Quem sobreviveu ao Holocausto?

Perguntado por: amelo . Última atualização: 17 de janeiro de 2023
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Andor Stern era judeu e nasceu em São Paulo em 1928 e sobreviveu aos campos de concentração de Auschwitz e Dachau durante a Segunda Guerra Mundial. Considerado o único brasileiro nato sobrevivente do Holocausto na Alemanha, Andor Stern morreu nesta quinta-feira (7) em São Paulo.

Com poucas opções de emigração, dezenas de milhares de sobreviventes do Holocausto, agora desabrigados, migraram para outros territórios do oeste europeu. Naqueles territórios, os sobreviventes foram acomodados em centenas de centros para refugiados e campos para deslocados de guerra.

Andor Stern, único sobrevivente brasileiro do Holocausto, faleceu nesta quinta-feira (7), aos 94 anos. A família divulgou a informação por meio de uma nota publicada no Instagram de Stern. Filho de imigrantes judeus húngaros, ele nasceu em 1928 em São Paulo, mas ainda criança ele se mudou com a família para a Hungria.

A maior autoridade nazista, o maior culpado pelo Holocausto, Adolf Hitler, não estava presente nos julgamentos de Guerra, pois havia covardemente se suicidado, assim como vários de seus companheiros. Muitos outros criminosos nunca foram julgados.

No Dia-D propriamente dito, as tropas Aliadas sofreram mais de 10.000 perdas: as forças britânicas e canadenses perderam 3.700 pessoas; os EUA tiveram uma perda de 6.600 homens. Os alemães perderam dentre 4.000 a 9.000 soldados.

Após a Segunda Guerra Mundial, centenas de milhares de sobreviventes judeus permaneciam em campos para deslocados de guerra estabelecidos na Alemanha (ocupada pelos Aliados), na Áustria e na Itália. Os Aliados haviam criado aqueles campos para abrigar os refugiados que aguardavam a oportunidade de sair da Europa.

“Mesmo se fossem capazes de trabalhar, as mulheres grávidas eram levadas às câmaras de gás assim que chegavam [aos campos de concentração]. Se conseguiam esconder a gravidez, seus bebês recém-nascidos eram assassinados com injeção legal ou afogados”, explicam Weisz e Kwiet.

Os negacionistas afirmam que existe um ampla conspiracão que envolve os poderes vitoriosos na Segunda Guerra Mundial, os judeus e Israel, os quais propagam inverdades sobre o Holocausto para atingir seus próprios propósitos.

Pelo menos em Barbacena. Na cidade do Holocausto brasileiro, mais de 60 mil pessoas perderam a vida no Hospital Colônia, sendo 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina até o início dos anos 1980, um comércio que incluía ainda a negociação de peças anatômicas, como fígado e coração, além de esqueletos.

Os grupos que se enfrentaram na guerra foram os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

A Alemanha foi declarada a única culpada deste conflito, teve suas Forças Armadas reduzidas e teve que pagar indenizações aos vencedores. Isto provocou fragilidade econômica, alta inflação e acúmulo de problemas sociais.

Da 1ª Guerra Mundial (1914-1918) não sobrou ninguém. Da 2ª Guerra (1939-1945), porém, ainda vivem cerca de 5,2 milhões de ex-participantes.

Apenas cerca de 7 mil prisioneiros esqueléticos e doentes terminais tinham sobrevivido, sendo que 500 deles eram crianças. Poucos conseguiam ficar de pé, muitos estavam deitados no chão, apáticos.

Em reportagem consagrada, Daniela Arbex denuncia um dos maiores genocídios do Brasil, no hospital Colônia, em Minas Gerais. No Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, conhecido apenas por Colônia, ocorreu uma das maiores barbáries da história do Brasil.

"O livro se concentra sobre esse período, sua ação e a constelação que se criou em torno dela", diz a historiadora que identificou 16 judeus alemães que foram ao Brasil com a ajuda de Aracy.

Rituais judaicos
Seus cultos e rituais são realizados em sinagogas por sacerdotes chamados rabinos. Os templos judaicos possuem uma arca na qual são guardados os pergaminhos sagrados da Torá. Segundo a tradição religiosa, a arca representa a ligação entre Deus e os judeus.

As condições de vida no gueto eram horríveis, a maior parte não possuia água corrente ou sistema de esgoto. O trabalho duro, a superpopulação, a doença e a fome predominavam no gueto. Foram iniciadas as deportações do gueto de Lodz para o centro de extermínio de Chelmno.

Em cerca de 1250 a.C. (data extremamente conflitante), teria surgido Moisés que liderou a revolta dos hebreus, conseguindo a libertação do seu povo e o retorno à Terra Prometida, Canaã, na Palestina. Moisés também ficou conhecido como O Legislador pelo seu papel nos Dez Mandamentos.

A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito da história da humanidade e contou com a participação brasileira a partir de 1944, com o envio de aproximadamente 25 mil soldados, que lutaram no fronte de batalha do norte da Itália.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Holocausto foi um ponto de virada na história da humanidade, que levou o mundo a dizer "nunca mais". A resolução que instituiu o Dia Mundial em Memória das Vítimas do Holocausto traz a lembrança dos crimes passados com o objetivo de preveni-los no futuro.