Quem consome o funk?

Perguntado por: dporto4 . Última atualização: 23 de maio de 2023
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Entre os países que mais consomem funk, além do Brasil, estão: Portugal, Estados Unidos, Itália, França e Argentina.

Entre 2016 e 2018, o consumo de playlists dessa categoria na plataforma cresceu 3.421% fora do Brasil. Além da notoriedade na América Latina, o gênero tem se destacado em países da Europa ; como Portugal e Inglaterra ; e nos Estados Unidos.

Para as comunidades, o funk é uma maneira de expor as vivências do cotidiano. Ao mesmo tempo em que o funk é visto como uma forma de manifestação cultural, pode também ser responsável pela inserção dos jovens no meio artístico e no ativismo social.

O funk dialoga muito com a juventude, porque ela se sente representada pelas letras e é de sensibilidade da população entender que o movimento funk é o maior movimento político, cultural, que conversa com essa parte da população que é desassistida pelo Estado.

O funk brasileiro tem feito sucesso internacionalmente. De acordo com uma pesquisa do Spotify, divulgada nesta quarta-feira (30/5), o consumo de playlists que tocam o gênero musical cresceu 3.421% fora do país desde 2016. O dado para o crescimento mundial, incluindo o do Brasil, é de 4.694% nos últimos dois anos.

Características: Enérgicas, pessoas com essas preferências musicais tendem a ser exploradoras, extrovertidas e altruístas.

sertanejo

Sabemos que o sertanejo é o gênero musical mais ouvido por jovens de 15 a 29 anos no Brasil.

Sertanejo

Sertanejo é o estilo musical mais ouvido entre os jovens brasileiros, mostra Datafolha.

O ritmo está entre as 200 músicas mais ouvidas em 51 países, com maior número de ouvintes nos Estados Unidos, Portugal e Argentina, ainda citando o Spotify.

Atualmente, o funk é visto como parte da cultura brasileira. Nos últimos anos, ele ganhou subgêneros, um número cada vez maior de artistas surgiram, ganhou destaque internacional e até mesmo se tornou tema de série. O que poucos compreendem é que esse é um ritmo que tem uma importância muito grande para o Brasil.

Assim como outras manifestações da cultura negra e periférica do passado — caso do samba e da capoeira —, o funk sofre perseguições. “Atribuo isso ao preconceito de classe e ao racismo, por ser originário de um território marginalizado, como favelas, e ser cantado majoritariamente pela juventude preta”, reflete Gomes.

O funk é um ritmo que possui alta rejeição por uma parcela da sociedade brasileira – e às vezes, o funk passa até por uma certa “criminalização”, mas isso não significa que ele deixa de ser considerado uma produção cultural. Afinal, cultura é todo o tipo de conhecimento, tradições e leis produzidas por um grupo social.

Segundo Bruno Ramos, o funk já provou que salva vidas. "Ele tira crianças das mãos do crime, dá um caminho profissional para muitos jovens, permite espaços de liberdade e o reconhecimento para as mulheres e para a comunidade LGBTQIA+, que são esses corpos estigmatizados pela grande mídia”, enfatizou.

Os estilos rap e funk assumem uma centralidade na vida desses jovens por intermédio das formas de sociabilidade que constroem, da música que criam, e dos eventos culturais que promovem.

“O funk é tudo isso, mistura musical, poesia que expressa a realidade das pessoas e é também festa, é música feita pra dançar, é corpo, é uma forma de lidar com o corpo e com a sexualidade”, conta.

Os estilos musicais preferidos são o Pop, o Sertanejo e a MPB, todos com quase 50% de aprovação entre os consumidores nacionais. O Funk tem seus fãs, mas no geral é o que menos agrada, com apenas 20%.

O funk carioca, na verdade, é o “funk tradicional”, já que as primeiras melodias desse gênero no Brasil vieram do Rio de Janeiro. A maioria dos funks mais tocados no Brasil integra esse subgênero. Vale lembrar que, apesar de ser denominado “carioca”, ele não precisa, necessariamente, ser produzido na região.

Entre os países que mais consomem os Funk carioca e ostentação estão: Portugal (1º), Estados Unidos (2º), Itália (3º), França (4º) e Argentina (5º).