Quais os conhecimentos sobre a teoria crítica de Adorno?

Perguntado por: orocha . Última atualização: 8 de maio de 2023
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A Teoria Crítica se vincula, inicialmente, à tradição Iluminista que vê na razão uma base possível de emancipação: “A teoria crítica faz jus ao programa iluminista de ousar pensar por si mesmo, como condição de possibilidade de autonomia do homem” (p. 10).

Compreendida enquanto uma autoconsciência social crítica, a “teoria crítica” busca a mudança e emancipação do ser humano por meio do esclarecimento. Para tanto, rompe com o dogmatismo da “teoria tradicional”, positivista e cientificista, da qual o principal atributo é a razão instrumental.

As teorias críticas são teorias da desconfiança, questionamento e transformação radical. (SILVA, 2002, p. 30). Verifica-se que a teoria crítica busca questionar e criticar as formas dominantes de conhecimento, sendo a teoria da desconfiança.

Neste sentido, a teoria crítica visa oferecer um comportamento crítico nos confrontos com a ciência e a cultura, apresentando uma proposta política de reorganização da sociedade, de modo a superar o que eles chamavam de "crise da razão" (nova crítica ao Funcionalismo).

Com a análise do conceito de indústria cultural, Adorno e Horkheimer realizam a crítica do controle sobre a cultura como forma de ideológica de dominação. A indústria cultural se torna, desta forma, parte do programa de instrumentalização da razão.

Adorno (1903 – 1969) foi um filósofo, sociólogo e musicólogo alemão. Foi um dos principais membros da primeira geração da chamada Escola de Frankfurt e também um dos principais pensadores da teoria crítica, modo de pensar a sociedade inaugurado no pensamento da escola de Frankfurt pelo filósofo Max Horkheimer.

Desse ponto de vista, na concepção de Adorno (1978b), a sociologia não pode ser uma ciência isolada de outras disciplinas, uma vez que o trabalho interdisciplinar é fundamental para refletir sobre a totalidade social.

É nesse sentido que Adorno afirma ser a estética tradicional irreconciliável com a arte atual. A estética lida com dificuldade com a contradição inerente à produção artística dinâmica, dada a sua necessidade de, enquanto filosofia, estabelecer universalidade.

Partindo de tal consideração, Melo (2011) destaca dois princípios fundamentais da Teoria Crítica: a orientação para a emancipação e o comportamento crítico. O primeiro significa não se separar do objeto sobre o qual estuda, tampouco manter uma postura desinteressada e neutra.

Adorno e Horkheimer defendiam, contudo, que o aspecto emancipatório da razão foi deixado em segundo plano em favor da razão instrumental, que buscava o domínio técnico-científico da natureza, incluindo a natureza interior do homem e do mundo social. A indústria cultural seria produto dessa razão instrumental.

Uma crítica — seja lá qual for o objeto da análise — tem a missão primordial de informar. É opinião com conhecimento.

Em seu aspecto geral, pode-se afirmar que a Teoria Crítica está baseada numa interpretação ou abordagem materialista - de caráter marxista e multidisciplinar (porque agrega contribuições de várias ciências: sociologia, filosofia, psicologia social e psicanálise) - da sociedade industrial e dos fenômenos sociais ...

A interdisciplinaridade é, na realidade, uma característica peculiar dos esforços teóricos dos chamados “pioneiros da Administração Escolar” no Brasil, que incluem, entre outros autores além de Querino Ribeiro, Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Antonio Carneiro Leão.

A teoria crítica, considerada por Horkheimer e também pelos diversos autores da primeira geração da Escola de Frankfurt, como uma teoria social crítica, entende que o co- nhecimento é produzido historicamente, e por isso, não pode ser dissociado da base social que o produz.

Desenvolver o pensamento crítico na sua escola colabora para o crescimento de indivíduos que pensam de forma independente e convivem com consciência e responsabilidade na sociedade. Durante a vida escolar, as crianças e os jovens também aprendem sobre moral e ética, além das teorias das disciplinas.

As teorias pós-críticas desconfiam de qualquer postulação que tenha como pressuposto uma situação finalmente livre de poder. Para as teorias pós-críticas o poder transforma-se, mas não desaparece. Nas teorias pós-críticas, o conhecimento não é exterior ao poder, o conhecimento não se opõe ao poder.

Resposta: Razão instrumental é um termo usado por Max Horkheimer no contexto de sua teoria crítica, para designar o estado em que os processos racionais são plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt).

A arte é, nas palavras de Adorno (1970, p. 117), “protesto constitutivo contra a pretensão à totalidade do discursivo [...]”. Um protesto radical contra todo o poder, inscrito não em seu conteúdo, mas em sua forma. É na forma que se encontra o verdadeiro elemento de protesto.

Neste sentido, Adorno diz que a cultura afirma os desejos que produz, sendo assim, ela é a base da personalidade que se adere. A personalidade só é mediadora na cultura que lhe é afirmativa, a cultura afirma o real, no entanto, o fato de que seja real não significa que seja verdade.

A teoria crítica da Escola de Frankfurt trouxe a ideia de esclarecimento com o objetivo de estimular uma percepção mais apurada em relação à instituição de ações padronizadas tendentes a manter o sistema dominante.

O que é adorno? Aquilo que serve para enfeitar e embelezar. Podem ser denominados como atavios, enfeites, artefatos, ornamentos ou adereços. Enquadram-se as joias, bijuterias, ornamentos corporais.