Porque o rio Ipiranga foi citado no hino nacional do Brasil?

Perguntado por: mramos6 . Última atualização: 16 de maio de 2023
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Teria sido às suas margens, em 1822, que o imperador Dom Pedro I declarou a Independência do país, então colônia de Portugal. O fato foi imortalizado no verso “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”, do Hino Nacional, escrito por Joaquim Osório Duque Estrada (veja o vídeo acima).

O rio Ipiranga foi citado no hino nacional por ter sido simbolicamente nas margens desse rio que foi declarada a independência do Brasil, pelo príncipe de Portugal Dom Pedro I.

Consta que era tanto o gosto popular pela melodia do velho hino que, ainda sem letra, a ele foi incorporada uma versão marota, na parte introdutória, cuja autoria foi atribuída aos adversários de Floriano Peixoto, como pretexto para hostilizar o governo nas solenidades oficiais.

Ipiranga: rio em cujas margens D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. Lábaro: bandeira, estandarte, pavilhão, pendão, flâmula. Límpido: puro, que não está poluído.

' Explicação: Esse trecho faz referência à Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Nessa data, Dom Pedro I teria gritado 'Independência ou morte' nas margens do rio Ipiranga, em São Paulo.

Deve-se, entretanto, considerar que a execução do Hino Nacional não se trata de um concerto ou apresentação, mas de um ato solene, dispensando, assim, os aplausos sobretudo se não for executado ao vivo.

No Império, só cantores líricos conseguiam entoar a música. Ao longo do Brasil monárquico, o Hino Nacional teve duas letras diferentes (uma de 1831 e outra de 1841), ambas acompanhando a mesma melodia triunfal que é tocada hoje em dia. As versões do Império, no entanto, não eram feitas para a voz dos súditos comuns.

Origem do Hino Nacional Brasileiro
Somente em 6 de setembro de 1922 a composição criada por Joaquim Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva foi declarada como hino oficial brasileiro. Foi o presidente Epitácio Pessoa que decretou a criação como hino oficial do país.

O Riacho do Ipiranga é um córrego localizado na cidade de São Paulo, no Brasil. Dá o seu nome ao bairro onde se situa, ao Monumento do Ipiranga e ao Museu do Ipiranga, todos localizados em suas circunvizinhanças.

Entre eles, estava o poeta Moufdi Zakaria. Durante uma de suas muitas passagens pela cadeia, Moufdi escreveu a letra de “Kassaman” (O Juramento), futuro hino nacional argelino. Reza a lenda que, sem papel e caneta na cela, Zakaria escreveu os versos na parede, usando o próprio sangue.

Teatro São Pedro de Alcântara

A escolha dessa data deve-se ao fato de que, na noite do dia 13 de abril de 1831, a música do nosso hino foi tocada pela primeira vez no Teatro São Pedro de Alcântara, na cidade do Rio de Janeiro.

Eia avante, brasileiros, Sempre avante! Do belo Brasil Eia sus, oh sus!"

Em 6 de setembro de 1922, o presidente Epitácio Pessoa assinou a lei que oficializou os versos pomposos do poeta Joaquim Osório Duque-Estrada — que começam com “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas” — como aqueles que devem acompanhar a melodia composta quase um século antes por Manoel da Silva.

As margens plácidas do (rio) Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. Plácido quer dizer calmo. Dom Pedro I vinha de Santos, ao longo do rio Ipiranga, quando tomou a corajosa decisão de declarar a independência do Brasil. Brado é grito.

Esse é o brado (grito) a que se refere a letra, e o imperador aparece como um representante do povo brasileiro ou do povo heroico. O autor, Joaquim Osório, compara a liberdade conquistada pelo Brasil a um Sol com raios brilhantes. O brilho ilumina o céu da Pátria, antes obscuro pelo colonialismo.

A primeira estrofe descreve a beira tranquila do Rio Ipiranga, em São Paulo, por onde Dom Pedro I percorria seu trajeto quando proclamou a Independência do Brasil.

O sujeito da primeira oração da letra do hino é "as margens plácidas do Ipiranga". "E margens ouvem?", perguntarão alguns. Ouvem, sim, caro leitor. Temos aí a figura da "prosopopéia", pela qual se dão atributos de seres animados a seres inanimados.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / de um povo heroico o brado retumbante. O período está na ordem inversa. Posto na ordem direta, a resposta brilha como o sol de Brasília: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte!

30 da Lei nº 5.700, de 01 de setembro de 1971, estabelece que cantemos o Hino Nacional em pé e em silêncio, com a cabeça descoberta, e os braços estendidos ao longo do corpo. Qualquer outra forma de saudação durante a execução - como acompanhar com palmas, assobios, dançando ou com a mão no peito - é proibida.

Com a Copa do Mundo, a execução dos hinos antes das partidas demarca a origem de cada seleção, num momento em que os torcedores se voltam aos símbolos nacionais. Assim ocorre com os brasileiros, que vivem às turras com o próprio hino, sempre elogiando o do país alheio.