Como funciona a sátira nas poesias de Gregório de Matos?

Perguntado por: oarruda . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A sátira inscreve-se irredutivelmente na dimensão vital desta persona, que, através dela, age eticamente. Por serem negativas as imagens do emissor e da sua “lira maldizente”, a defesa, no poema “Eu sou aquele, que os passados anos” (MATOS, 1989, p.

Suas sátiras atacavam o governo, a nobreza e o clero. Já a poesia lírico-filosófica e os poemas sacros discutiam temas como: a fragilidade da vida, a fugacidade do tempo, a vaidade, as contradições do amor, o pecado, a culpa e o poder divino.

Nesse sentido, a sátira nada mais é que uma poesia usada para ridicularizar costumes, figuras públicas, instituições, etc. Vale notar que nem sempre ela é literária, sendo também usada no cinema, na música e na televisão.

No título ele propõe uma retomada sobre a esfera política da Bahia, ou seja, nada que será apresentado nos versos é novidade. b)-Sátira é uma composição com ironia, que faz uma crítica aos costumes e instituições de uma determinada sociedade/época. Explicação: Espero ter ajudado.

As vertentes poéticas de Gregório de Matos: 4 poemas analisados

  • À cidade da Bahia. Triste Bahia! ...
  • A Jesus Cristo Nosso Senhor. Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, ...
  • Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da dama a quem queria bem. Ardor em firme Coração nascido; ...
  • E isto é o amor? Mandai-me Senhores, hoje.

A obra de Gregório de Matos divide-se em três vertentes temáticas: poesia satírica, religiosa e lírica.

Tido como poeta do Barroco – apesar do conceito ser instituído somente no século 20 para definir um período do século 17, como alerta o professor para os vestibulandos –, Gregório de Matos passeava por dois tipos de poesia: lírica e satírica.

Qual a diferença entre sátira e paródia? Sátiras são reflexivas e sempre questionadoras. Servem para mostrar outros ângulos de algo que já foi dito, de forma crítica. Já a paródia normalmente utiliza como base algo que já existe, mas não possui caráter político (ou não precisa ter como via de regra).

Obras e Características
A obra de Gregório de Matos reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, eróticos e religiosos. Inseridas no movimento do barroco, reúnem pitorescos jogos de palavras, variedade de rimas, além de uma linguagem popular e termos da língua tupi e outras línguas africanas.

Significado de Satírico
Inclinado à maledicência: espírito satírico. Que se caracteriza pela ironia ou pela zombaria; mordaz. Relativo aos sátiros, às pessoas que escrevem sátiras; satirista: dança satírica.

O poeta pertence ao movimento barroco e ficou conhecido pela poesia satírica.

Este movimento literário foi marcado pela culpa religiosa, pela angústia referente ao amor e à miséria da condição humana, pela tentativa de unir o terreno ao divino e por uma literatura rebuscada e ornamentada. Gregório escreveu poemas líricos, sacros, todavia, ficou famoso com seus poemas satíricos.

Para entender a obra de Gregório de Matos é preciso conhecer o contexto histórico no qual ele está inserido, uma vez que grande parte de sua poesia (principalmente a satírica) faz alusão a duas de suas maiores referências: o Brasil e Portugal.

Poesia trovadoresca: pode ser dividida em dois gêneros: lírico e satírico. O gênero lírico se subdivide em duas categorias (cantigas de amigo e cantigas de amor) e o satírico é caracterizado pelas cantigas de escárnio e cantigas de maldizer.

As cantigas líricas são subdivididas em cantigas de amor e cantigas de amigo. Já as cantigas satíricas podem ser de escárnio ou de maldizer.

Apesar de ter produzido muito em suas vertentes religiosa e amorosa, Gregório de Matos ficou conhecido como “Boca do Inferno” na Bahia. Os poemas do autor eram direcionados ao contexto degradante da sociedade baiana da época: criticava desde as imoralidades a pessoas específicas.

O poema satírico de Gregório é marcado por uma briga entre uma sociedade “normal” (a do homem bem nascido, culto e correto) e uma outra sociedade “absurda” (composta por pessoas oportunistas instaladas no poder).

Neste, escrito por Gregório de Matos, podemos observar o principal traço do estilo que são as figuras de linguagem, principalmente a antítese, que marca a contradição em que o homem se encontrava quanto ao carnal e o espiritual, a razão e o celestial.

Apelido "Boca do Inferno"
Em 1681, Gregório de Matos estava de volta a Salvador como procurador da cidade, junto à Corte portuguesa. Levava uma vida boêmia e escrevia versos e sátiras gozando de todos, sem poupar as autoridades civis e eclesiásticas da Bahia, recebendo o apelido de “Boca do inferno”.

> A obra de Gregório de Matos é tradicionalmente dividida em torno de três grandes eixos temáticos: a poesia religiosa, a poesia lírica e a poesia satírica.