Quem foi o maior crítico da Semana de Arte Moderna?

Perguntado por: hnogueira6 . Última atualização: 31 de maio de 2023
4.8 / 5 12 votos

Na ocasião, a obra da pintora foi duramente criticada pelo escritor Monteiro Lobato (1882-1948) que, em polêmico artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro de 1917, comparou a arte moderna aos "desenhos que ornam as paredes dos manicômios".

Dentre os principais participantes, estiveram presentes: Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura; Victor Brecheret, na escultura; Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado e Graça Aranha, na literatura; e Villa-Lobos, na música.

Monteiro Lobato foi um dos escritores que atacou com veemência as ações da Semana de 22. Anteriormente, ele já havia publicado um artigo criticando as obras de Anita Malfatti, em uma exposição da pintora realizada em 1917.

Sinais que Lobato já considerou logo como “perigoso”. Ele acreditava que a “arte moderna” era uma farsa enquanto a “arte naturalista” era o verdadeiro futuro do Brasil. Assim, não aceitava a arte moderna como caminho para a arte brasileira, pelo contrário, a abominava.

A Semana de Arte Moderna não foi bem aceita pela crítica, pois a população não estava pronta para novas formas de representação, especialmente, a elite e a classe política conservadora. Além disso, no período existia grande apoio ao parnasianismo, que era uma escola literária que defendia as ideias clássicas.

O autor foi um dos participantes da Semana de Arte Moderna de 1922. Ele fez parte da primeira geração do Modernismo brasileiro. A ironia e a metalinguagem são as principais características de seus textos. O rei da vela é uma de suas peças teatrais mais conhecidas.

O comportamento do público era muito estranho, em geral a reação da maioria era de espanto, de frustração, com aquela nova estética importada da vanguarda europeia.

"Insatisfeitos, romperam com os padrões da época e saíram em busca de novas formas de expressão". A leitura de Os sapos foi o ponto alto da segunda das três noites da Semana de Arte Moderna, realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922. Revoltado, o público reagiu com vaias, gritos e assobios.

Na segunda noite, dia 15 de fevereiro, Os Sapos, poema de Manuel Bandeira (1886-1968), que não compareceu ao evento, seria declamado por Ronald de Carvalho, em meio às vaias da platéia. Ao ridicularizar os parnasianos por seu apego à métrica, Os Sapos representou uma espécie de declaração de princípios dos modernistas.

No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos fez uma apresentação musical. Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um chinelo. O público vaiou, pois considerou a atitude futurista e desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou desta forma, pois estava com um calo no pé.

O escritor brasileiro, famoso por muitas obras, entre elas o Sítio do Picapau Amarelo, visitou a exposição de Anita e não compreendeu o estilo artístico dela, comparando seus quadros aos desenhos “que ornam as paredes internas dos manicômios” e ainda a uma "arte anormal".

Um dos principais objetivos era o rompimento com a estética da arte acadêmica, especialmente do parnasianismo. A informalidade e o improviso, a liberdade de produção, tudo isso tornou-se regra da arte moderna, de modo a romper o formalismo das artes até então vigentes.

Em 1917, em crítica a uma exposição de Anita Malfatti, ele chegou a publicar que as obras modernistas eram frutos de “cérebros transtornados por psicoses”. Grandes editores de jornais, que ditavam a opinião na época, também escreviam artigos ridicularizando as formas das obras.

Em 20 de dexembro de 1917 foi publicado o artigo 'A propósito da exposição Malfatti', de Monteiro Lobato, na edição da noite do jornal O Estado de S. Paulo [apelidada de Estadinho por causa do tamanho menor, em formato tablóide].