Qual foi a principal obra do Arcadismo?

Perguntado por: ogoncalves6 . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
4.9 / 5 4 votos

Também conhecido como neoclassicismo, o arcadismo, no Brasil, teve como marco inicial o livro “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768, e foi a principal tendência estética produzida no país na época, tendo seus principais autores presentes na cidade de Vila Rica, atual Ouro Preto, em Minas Gerais.

Autores: 1. Arcadismo – Sonetos de Bocage

  1. Apenas vi do dia a luz brilhante. Apenas vi do dia a luz brilhante. ...
  2. Já Bocage não sou!… À cova escura. ...
  3. Olha, Marília, as flautas dos pastores. Olha, Marília, as flautas dos pastores. ...
  4. Oh retrato da Morte, oh Noite amiga. Oh retrato da Morte, oh Noite amiga,

O arcadismo foi um movimento literário europeu do século XVIII. Caracterizou-se por retomar as temáticas da Antiguidade greco-latina e pela ênfase em descrições bucólicas da natureza. O nome dessa escola estética refere-se à Arcádia, região campestre da Grécia Antiga onde viviam pastores e poetas.

O marco inaugural do Arcadismo foi em 1768, em Vila Rica, com a fundação da Arcádia Ultramarina e a publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa.

O Arcadismo defendeu a “arte pela arte”, um retorno aos ideais literários clássicos. c) Como expressão artística da burguesia, o Arcadismo veiculou também certos ideais políticos e ideológicos dessa classe, formulados pelo Iluminismo.

O Arcadismo Português terminou em 1825, com a publicação do poema “Camões”, de Almeida Garrett, o qual inaugura uma nova fase: o Romantismo. O maior destaque na produção árcade portuguesa foram os poemas, sendo Bocage um dos maiores representantes.

A importância do Arcadismo reside no estabelecimento de um sistema literário organizado, com a presença de obras com objetivos estéticos mais ou menos em comum, uma diversidade de autores e um público leitor.

A linguagem do Arcadismo era objetiva. Os artistas desse movimento não utilizavam expressões rebuscadas. Diferente do movimento Barroco que se apropriava das figuras de linguagem, como a metáfora, a antítese e o paradoxo, a linguagem do Arcadismo era literal.

Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)
Poeta, advogado e jurista brasileiro, Cláudio Manuel da Costa é considerado o precursor do Arcadismo no Brasil e destacou -se por sua obra literária, mais precisamente, a poesia.

Tendências do Arcadismo
Locus Amoenus: Lugar ameno e agradável, ou seja, um lugar para viver que seja longe dos centros urbanos, onde reina a paz. Aurea Mediocritas: Equilíbrio de ouro, ou seja, expressa a tranquilidade e a paz, rica em aspectos espirituais donde se idealiza a vida mais simples no campo.

O arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo.

O Arcadismo (ou Neoclassicismo) surge em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana: movimento de reação ao Barroco. O Arcadismo procurava restabelecer o equilíbrio, a harmonia e a simplicidade da literatura renascentista, rompida pelo período da contra-reforma protestante.

Por outro lado, o homem árcade é marcado pelo Iluminismo e, por isso, reverencia a razão como sendo o valor humano mais elevado, afastando-se dos dogmatismos da religião. Leia também: Saiba mais sobre o Barroco, o movimento literário oposto ao Arcadismo.

Alguns autores destacados desse momento são Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e José de Santa Rita Durão. O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, terminou em 1836 no Brasil, e abriu as portas para o Romantismo.

Os poetas árcades escreviam sobre temáticas relacionadas com as belezas do campo e a paz da natureza, contemplando a vida simples. Costumavam criticar e desprezar a vida nas grandes cidades e centros urbanos, pela agitação e pelos problemas da vida moderna.

- Basílio da Gama

  • Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália (1769)
  • O Uraguai (1769)
  • A declamação trágica (1772)
  • Os Campos Elíseos (1776)
  • Relação abreviada da República e Lenitivo da saudade (1788)
  • Quitúbia (1791)