina resistiram a acordo que proibiu o desenvolvimento de armas nucleares na América Latina e Caribe.

São 5.977 no lado russo e 5.550 no lado norte-americano. Juntos, os dois países controlam mais de 90% do total de bombas atômicas existentes no mundo. "Isso é o suficiente para destruir toda a vida na Terra várias vezes", resumiu o pesquisador de rejeitos radioativos Júlio Oliveira, ao UOL News.

Neste ranking, a Islândia figura como o primeiro. Tanto por sua localização geográfica (no extremo norte da Europa, no meio do Oceano Atlântico) como por sua tradição pacifista.

A vida média dos cães da zona de exclusão de Chernobyl é de apenas cinco anos, segundo o Fundo Clean Futures, organização não governamental que monitora e fornece assistência aos cães que vivem na Zona de Exclusão. O fato de que cães habitam esse lugar abandonado é bem conhecido.

Ao mesmo tempo, em 1999, os russos desconfiaram das intenções da Otan, com o bombardeio de Kosovo", afirma o historiador, mencionando as guerras de independência e reconquista da zona separatista da Chechênia e a incursão militar humanitária da Otan contra os iugoslavos, que atacou a área sem agressão a membros da ...

O maior acidente nuclear da História não provocou tantas mortes quanto se imaginava. Até agora, 56 mortes foram diretamente relacionadas à radiação liberada em 1986 pela usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, na época uma república soviética.