Por que tantas pessoas saem da Síria?

Perguntado por: aramires . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Eles fogem por conta de conflitos internos, guerras, perseguições políticas, ações de grupos terroristas e violência aos direitos humanos. Metade do fluxo anual de refugiados são sírios, que deixam suas origens devido à guerra civil em que o país está desde 2011.

Além disso, há atualmente cerca de 6,6 milhões de refugiados sírios espalhados por todo o mundo. São pessoas que tinham uma vida normal, trabalhavam, estudavam, passeavam, tomavam café com seus amigos e tiveram que deixar tudo para trás. Aproximadamente 3,8 mil deles chegaram ao Brasil na última década.

O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores: em consequência de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas ou culturais, causas relacionadas a estudos em busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros.

A nacionalidade com maior número de pessoas refugiadas reconhecidas, entre 2011 e 2021, é a venezuelana (48.789), seguida dos sírios (3.682) e congoleses (1.078).

"A vida está muito difícil agora. Não tem mais trabalho, o preço das coisas está muito alto. Antes eu recebia dois ou três pedidos por dia, agora recebo dois ou três pedidos por semana", relata Tinawi. Ele conta que muitos sírios estão na mesma situação de vulnerabilidade por serem autônomos ou microempresários.

Atualmente, nove em cada dez sírios vive abaixo da linha da pobreza. São quase 12 anos ininterruptos de guerra na Síria. As consequências do combate atingem duramente sua população, que enfrenta a pior crise econômica do país desde 2011. Atualmente, nove em cada dez sírios vive abaixo da linha da pobreza.

Eles fogem por conta de conflitos internos, guerras, perseguições políticas, ações de grupos terroristas e violência aos direitos humanos.

Guerras, instabilidades econômicas e políticas figuram entre as principais causas para os deslocamentos na atualidade, mas cada fluxo de refugiados varia de acordo com o contexto local.

De acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Brasil ecebeu 49.507 solicitações de refugiados no último ano. Pacaraima (RR) foi a cidade brasileira mais procurada por refugiados em 2022.

Em 2021, três quartos de todas as famílias do país disseram não conseguir atender às suas necessidades mais básicas – 10% a mais do que no ano anterior. No entanto, alguns sírios optam por voltar para casa. Em 2021, o ACNUR verificou ou monitorou o retorno de cerca de 36 mil refugiados à Síria.

A pesquisa descobriu que Macedônia, Montenegro, Hungria, Sérvia, Eslováquia e Croácia, todos na rota dos Bálcãs para os que buscam asilo, marcaram as piores notas de aceitação de imigrantes. A Islândia está na ponta oposta da escala, marcando 8,26 de 9,0 pontos possíveis, seguida por Nova Zelândia e Ruanda.

Em termos de religião, a subdivisão é mais complicada: 74% dos sírios são muçulmanos sunitas, 16% são muçulmanos xiitas (entre alauitas, drusos e ismaelitas) e 10%, cristãos (ortodoxos, maronitas ou latinos).

Regime de entrada e estada. A entrada na Síria só é autorizada com um visto válido emitido por uma representação diplomática ou consular do país. Não são concedidos vistos em passaportes nos quais figurem registos de entrada em Israel.

As relações entre Brasil e Síria são as relações diplomáticas estabelecidas entre a República Federativa do Brasil e a República Árabe da Síria. Os dois países mantêm laços históricos, ancorados na numerosa comunidade de origem síria estabelecida no Brasil, estimada em torno de dois milhões e meio de pessoas.

Esta nação tem uma trajetória ancestral, desde quando englobava a Mesopotâmia, região onde hoje se localiza o Iraque, e o Líbano; depois foi constituída por arameus e assírios e passou a se contrapor à civilização mesopotâmica e ao Egito.

Em consequência, um grande número de pessoas que saem da Síria em busca de proteção, tendo como destino principal os países territorialmente mais próximos, como é o caso do Líbano, da Turquia e da Jordânia.

Embora pouca gente saiba, pimenta, noz-moscada, cravo e canela que ressaltam o sabor na culinária brasileira, o uso do azeite no lugar da banha de porco e até o sagrado cafezinho são marcas da cultura árabe, uma influência que vai muito além das esfihas e quibes, totalmente incorporadas em nossa mesa.

As causas para esse fenômeno são diversas: ocupação e colonização; questões econômicas, que incluem a imigração subvencionada; conflitos internacionais; guerras; e fuga de crises econômicas, sanitárias e humanitárias ou de perseguições (religiosas, políticas e étnicas).

Os refugiados da Guerra Civil Síria ou refugiados sírios são cidadãos e residentes permanentes da República Árabe da Síria, que fugiram de seu país de origem por conta dos conflitos causados pela Guerra Civil Síria em 2011 e buscaram em outras partes do mundo um local seguro longe desses problemas que podem levar ...

discriminação e preconceito ao imigrante e refugiados
Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o governo do Brasil reconheceu 7.787 venezuelanos como pessoas refugiadas. Apesar de todo esse reconhecimento e legalização, ainda assim existem discriminação e preconceito.

Os principais centros de presença muçulmana árabe no Brasil são os estados do Sudeste e Sul, principalmente São Paulo e Paraná.