É normal Recém-nascido sorrir?

Perguntado por: lalencastro . Última atualização: 14 de janeiro de 2023
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É comum que já nos primeiros dias de vida as crianças comecem a sorrir, mas não se iluda: neste caso, é um reflexo involuntário e, muito provavelmente não seja para você. O que não quer dizer que isso não seja um bom sinal. Aliás, muito pelo contrário, significa que está tudo indo maravilhosamente bem.

As crianças começam a esboçar sorrisos entre o primeiro e o segundo mês de vida. A risada delas captura a atenção dos adultos, e quando você dá atenção ao seu bebê, ele aprende com você.

Por volta do primeiro mês de vida, ele já consegue seguir um objeto com os olhos. Adora olhar para o rosto da mãe e do pai e começa a notar o tamanho das coisas. A partir de seis semanas, consegue ver o verde e o vermelho. Aos quatro meses, adquire a visão binocular, lhe permitindo compreender a distância.

“Mesmo que não enxergue muito bem ao nascer, o bebê 'percebe' a mãe desde o início”, explica o pediatra neonatal Luiz Renato Valério, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Além do olhar, esse reconhecimento, de acordo com o especialista, se dá também por meio do cheiro, da voz e do toque.

Estudos nos mostram que os recém-nascidos são precocemente responsivos à mãe: sorriem, estabelecem contato visual, ficam atentos quando ela fala, chegam a imitar as expressões faciais da mãe.

O desenvolvimento do “olho no olho”
Entre 6-10 semanas, o bebê começa a dirigir o olhar mais intencionalmente, olhando diretamente para seus pais ou cuidadores e sustentando o olhar com os olhos bem abertos. Aos 3 meses, o bebê pode seguir os movimentos de seu pais ou cuidadors a partir de certa distância.

O bebê com 1 mês é um pouco mais ativo que o recém nascido e já consegue levantar a cabeça por pouco tempo quando é colocado de bruços. Durante esta fase, o bebê também já consegue acompanhar movimentos perto de si e fixar para um ponto luminoso.

Entre três e seis meses de idade, muitos bebês começam a dormir a noite toda. É improvável que seu filho durma 10 horas de uma vez, mas provavelmente dará início a um sono longo e sem interrupções, acordando para mamar apenas uma vez durante a noite. Aos três meses, deverá dormir de 9 a 10 horas por noite.

Ele enxerga melhor de 20 a 25 centímetros a sua frente, ou praticamente a distância de seus braços ao seu rosto. Olhe para ele de perto quando segurar o bebê, que observará enquanto você o aconchega nos braços, fala e canta para ele.

Os resultados do presente estudo revelam que, entre as principais situações geradoras de estresse ao longo do primeiro ano de vida do bebê, destacam-se o cansaço materno, a falta de sono e o fato de ter a vida regrada pelos horários e necessidades do bebê.

Ambientes muito barulhentos podem não só deixar o bebê irritado, como também atrapalhar a qualidade do sono dele. Por essa razão, músicas, conversas e aparelhos eletrônicos muito altos podem incomodar bastante os pequenos. Nesse sentido, o ideal mesmo é evitar ambientes com essa atmosfera.

Por volta das 18 semanas de gravidez, seu filho ouve os primeiros sons. Em 24 semanas, essas orelhinhas estão se desenvolvendo rapidamente. A sensibilidade do seu bebê ao som vai melhorar ainda mais com o passar das semanas.

Ao nascer, a visão do recém-nascido é limitada e ele só consegue focalizar algo se estiver a 20 ou 30cm de distância dele—como seu rosto quando você o segura, ou o canto do bercinho. Ele ainda não consegue ver claramente além de 30 cm. Dentro dessa distância, ele examinará tudo de perto.

Visão do bebê no primeiro mês
Nessa fase, o bebê ainda não é capaz de fixar o olhar num mesmo ponto, mas objetos grandes e coloridos já podem chamar sua atenção. Mesmo sem terem total nitidez, eles conseguem se concentrar em imagens próximas aos olhos, como o rosto dos pais.

Fase 4: Angústia de separação, entre o mês 7 e 8
Talvez provavelmente esta seja a mais difícil entre as 7 fases em que o bebê dá mais trabalho e demanda mais atenção. A angústia de separação é quando o pequeno se dá conta que os pais não são uma extensão de si e que começa a se perceber como indivíduo.

O bebê bem estimulado conhece a voz do pai e reconhece essa voz ao nascimento, associando-a ao rosto, o cheiro, o tato. Este vínculo estabelecido durante a gestação é fundamental para o elo psicoafetivo que será amadurecido durante o desenvolvimento.