Qual foi o principal motivo da Guerra de Canudos?

Perguntado por: areis8 . Última atualização: 18 de maio de 2023
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As principais causas deste conflito, que desencadeou a Guerra de Canudos, estão relacionadas às condições sociais e geográficas da região. As características geográficas e as condições sociais do Nordeste brasileiro formavam um conjunto de fatores geradores de um estado de permanente conflito e revolta social.

Contexto e motivos
A Guerra de Canudos expressou basicamente a falta de terras, a miséria e o abandono das populações rurais do interior do país, tendo forte caráter messiânico. Essa situação foi o resultado do processo colonizatório sustentado no latifúndio e na oligarquia.

Os motivos que teriam levado à guerra ainda são objetos de discussão, havendo duas teses principais: a Euclidiana, interpretando Canudos como um foco de restauração monárquica; e a de Rui Facó, marxista, tendo como epicentro a luta pela abolição dos latifúndios, pelo direito à terra e contra a opressão.

A Guerra de Canudos foi um confronto entre os moradores da cidade de Canudos e o Exército Brasileiro, no qual mais de 25 mil pessoas foram mortas. A cidade era um vilarejo na Bahia, liderado por Antônio Conselheiro, um líder religioso, e ali moravam seus seguidores.

Os confrontos ocorreram entre 1896 e 1897, com a destruição da comunidade e a morte da maior parte dos 25 000 habitantes de Canudos. Sertanejos de Canudos rendidos pela cavalaria do Exército durante a última expedição ao arraial, em outubro de 1897.

A principal consequência desse movimento sem dúvida foi o elevado número de mortos e o agravamento da pobreza local. Para termos uma ideia, os combates entre tropas republicanas e sertanejos de Canudos desencadearam cerca de 25 mil mortos, sendo a grande maioria da população do povoado de Conselheiro.

A guerra contra Canudos teve como saldo final a destruição total do arraial, o incêndio de todas as casas, o extermínio de prisioneiros civis, o abuso sexual, a prostituição e a degola de mulheres e crianças, deixando até os dias de hoje uma ferida em aberto no sertão brasileiro.

Canudos incomodava à Igreja Católica, que via seus fiéis debandarem para a comunidade de Antônio Conselheiro, e incomodava também os grandes fazendeiros latifundiários do sertão nordestino, que viam sua mão de obra explorada seguindo para o lugar onde não havia a opressão de um sistema que não diferia em nada dos ...

Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, nasceu em 13 de março de 1830, em Nova Vila de Campo Maior (hoje, cidade de Quixeramobim), Província do Ceará, na época do Brasil Império.

O governo da Bahia, com o apoio de latifundiários, não concordava com o fato de os habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia, que havia sido substituída pela República em 1889.

As atividades agropecuárias e comerciais eram a base da sobrevivência dos moradores do Arraial de Canudos, visto que se tratavam de pessoas pobres e pouco instruídas que se aglomeraram em uma espécie de vila ao seguirem os ideais de Antônio Conselheiro.

A cidade foi levantada em 1893, perto do rio Vaza-Barris. Chamava-se Belo Monte, mas passou para a historia como Canudos, nome dado pelos inimigos, referindo-se aos bambus que ali cresciam, como canudos, e, aos mesmo tempo negando-lhe o carisma de seu verdadeiro nome.

Antônio Conselheiro (1830-1897) foi um líder religioso e o fundador do arraial do Belo Monte, mais conhecido como Canudos. Foi considerado um fanático religioso na época em que viveu, pois isto foi uma forma do governo republicano justificar o massacre perpetrado contra seus seguidores.

Antônio Conselheiro era contra a República porque ela não havia trazido mudanças sociais para a população. O líder religioso também era contra o Estado laico (separação entre a Igreja e o Estado) e a cobrança de impostos, medidas estabelecidas após a instauração da República.

A primeira expedição fora comandada por um tenente à frente de cem homens. A segunda, por um major com seiscentos homens. A terceira, a de Moreira César, por dois coronéis - ele e Tamarind, ambos mortos em combate - com 1200 soldados.

Estima-se que cerca de cinco mil militares e 20 mil sertanejos morreram na invasão de Canudos.

Confronto entre o Exército e os participantes de um movimento popular de fundo religioso liderado por Antônio Conselheiro, ocorrido na comunidade de Canudos, no interior da Bahia, em 1897.

A comunidade de canudos foi vista como ameaça à: república : as pessoas da comunidade não pagavam impostos; igreja: as pessoas pararam de pagar o dízimo; cafeicultores e coronéis: os trabalhadores fugiam dos seus trabalhos para irem à comunidade.

Era de um lado os jagunços , sertanejos pobres e miseráveis fanáticos religiosos e do outro as tropas de governo da Bahia que tinha o apoio dos militares que era enviado pelo governo federal .