Quem se comunica por leitura labial?

Perguntado por: gcurado . Última atualização: 24 de abril de 2023
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Leitura labial é o nome popular da chamada leitura orofacial, a técnica de comunicação para pessoas surdas em um mundo de ouvintes que não falam ou não desejam aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

As pessoas que apresentam essa deficiência geralmente se comunicam através de gestos, numa linguagem própria, feita através de sinais. Essa linguagem recebe a nomenclatura de Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS.

Para conseguir realizar uma leitura labial, a pessoa com deficiência auditiva deve ser treinada com estímulos visuais e auditivos (em pessoas que ainda possuem algum resquício de audição) por um tempo demasiado extenso e com a ajuda de profissionais especializados.

O Oralismo, a Comunicação total e o Bilinguismo são as abordagens de ensino que mais influenciaram e ainda influência a concepção sobre o sujeito surdo, a língua de sinais e a cultura surda. Na abordagem oralista o foco era fazer os estudantes a oralizar, tornando-os parecidos com os ouvintes.

Como consequência do método oralista aplicado as escolas, houve rebaixamento significativo nas habilidades cognitivas do surdo. E apesar das intenções não se pode dizer que o método oralista foi eficaz quanto ao alcance dos seus objetivos no que concerne ao desenvolvimento da fala, leitura e escrita.

Conhecida como leitura labial ou leitura da fala, consiste na interpretação visual da comunicação de um falante através da decodificação dos movimentos dos lábios e das expressões fornecidas pela contração dos músculos da face.

Em 1966, o médico americano Orin Cornett deu uma importante contribuição a essa língua, unindo a utilização dos sinais com a leitura labial. Foi o abade francês Charles-Michel.

Falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Quando falar com uma pessoa surda ou surda-muda, tente ficar num lugar iluminado e evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta a visão do rosto. Se souber alguma língua de sinais, tente usá-la.

O oralismo puro - isolamento cultural
Conforme crescia o número de escolas para surdos que usava a língua de sinais como língua de instrução, crescia um movimento, defendido por professores oralistas, que afirmavam que os surdos deveriam ser instruídos apenas através do oralismo puro.

O bilinguismo, tal como entendemos, é mais do que o uso de duas línguas. É uma filosofia educacional que implica em profundas mudanças em todo o sistema educacional para surdos. A educação bilíngue consiste, em primeiro lugar, na aquisição da língua de sinais, sua língua materna.

A Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) é a forma usada para se comunicar com deficientes auditivos. É por meio de gestos, expressões, leitura labial e até mesmo estrutura gramatical própria que surdos e mudos se comunicam com o restante das pessoas.

Leitura labial é o nome popular da chamada leitura orofacial, a técnica de comunicação para pessoas surdas em um mundo de ouvintes que não falam ou não desejam aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A verdade é que nem todos os surdos se comunicam através da língua de sinais. Muitas pessoas surdas optam por não utilizar a língua de sinais por vários motivos. Por exemplo, algumas pessoas perdem a audição depois de aprenderem a língua falada. Eles podem preferir ler os lábios.

Nesse sentido, caracterizam-se como bilíngues bimodais, os ouvintes filhos de pais surdos (codas) que têm no ambiente familiar o contato com as duas línguas desde a mais tenra idade.

O método oralista objetivava levar o surdo a falar e a desenvolver a competência linguística oral, o que lhe permitiria desenvolver-se emocional, social e cognitivamente do modo mais normal possível, integrando-se como um membro produtivo do mundo dos ouvintes.

A abordagem educacional oralista é aquela que visa a capacitar a pessoa surda de utilizar a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral como única possibilidade linguística, de modo que seja possível o uso da voz e da leitura labial tanto nas relações sociais como em todo processo educacional.