Quem não vive para servir ao Brasil não serve para viver no Brasil?

Perguntado por: lassis . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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"Brasil: Ame-o ou deixe-o!", era usada por adultos e crianças, ostentada em objetos e nas janelas dos automóveis. "Brasil:AME-O", muitas empresas de transportes de valores utilizavam-na ostentada em seus veículos. "Quem não vive para servir ao Brasil, não serve para viver no Brasil".

Assim, se a censura serviu para cercear periódicos de grande circulação como Última Hora e Correio da Manhã e os da imprensa alternativa ou nanica, como Opinião, Movimento, Em Tempo, Pasquim, igualmente foi útil a muitos outros para calar aqueles que veiculavam posições contrárias ao regime e/ou à ordem capitalista.

Os estudantes organizados tiveram um papel político de luta fundamental contra a ditadura militar. Foram às ruas protestar, participar de passeatas, integraram movimentos de luta armada, distribuíram panfletos, lutaram, enfim, contra o sistema repressivo vigente naquele momento.

O jurista aponta alguns pontos positivos do regime militar, além dos malefícios provocados durante os 21 anos no país. Costa diz que a ditadura não foi tão perversa quanto se fala. "Você tinha uma segurança muito forte para andar na rua. Os índices de criminalidade eram infinitamente menores do que os de hoje.

Ditadura é um dos regimes não democráticos ou antidemocráticos, ou seja, governos regidos por uma pessoa ou entidade política onde não há participação popular, ou em que essa participação ocorre de maneira muito restrita.

Lei de Segurança Nacional do Brasil é uma lei que visa garantir a segurança nacional do Estado contra a subversão da lei e da ordem, a integridade territorial da federação e contra a soberania nacional.

O regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e anticomunista. A ditadura atingiu o auge de sua popularidade na década de 1970, com o "milagre econômico", no mesmo momento em que o regime censurava todos os meios de comunicação do país e torturava e exilava dissidentes.

O conceito de segurança nacional é amplo, mas o objetivo é a proteção suprema e incondicional do território e do povo brasileiro. Não se trata apenas de armas e tropas, mas também, por exemplo, no controle dos meios de produção de alimentos, energia e medicamentos, entre tantos outros.

SODRÉ, SOLDADO DA PM DE SÃO PAULO – auxiliar de carceragem e torturas no CODI/DOI (OBAN) desde 1971. “MICHURA” – auxiliar de carceragem do CODI/DOI (OBAN) desde 1972. “CHANO” – auxiliar de carceragem do CODI/DOI (OBAN) desde 1972. ABEL, CABO DO EXÉRCITO “FOGUINO”, responsável pelo “rancho” do CODI/DOI (OBAN) em 1971.

Durante os chamados anos de chumbo, assim como na ditadura Vargas (período denominado Estado Novo ou República Nova, em alusão à República Velha, que findava), houve a prática sistemática da tortura contra presos políticos - aqueles considerados subversivos e que, alegadamente, ameaçavam a segurança nacional.

A censura no Brasil, tanto cultural como política, ocorreu durante todo o período após a colonização do país. Embora a maioria da censura estatal tenha terminado pouco antes do período da redemocratização que começou em 1974, o Brasil ainda experimenta uma certa quantidade de censura não oficial hoje.

Neste cenário, lançaram-se à luta armada dezenas de organizações, das quais destacaram-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada ...

Durante a ditadura militar, os dirigentes sindicais foram fortemente perseguidos, a organização de greves foi proibida, os direitos obtidos por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foram desmantelados e o governo interviu profundamente nos sindicatos (Queiroz, 2007).

Muitos militantes foram presos, torturados, feridos e mortos em confrontos com os militares. Vários dos líderes estudantis acabaram se enveredando pela luta armada, na tentativa de depor o governo. Outros foram obrigados a se exilar.

Repressões, tortura e censura
Em mais de 20 anos, o país foi governando por líderes militares que praticaram a perseguição política, a cassação de direito individuais, a falta de democracia, além da repressão vivida por opositores a esse regime.

Uma ditadura militar ou regime militar é uma forma de governo autoritário onde o poder político é efetivamente controlado por militares. Como qualquer ditadura ou regime, ela pode ser oficial ou não, e também existem formas mistas, onde o militar exerce uma influência muito forte, sem ser totalmente dominante.

Como pontos negativos podemos citar o fim das instituições democráticas, a suspensão das garantias constitucionais, o fim da separação dos três poderes e o fim dos mecanismos políticos existentes que garantem o direito à diferença de opinião, voto e posição política.